Blog da Casa de Caridade Luz Divina - dirigente espiritual Vovó Luiza

31 de julho de 2011

Ritual da Gira de Trabalho

Há dois tipos de sessões ou giras: de desenvolvimento e de trabalho ou caridade. As giras de trabalho são sessões públicas, onde os guias incorporam nos médiuns para atender ao público.
Quando você entra num terreiro de Umbanda, você estará pisando num local sagrado, num templo, e cheio de energias, portanto, a primeira coisa que se deve fazer é praticar o silêncio e a meditação. Lembre-se também que num terreiro muitas energias são usadas, portanto, evite o excesso de metais no corpo (colares, pulseiras, relógios).
As giras podem variar de terreiro pra terreiro, sendo que cada terreiro determina os dias e o horário, mas em geral podemos padronizar as giras da seguinte forma:
Proteger os trabalhos  – antes de começar (abrir) a gira são cantados pontos para os exus, a fim de que estes entrem no terreiro (não há incorporação nessa parte) e retirem todos os pontos negativos, inclusive retirando os kiumbas (espíritos não doutrinados para trabalhar e ajudar) e protegendo a porta (porteira) do terreiro, para que os médiuns não incorporem estes espíritos que, muitas vezes, querem se fazer passar por uma entidade.
Defumação – Antes da abertura vem a defumação. A defumação é feita nos quatro cantos do terreiro, no congá, na guia da Mãe/Pai de santo, passando pelos mesmos, daí segue a corrente: Médiuns, fiscais e auxiliares, assistência.
Abertura da gira  – Começa com o ponto cantado de Abertura de Gira e são feitas as saudações a Oxalá e a todos os santos. Em alguns centros é cantado o hino da Umbanda. Depois da saudação são puxados os pontos de cada Orixá e entidade, sendo que o primeiro ponto é de Oxalá. Todos os médiuns acompanham com palmas em seus lugares na corrente que se formou.
A Oração – Quando todos foram saudados, então é feita a prece que oficializará a abertura dos trabalhos. Essa prece é feita com um Pai-Nosso e uma Ave-Maria seguida de um pronunciamento de fé do Pai ou Mãe de Santo. No momento da oração, todos devem estar ajoelhados e nenhum atabaque toca. O silêncio e a concentração na hora da oração é imprescindível.
Bater cabeça – Esse é o ato de submissão em que nos abaixamos diante de Jesus e todos os Orixás, pedindo sua proteção. O médium se abaixa e toca suavemente a testa no chão, mostrando respeito pela terra que toca e sendo humilde ao se abaixar diante de Deus.
Em primeiro lugar bate cabeça no congá, depois nos quatro cantos, em seguida para os pais de santo, depois pai e mãe pequeno do terreiro, seguido dos ogans e depois para os cambones. O ponto de bater cabeça é tocado, porém existe um ponto especifico para a Mãe/Pai de santo e outro para os demais. 
Após o ato de bater cabeça, todos estão prontos para receber os Orixás.
Os trabalhos (a incorporação, passes, consultas) – São chamadas as linhas que virão para trabalhar nesse dia. Essa é, sem dúvida, a parte mais longa da gira. Se for dia de homenagem a algum Orixá, a homenagem será antes dos passes e das consultas.
O Fechamento – Após o atendimento, é feito o fechamento com uma oração (Pai-Nosso e Ave Maria e um pronunciamento de fé sobre o trabalho) que oficializará o fechamento dos trabalhos e da corrente. Após a oração é cantado um ponto de fechamento de giras (trabalhos). Assim é dado os trabalhos por encerrado nesse dia.

