Blog da Casa de Caridade Luz Divina - dirigente espiritual Vovó Luiza

5 de setembro de 2010

A verdade sobre os Exus

Das entidades de Umbanda Exu é que mais polêmica e discussão geram entre curiosos e até mesmo integrantes dos Cultos de Umbanda.
Exu não é uma entidade trevosa que realiza desejos escusos. Exu não tem nada a ver com as imagens comercializadas. Não é vingativo, violento e cruel.  Não tem “pé” de bode. Não tem rabo e nem chifres. Não come galinha ou carnes cruas. Nem bebem até deixar seus “cavalos” sem condições de andar. 
Exu, na realidade é guardião da Luz para as Sombras, e das Sombras para as Trevas, e é ele que combate às entidades que possuem as formas mais horrendas e esquisitas. Estes seres ainda encravados no mal são os chamados KIUMBAS e são violentos, vingativos e cruéis. 
E como reconhecer um Exu de fato e de direito? Simples: 
Exu de Umbanda não fala palavrões de deixar cabelo em pé, não é “doidinho” por marafo (pinga) e sangue e não aceita entregas em encruzilhadas de rua ou cemitérios. Quem aceita estas coisas nestes locais, são os já citados Kiumbas, que são os que gostam de galo e galinha pretos na encruza. 
Portanto, CUIDADO irmão de fé, não ofereça sangue ou animais nas ruas, pois poderá levar estas entidades para suas casas, o que lhe trará os maiores dissabores e problemas. 
Os preceitos para Exu são entregues nas encruzilhadas das matas e campina, e sempre com elemento sutis. Exu de Umbanda não pode ser comprado com bagatelas e nenhum Exu verdadeiro aceita realizar trabalhos para matar ou prejudicar alguém. 
Como sabemos, Exu é justo, ou seja, está ligado aos conceitos do “Quem deve paga, e quem merece recebe”. Por isso, não existe aquela história de fazer amizade com Exu, para conseguir isto ou aquilo. Com isso, não queremos dizer que Exu é uma entidade boazinha, mas pensem um pouco, que lógica tem baixar em um terreiro Caboclo, Pai-Velho, Criança para fazer a caridade, e no mesmo terreiro baixar Exu para praticar o mal? 
Por isso, devemos tomar cuidado com o que pedimos para Exu, pois quem não sabe o que pede, não sabe o que quer, e o que irá receber, e muito menos o que MERECE receber. Exu só trabalha com o consentimento de entidades superiores e única e exclusivamente dá alguma coisa a alguém se o merecimento deste alguém estiver de acordo com a Justiça Kármica. 
Outra distorção que existe é a respeito do Exu Sra. Pomba-Gira. Este é um Exu feminino e muitos a colocam como se fosse prostituta, uma mulher da vida. A Sra. POMBA GIRA É GUARDIÃ SÉRIA e não promove a bagunça ou orgia, como muitos dizem ou pensam, ao contrário, ela combate todas as perturbações relacionadas com o lado sexual, combatendo os Magos Negros e seus Kiumbas.
Assim como na Umbanda existem sete Orixás Menores Chefes de legião, na Kimbanda (que muitos confundem com Magia Negra e práticas da Kiumbanda, mas não é, e sim é o outro lado da Umbanda) existem sete Exus Guardiões da Luz para as sombras que são:

ORIXÁS
EXUS GUARDIÕES
ORIXALÁ
EXU DAS 7 ENCRUZILHADAS
OGUM
EXU TRANCA-RUAS
OXÓSSI
EXU MARABÔ
XANGÔ
EXU GIRA MUNDO
YORIMÁ
EXU PINGA-FOGO
YORI
EXU TIRIRI

Está na hora de pensar na nossa querida Umbanda não como uma forma de adivinhação! Muitos vêm para a nossa religião a fim de perguntar as nossas Entidades o que irá acontecer com eles, se vão vender a casa, se vão ganhar mais dinheiro, se fulano está traindo ciclano, enfim, se esquecem da Lei do Livre Arbítrio. Esquecem-se de observar as suas atitudes no nosso Planeta Terra. Esquecem-se de se livrar do egoísmo, da luxúria, das palavras mal ditas, de fazer a caridade com o próximo, de dosar a língua falando mal dos outros e de auto observar-se para atingir o crescimento cármico dessa jornada.