Ritual da Toalha

O ritual da Toalha é o ato de bater a cabeça colocando-se de bruços e deitado em frente e aos pés de seu Sacerdote, com a cabeça voltada e prostrada na toalha. Este ritual significa a solicitação da bênção do seu Pai Espiritual e do seu Orixá, representando um ato de humildade, obediência e resignação aos preceitos religiosos, como também a aceitação daquela Casa e seus Mentores como seus condutores no caminho dos serviços de Deus e de nossa religião. É a submissão aos ordenamentos divinos e o reconhecimento de sua opção religiosa.
As mãos voltadas com as palmas para cima, neste momento, no mesmo nível que a cabeça, é que vão complementar o recebimento das emanações vibratórias positivas de Deus, dos Orixás cultuados na Umbanda e dos Orixás da Casa Sagrada daquele filho de fé. Neste instante deve o filho e médium, em uma prece mental rápida, pedir auxílio aos Mentores espirituais, a Deus e aos Orixás, para um melhor desempenho de suas funções mediúnicas, recebendo o axé dos Orixás donos daquela Casa e Templo Sagrado. O respeito aos seus Sacerdotes é fundamental e definitivo no caminho da espiritualidade, pois são eles que vão ser os condutores de sua vida espiritual e religiosa.
Não insista em se achar uma exceção, porque não há exceções no caminho onde a humildade deve ser seu precursor em busca do aprendizado religioso.

Pedir a bênção ao Sacerdote

O religioso umbandista deve sempre que entrar ou sair de sua Casa Sagrada, saudar e tomar a bênção de seus Sacerdotes (pai ou mãe de santo, ogans, pai e mãe pequena, etc.), tomando entre suas mãos a mão de seu Pai Espiritual beijando-a respeitosamente, levando-a até sua testa e trazendo-a de volta à posição normal.
Quando isto ocorre o filho está reconhecendo em seu Pai ou Mãe Espirituais o seu orientador que o conduzirá dentro da doutrina religiosa. Ao levar sua mão até a própria testa representa, neste ato, seu desejo de que aquelas mãos preparadas o conduzam nos serviços de Deus, representando ainda a humildade de que se serve para prosseguir em seu aprendizado e iniciação religiosa.
Ao tornar beijar essa mesma mão de seu Sacerdote está admitindo que o respeita como intermediário entre ele e os Orixás, bem como os espíritos que o assistem, manifestando seu desejo de ser abençoado pelos Orixás responsáveis pelos seus Sacerdotes e da Casa onde está se iniciando.

24 de julho de 2011

A Egrégora

Campo estrutural é toda estrutura espiritual criada e mantida pelos espíritos na dimensão espiritual (Orum) e que podem, ou não, interagir com a dimensão material (Aiyê). A energia mantenedora dos campos estruturais são as vibrações espirituais. Quando falamos de espíritos estamos nos referindo a todos, sejam encarnados ou não. Assim, estão incluídos os Caboclos, Pretos Velhos, Exus e toda hierarquia de guias e protetores espirituais, mestres, anjos e Orixás.
Entre os vários Campos Estruturais existentes encontra-se um chamado Egrégora. As egrégoras são estruturas espirituais criadas e mantidas por um conjunto de espíritos. Egrégora é um Campo Estrutural específico, formado pelas vibrações espirituais oriundas de muitas origens. A egrégora é um campo estrutural coletivo.
As egrégoras são criadas, mantidas, alteradas e destruídas por nós, mas também devolvem energia e força a todos aqueles que participam da sua formação. A energia espiritual devolvida pela egrégora sempre é bem maior do que a energia espiritual fornecida por nós e também é proporcional ao número de espíritos que a compõem. 
Sendo assim, o Terreiro de Umbanda, onde são realizados os trabalhos espirituais, não é somente uma casa, uma construção. Além da estrutura material existe uma estrutura espiritual que é mantida por todos aqueles espíritos (Caboclos, Pretos Velhos, Crianças, Exus, etc.) e por todos os médiuns, cambonos e participantes do Terreiro. Esta estrutura espiritual é um tipo de campo estrutural. Quando uma pessoa vai até um Núcleo de Umbanda e ao adentrar ao recinto se concentra em preces e respeita o lugar sagrado, ela está neste momento vibrando e alimentando o campo estrutural daquele Terreiro, ela está alimentando com vibrações espirituais a egrégora da casa. Ao alimentar a egrégora ela passa a se envolver naquele campo espiritual e imediatamente passa a receber as vibrações espirituais que aquela egrégora (Campo Estrutural do Terreiro) devolve a ela, há uma troca de energia espiritual. Se houver afinidade, pode-se entrar em ressonância espiritual com as vibrações espirituais daquele lugar e então a energia transferida será bem maior. O resultado desta transferência de energia será notado imediatamente em nossas vidas, podendo em alguns casos provocar verdadeiros milagres (curas, mudanças emocionais, psíquicas, sociais, etc.). 
A energia espiritual recebida pelas pessoas é sempre da mesma natureza da energia da egrégora.
Precisa-se tomar muito cuidado com as egrégoras que ajudamos a manter, pois acabamos virando vítimas destes campos de força espiritual e, muitos deles, ao invés de nos ajudarem poderão provocar perturbações incríveis em nossa vida, em nossa saúde e em nosso equilíbrio espiritual.
A egrégora também auxilia na proteção espiritual do Terreiro, pois todos aqueles seres que não tiverem afinidades com as vibrações da egrégora, serão repelidos violentamente do ambiente devido as diferenças vibratórias existentes, mesmo que insistam não conseguirão resistir às energias dissonantes. Este efeito também se aplica às pessoas que frequentam o Terreiro: médiuns, cambones, etc.
Dizem que conhecimento é poder. Agora que você sabe que as egrégoras agem como escudos protetores do Terreiro e que são fontes de força e poder espiritual, procure fortalecer cada vez mais o Campo Estrutural de seu Terreiro e desta forma receber mais força para sua vida.

A manifestação das entidades

Como tudo no universo material se manifesta através de formas e estruturas, os espíritos para se manifestarem em nossa realidade espaço-tempo, em nossa consciência, em nossa “tela mental”, em nossos sonhos e em manifestações mediúnicas necessitam assumir formas, estruturas e aparências.
Estas formas são chamadas de corpos espirituais e são de natureza semelhante às estruturas que dão forma a matéria.

Existem três etapas na formação da aparência espiritual para os espíritos (ou entidades) que trabalham na Umbanda e para todos aqueles espíritos que, de alguma forma, necessitam se apresentar em nossa realidade material.

Primeira etapa:
É a unicidade espiritual: o espírito é único e indivisível. Diferente do corpo material que é um organismo, formado pelos diversos órgãos, o espírito em sua essência é único e indefinível. Nesta sua natureza ele não consegue se manifestar aos humanos.
Segunda etapa:
Polaridade espiritual: Nesta etapa o espírito elabora sua roupagem fluídica (o perispírito dos Espíritas Kardecistas) ou o corpo espiritual. A polaridade é um conceito de natureza material e o espírito para se manifestar nesta realidade material de espaço-tempo necessita se polarizar. A polaridade se apresenta como Feminina ou Masculina. O espirito cria um “campo estrutural” que dará forma ao seu corpo espiritual, que poderá ser de mulher ou de homem.
Terceira etapa:
Triplicidade espiritual: Aqui os espíritos escolhem a melhor opção para realizarem suas atividades as quais melhor se adaptam às suas características. Na triplicidade o espírito poderá assumir a forma de: criança, adulto ou velho.
Quarta etapa
Qualidade vibracional espiritual: Nesta etapa a opção é setenária, dependo da sua natureza e dos conhecimentos adquiridos no processo evolutivo, o espírito vem trabalhar nos Terreiros Umbandistas vinculados a uma das sete vibrações existentes na natureza, ou seja, conforme seus compromissos com os Orixás Regentes de cada linha: 
Ogum, Xangô, Iansã, Iemanjá, Oxossi, Oxalá, Omolu

Estes princípios se aplicam em qualquer linha de trabalho da Umbanda, sejam exus, ciganos, baianos, etc., sempre teremos: crianças (Mirim), adultos e velhos, homens ou mulheres e sempre vinculados às sete linhas.
    