Às vezes, me pergunto se quando vão à missa de domingo, ao batizado de uma criança ou a um culto evangélico, se lá, querem que o padre, o pastor adivinhem a sua vida assim como as Entidades de Umbanda. 
Por que exigem tanto de nossa religião? E ainda falam: “eu não gostei daquele Guia porque ele não adivinhou um nadinha de minha vida!” Seria muito fácil se tivéssemos alguém para nos dizer dos nossos futuros acontecimentos, não teríamos que nos observar e tentar o crescimento espiritual estaria tudo mastigadinho!
Caros leitores, está na hora de pensar na nossa religião de outra forma! Está na hora de assistirmos a um Culto nos concentrando durante o ritual para que possamos receber aquilo que estamos querendo, é claro, de acordo com o nosso merecimento. 
Está na hora de assistirmos a um Culto, pedindo perdão ao nosso Pai Maior pelos nossos atos cruéis e pedir-lhe que nos aperfeiçoe e nos ajude nessa caminhada.
Povo de Umbanda, vamos ver a nossa Centenária religião de outro jeito! A Umbanda é linda porque é versátil, dinâmica, atual. Ela é linda pela sua variedade de Culto. Ela é linda porque ela é Umbanda!
Fonte: Maria Cristina - Blog Ogum Orusra 

4 de setembro de 2010

Que Umbanda é essa?

Certa ocasião, numa cidade do interior do Estado do Rio de Janeiro, conheci um terreiro muito grande que adotava o nome de Templo de Umbanda Caboclo Tupaiba.
Convidado para conhecer o local por um comerciante da região, quando lá cheguei encontrei um local muito grande e com freqüência também muito grande.
O trabalho uma vez aberto não mostrava nada de anormal a não ser o Pai de Santo que era também comerciante na região e notei devido ao modo como dirigia a sua casa, que a dirigia com mão de ferro, mostrando-se muito agressivo com palavras (aos berros) e tinha a fama de ser um homem também violento.
Próximo às 23 h. o caboclo ordenou à corrente que se preparasse para um descarrego que ele iria fazer em uma das frequentadoras da casa. A frequentadora era uma jovem de aproximadamente 30 anos, que depois do absurdo descarrego que nela foi efetuado, não consegui entender o por quê do absurdo que havia presenciado.
A jovem aparentemente incorporava algum obsessor violento, chegando à possessão sobre a jovem, ocasiões em que a expunha a situações ridículas ou de grande agressividade.
Iniciado o processo de descarrego a jovem foi colocada dentro de um ponto de segurança e nesse momento incorporou a tal entidade que se pôs a ofender a todos no ambiente, inclusive o caboclo dirigente do trabalho.
Para minha surpresa o caboclo pediu ao seu cambone a planta conhecida como espada de São Jorge e de posse da planta usou-a como um chicote.
Espancou a jovem com a planta por mais de cinco minutos deixando-a com hematomas nas costas, nos braços, no rosto e nas pernas, alegando que na casa dele, era daquela forma que se tirava o diabo do corpo de alguém.
 Analise agora:
Você vai a uma igreja (e templo de Umbanda também é uma igreja) em busca de auxílio espiritual, porque lhe acontecem coisas que você não compreende e não tem controle sobre o que acontece com você nessas ocasiões.
Nessa igreja ao invés de receber ajuda, você recebe uma surra humilhante dentro de um local que prega e ensina o amor ao próximo, local no qual está exposta acima de todas as imagens do altar a imagem do dirigente de nossa religião, ou seja, Jesus Cristo.
Agora pergunto a você:
Que terreiro é esse?
Que caboclo é esse?
Que descarrego é esse?
Que tipo de ajuda espiritual é essa?
Na verdade esse absurdo não existe na Umbanda, existe apenas naquele local deturpado que não pode ser chamado de templo de Umbanda.
Por ser dirigido por um homem violento, cuja característica violenta era nitidamente notada em todas as entidades que aparentemente incorporava, (digo aparentemente por que até hoje eu o julgo um mistificador infeliz), aquele homem era na realidade uma farsa.
Caboclos, ou seja, lá qual for à entidade que se diz iluminada, jamais irá agredir alguém, ainda que com palavras por ferir justamente o mandamento principal de nosso Pai, ou seja; “ame o seu próximo como a si mesmo”.
Esse falso Pai de Santo conhecerá no futuro quando a morte vier buscá-lo, outros tão violentos como ele, já que semelhante atrai semelhante.
Boa sorte, meu infeliz irmãozinho!
Muitos se dizem umbandistas, alegam incorporar guias de nomes memoráveis, em sua casa, porém, todo tipo de absurdo como esse é praticado.
Fonte: Blog pai-de-santo Paulo