19 de julho de 2011

O Terreiro de Umbanda

O culto e a prática da Umbanda dividem-se em três partes: a física, a mediúnica e a espiritual. Física é o terreiro, mediúnica são os médiuns e espiritual os espíritos e toda força invisível que atua sobre a física e a mediúnica.
No terreiro é onde se praticam os trabalhos espirituais. Dentro da construção física, o espaço central é onde se faz as giras e está localizado o Congá. No meio do terreiro e no Congá tem a segurança do terreiro e dela é que vem todo o axé da casa. Em volta ou perto da porta da entrada fica a parte destinada à assistência. Quando se entra no terreiro no espaço destinado aos trabalhos, é respeitoso fazer o sinal da cruz com as mãos no chão ou bater o dedo indicador neste, levá-lo à testa, na cabeça e na nuca em respeito a segurança da esquerda e cumprimentar mentalmente, saudando a Umbanda, o pai-de-cabeça e sua segurança da esquerda. É um ato que faz parte do ritual e é demonstração de respeito com a Umbanda ou com o Orixá que se está cumprimentando. Defronte ao Congá, deve-se deitar de bruços e bater cabeça.
Os terreiros têm a proteção de um dos sete Orixás e seus trabalhos sempre são abertos com a proteção da linha. Os trabalhos são abertos com a chamada desta linha, para depois ser chamada outra. A proteção da Quimbanda fica por conta do Exu protetor do pai ou mãe de santo na esquerda.
Engoma é o conjunto de instrumentos que formam a música do terreiro. Tradicionalmente a base de toda engoma são os atabaques. Eles são considerados sagrados e são cruzados pelas entidades. Eles têm nome: Rum, Rumpi e Lê, o maior, o médio e o pequeno. No início a Umbanda não usava a música, só as palmas que mantinham o ritmo dos pontos cantados. Isso explica-se porque a Umbanda era proibida e o som na noite indicava os locais dos trabalhos que eram feitos escondidos. 
A Umbanda é regida pela música. Todo seu ritual é por ela comandado, o que se chama ponto cantado. O correto é iniciar os trabalhos com o Hino da Umbanda, a defumação, os pontos de abertura dos trabalhos, o chamado dos espíritos para arriarem e subirem. Chama-se pontos de chamada ou linha. Ponto de linha é quando se faz o chamado dos espíritos em geral dentro de suas respectivas linhas. Quando se canta o ponto de linha, qualquer entidade da linha chamada pode arriar. Para eles deixarem o terreiro, canta-se o ponto de subida, é quando, em um terreiro organizado, todos devem se despedir sem a necessidade da hierarquia ordenar verbalmente. O ponto individual é para chamar um determinado espírito. Normalmente é ele quem deixa a letra e música que funciona como um mantra. A entidade está na Aruanda ou em algum lugar, quando houve que está sendo cantando em algum Terreiro o seu ponto individual, imediatamente ele atende e arria. O ponto cantado é muito respeitado pelas entidades e um não incorpora no ponto do outro. A não ser que não seja entidade e sim um obsessor.
Todo terreiro tem em sua entrada uma pequena casinha à esquerda onde está assentada a segurança do Exu protetor da casa. Este local chama-se Tronqueira. Dentro estão as armas do Exu, como a segurança do centro do terreiro, e permanece sempre alimentado com velas, bebidas, charutos e às vezes comidas. Sua função é cuidar da segurança externa do terreiro, por isso deve-se cumprimentá-la antes de entrar no terreiro. À direita da entrada tem outra pequena casinha onde está assentada a segurança do Preto ou Preta Velha do Terreiro. Também deve-se cumprimentar fazendo-se o sinal da cruz no chão. O cumprimento da linha de esquerda é com a mão esquerda e da linha de santo com a mão direita.

Sobre a Umbanda

A Umbanda foi oficialmente declarada como religião em 1908, mas esse episódio está sendo relegado a plano secundário por várias correntes importantes, que pregam a Umbanda como existente antes desta data. Nós adotamos a data da oficialização do Zélio de Moraes e os seus ensinamentos básicos, embora todas as correntes merecem respeito. O tempo vai corrigir as distorções entre os pregadores através da lei do uso e do costume.
primeiro terreiro de Umbanda fundado oficialmente no Brasil foi a Tenda Espírita Nossa Senhora da Piedade, hoje ainda em pleno funcionamento sob a responsabilidade da filha do sr. Zélio de Moraes, sra. Zilméia de Moraes.
Apesar de sua cultura indígena, o Caboclo Sete Encruzilhadas deixou bem claro que a Umbanda tem a sua base fundada no Evangelho de Jesus Cristo, e a relação com a Igreja Católica pelo nome N.S. da Piedade fincou fortes raízes entre as duas religiões, em concreta discordância do Candomblé, que não usa o sincretismo com os Santos católicos. o sincretismo já era forte quando foi criada a Umbanda, uma vez que ela foi criada em 1908, vinte anos depois da Lei Áurea promulgada pela Princesa Isa bel , e o nome da N.S. da Piedade foi reverenciado no primeiro terreiro brasileiro, o do sr. Zélio de Moraes. Esse fato esclarece a razão da Umbanda estar mais ligada com o Catolicismo que com o Kardecismo e Candomblé.
A Umbanda foi criada como uma religião organizada por espíritos superiores, tendo como função maior lidar com espíritos que fazem o mal, e devemos considerar de grande importância saber o que eles fazem, como podem fazer e o que precisamos agir para interromper a ação indesejável dessas entidades atrasadas e que não são pertencentes ao quadro dos trabalhadores espirituais da Umbanda.
A reencarnação é a mesma base evolutiva do espiritismo tradicional e também de várias outras religiões orientais.
O triângulo espiritual da Umbanda está formado pelos caboclos, pretos-velhos e crianças, mas além deles outros espíritos fazem parte ativa como guias e linhas espirituais.
O espiritismo kardecista trabalha apenas com a vibração da energia dos médiuns e do próprio espírito, enquanto a Umbanda, além disso, manipula as forças da Natureza, o que lhe dá maior potencial de solução dos problemas.
As linhas têm especialidades de trabalhos, cada uma trabalhando de uma forma e com característicos próprios com a intenção de resolver problemas de formas diferentes.
A Umbanda usa, manda e encaminha para a Quimbanda tipos de trabalhos que estão na especialidade dos Exus e das Pombas-gira.
Candomblé não é Umbanda e misturar as duas religiões em uma só descaracteriza as duas religiões, não sendo nem Umbanda e nem Candomblé. Nós devemos seguir a Umbanda sem misturar com o Candomblé.
Os Exus são espíritos de grande inteligência e importância, pela lei do carma estão à serviço de seus subjugados.