Os Protetores da Umbanda

Além dos Guias de Umbanda, comparecem aos templos outras entidades em busca de evolução espiritual. São conhecidos como "Protetores da Umbanda". São os Protetores que auxiliam aos nossos Guias nos trabalhos que desenvolvem em nossos templos.
Os protetores são espíritos em evolução e muito se assemelham a nós do plano material, ou seja, estamos praticamente no mesmo degrau de evolução espiritual. Esses protetores são conhecidos como: marinheiros, baianos e boiadeiros. Os protetores ajudam aos seguidores da Umbanda em praticamente tudo o que for permitido por Deus fazer.
Normalmente nos dão conselhos de grande valor, desmancham trabalhos pesados, descarregam terreiros e seus médiuns, descarregam seguidores do templo, etc. Os protetores trabalham dentro de uma determinada vibração, visando sempre a prática da caridade.
Praticamente cabe aos protetores da Umbanda a manutenção da lei e da ordem nas portas dos templos.  Ao lado das falanges de Ogum e outros Orixás, esses amigos espirituais ajudam a guardar a porta dos templos contra o astral inferior, que se pudessem invadir os nossos templos e destruir tudo o que encontrassem, eles o fariam.  São espíritos menos evoluídos, mas isso não os desmerece. Muito ao contrário. Devido à grande dedicação aos trabalhos que realizam, acabaram por receber do seguidor umbandista um grande respeito.
São respeitados da mesma forma que nossos Guias. A Linha dos Boiadeiros, como exemplo, devido à potente vibração que deles provém quando incorporados, fez com que viesse a serem respeitados como os Caboclos de nossa Umbanda, sendo comum ouvir o termo "Caboclo Boiadeiro" para designá-los. Esse termo "Caboclo" inspira no meio umbandista um respeito muito grande.
Os Boiadeiros, devido à sua peculiar tarefa de descarregar terreiros ou pessoas, fizeram com que a cada dia viessem a angariar um respeito maior, sendo que conhecemos terreiros chefiados por Boiadeiros e eram templos sérios, de tremenda vibração positiva.
Os Marinheiros também conseguiram esse mesmo respeito, já que também assim procedem, porém, são mais brincalhões e comunicativos, mas desenvolvem seus trabalhos com a mesma seriedade.
Os Baianos mostraram-se grandes amigos e companheiros nos momentos mais difíceis de nossas vidas e acreditamos que devido a essa particularidade, os Baianos são os mais assediados e explorados por seguidores do culto. Todos eles sejam Boiadeiros, Marinheiros ou Baianos são nossos irmãos verdadeiros, jamais nos enganam, jamais nos traem, jamais nos desamparam.
Fonte: Blog do pai-de-santo Paulo