10 de julho de 2011

O Anjo da Guarda

Segundo a Bíblia, existem milhares de Anjos, porém, nela, somente três são chamados por seus nomes: Gabriel, Miguel e Rafael. 
Todas as ordens místicas (ou religiões) possuem um ritual de iniciação, em que o noviço se compromete a seguir sua doutrina. É uma representação de seu nascimento para a ordem e, por meio dela, para uma nova vida. Em algumas religiões adotam um novo nome e esse nome significa novos poderes, novos conhecimentos e maiores conquistas espirituais. Assim, na Umbanda, o ritual de iniciação é a primeira obrigação de Anjo da Guarda.
Sendo assim, o ato de nomear alguém ou algo parece ter importante significado. A invocação dos Anjos da antiguidade judaica era feita pronunciando-se seu nome, em certos momentos e em determinadas condições.
O ato de descobrir o nome do seu Anjo da Guarda pode também ser considerado uma espécie de iniciação, como o recebimento de um código que lhe dará acesso a novos níveis de consciência. Essa descoberta talvez constitua o ponto crucial da relação com o seu Anjo custódio. Se levarmos em conta que a imensa maioria dos seres humanos não é capaz de perceber os Anjos de uma maneira sensível, qualquer comunicação que, de um modo inequívoco venha deles, adquire uma importância capital. E entre essas comunicações, uma das primeiras, e a principal, é a nomeação do Anjo da Guarda. A partir desse momento, este nome permitirá a você estar em permanente contato com ele, tornando a comunicação muito mais fácil, já que sua fé e sua segurança terão aumentado consideravelmente.
Existem diferentes métodos para averiguar o nome do Anjo da guarda, um dos melhores é que, a cada noite, antes de dormir, seja estabelecido um contato mental com seu Anjo, pedindo-lhe ajuda durante o sono, para que sejam solucionados os problemas que naquele momento estão afligindo, quaisquer que sejam eles. Durante o dia, deve-se afastar momentaneamente os pensamentos do trabalho - ou daquilo que estiver fazendo - e enviar pelo menos uma saudação a ele, aproveitando para lhe pedir que ajude sempre, a qualquer momento e em qualquer situação.
À noite, nessa espécie de oração ou comunicação mental, deve-se pedir-lhe que, se ele considerar o momento conveniente, revele seu nome para que a sua comunicação se torne melhor, estreitando a união já existente entre ele e você.
O normal é que durante o sonho ou pela manhã, logo ao acordar, o nome do seu Anjo surja claro e distinto na sua consciência. Não deve-se esperar um nome bíblico, nem forçosamente um terminado em "el". Poderá ser um nome muito conhecido ou um que jamais tenha ouvido na sua vida. Poderá ser um nome estrangeiro ou um diminutivo popular. Também pode surgir algo que não pareça nome, mas que você automaticamente identifique como sendo o do seu Anjo. E, a partir deste momento, você tem uma forma de invocá-lo, de iniciar a comunicação com ele. Deve-se dar graças e estar disposto a começar um novo, alegre e esperançoso dia.
Você sabe a importância dos anjos da guarda na Umbanda?
Bem, os anjos de guarda nos protegem e acompanham a cada dia. E este acompanhamento também está nas horas de trabalho (sessões). Sim, porque estamos numa corrente espiritual onde espíritos sem luz e perturbados, confusos, vêm contra nós, os Orixás, Guias e Entidades nos protegem, mas a presença do anjo da guarda antes e depois da incorporação é por demais importante.
Um exemplo, normalmente quando uma pessoa sofre um trabalho de demanda, um trabalho contra o bem estar dela, a primeiro reflexo que se nota é o enfraquecimento de seu anjo da guarda, tornando-o distante e deixando a pessoa vulnerável.
É comum que os Guias/Entidades do terreiro, quando se vêem a frente de uma pessoa com demanda, venham pedir um “fortalecimento para o anjo de guarda”, ou seja, um reforço para restaurar os laços entre você e seu anjo da guarda. Este reforço consiste em trazer ele mais próximo de você, com mais força para te proteger contra os ataques da demanda.
Com toda a certeza, para os médiuns, os anjos da guarda são tão importantes quanto os próprios Orixás e Entidades.
Quando há o processo de desincorporação, o Anjo da Guarda se aproxima mais, para manter o equilíbrio do médium.
Quando o médium vai incorporar, para que a Entidade se aproxime, o anjo de guarda permite a passagem para ocorrer a incorporação. Quando a Entidade está incorporada no médium, o anjo da guarda permanece ao lado, pois o médium está protegido por energias da Entidade que está ali. 
Portanto, os médiuns devem ficar atentos para não oferecer resistência na hora da desincorporação desta Entidade, pois existe uma hora certa em que a Entidade deve deixar a matéria e o anjo da guarda se aproximar, não deixando a matéria desprotegida.
O que chamamos de intuição, muitas vezes, é a manifestação do Anjo da Guarda que procura sempre o melhor para nós (aquela voz na cabeça que diz, não faça isso, não vá por esse caminho, etc.).
O seu anjo da guarda sempre anda com você em qualquer lugar que você esteja, pronto a lhe proteger, embora você não o veja.
O nosso anjo da guarda é aquele que nos protege a todo instante de nossas vidas... Por isso, devemos manter uma vela acesa em um local alto com um copo d’água ao lado e fazer orações ao anjo da guarda regularmente, pedindo sempre que nos guie pelos caminhos certos da vida e que nos proteja.
Para quem acredita é muito fácil sentir, ouvir e presenciar a manifestação dos anjos em nossa vida, dando inspiração para algo que ocorrerá em nossos dias, mas para pessoas que não acreditam que os anjos existam é totalmente difícil manter o anjo próximo dele, este pensamento negativo e destrutivo para o anjo o enfraquece e acaba por distanciá-lo.
Quando o médium fica meio em transe após a incorporação, alguns dirigentes colocam a mão sobre o coração do médium e dizem: “fulano, seu anjo da guarda te chama!”
Tal prática talvez tenha sido trazida para a Umbanda por alguma Preta Velha, já que é de pleno conhecimento que muitas delas foram exímias benzedeiras.
Esta era uma prática comum antigamente de benzedeiras. Elas utilizavam esta frase como uma pequena oração para pessoas que não se achavam plenamente conscientes por vários motivos (mediunizadas, epilepsia, desmaio, etc.). 
O Anjo da Guarda é visto como o mentor de nossa razão, de nossa consciência. Desta forma, este é um chamado ao restabelecimento da consciência com implicações magísticas.
Ao fazer referência ao nosso anjo da guarda, chamando-nos de volta ao domínio das faculdades no corpo físico após o transe mediúnico, ocorre uma espécie de invocação a nós mesmos.

1 de julho de 2011

A humildade

Todos já ouviram a palavra humildade, não é mesmo? Lógico! Esta palavra é muito usada, mas nem todas as pessoas conseguem entender o seu verdadeiro significado.
O termo humildade vem de húmus, palavra de origem latina que quer dizer terra fértil, rica em nutrientes e preparada para receber a semente. Desta forma, uma pessoa humilde está sempre disposta a aprender e deixar brotar no solo fértil da sua alma a boa semente do aprendizado. Pois, para aprender, é necessário que a pessoa tenha humildade.
"Muitos confundem-se e acham que humildade é sinônimo de pobreza, ou é baixar a cabeça. 
A verdadeira humildade é firme, segura, sóbria e jamais compartilha com a hipocrisia ou com a pieguice. A humildade é a mais nobre de todas as virtudes, pois somente ela predispõe o seu portador à sabedoria real. 
O contrário de humildade é orgulho, porque o orgulhoso nega tudo o que a humildade defende. O orgulhoso é soberbo, julga-se superior e esconde-se por trás da falsa humildade ou da tola vaidade. Muitos se dizem humildes, mas na verdade não o são. Há muito orgulho travestido de humildade... 
Quando uma pessoa humilde comete um erro, diz: "eu me equivoquei", pois sua intenção é de aprender, de crescer. Mas quando uma pessoa orgulhosa comete um erro, diz: "não foi minha culpa", ou, "não fui eu", porque se acha acima de qualquer suspeita.
A pessoa humilde trabalha mais que a orgulhosa e por esta razão tem mais tempo. Uma pessoa orgulhosa está sempre "muito ocupada" para fazer o que é necessário.
A pessoa humilde enfrenta qualquer dificuldade e sempre vence os problemas. A pessoa orgulhosa dá desculpas, mas não dá conta das suas obrigações e pendências.
Uma pessoa humilde se compromete e realiza.  Uma pessoa orgulhosa se acha perfeita.
A pessoa humilde diz: "eu sou bom, porém não tão bom como eu gostaria de ser", pois respeita aqueles que lhe são superiores e trata de aprender algo com todos. A orgulhosa resiste àqueles que lhe são superiores e trata de pôr-lhes defeitos. Ou então se acham "perseguidos" por aqueles que têm mais conhecimento e ficam se fazendo de vítimas.
O humilde sempre faz algo mais, além da sua obrigação. O orgulhoso raramente colabora e sempre diz: "eu faço o meu trabalho, a minha parte".
Uma pessoa humilde diz:  "deve haver uma maneira melhor para fazer isto e eu vou descobrir". "Isto está sendo feito de forma errada, vou descobrir o jeito correto". A pessoa orgulhosa afirma: "sempre fiz assim e não vou mudar meu estilo". 
A pessoa humilde compartilha suas experiências com colegas e amigos, o orgulhoso as guarda para si mesmo, porque teme a concorrência.
A pessoa orgulhosa não aceita críticas, a humilde está sempre disposta a ouvir todas as opiniões e a reter as melhores.
A pessoa orgulhosa fica irritada quando alguém tenta lhe ensinar; a pessoa humilde vibra com o ensinamento, pois está aprendendo algo novo.
Quem é humilde cresce sempre, quem é orgulhoso fica estagnado, iludido na falsa posição de superioridade.
Uma pessoa humilde defende as ideias que julga nobres, sem se importar de quem elas venham. A pessoa orgulhosa defende sempre suas ideias, não porque acredite nelas, mas porque são suas, mesmo não sendo corretas. 
Enfim, como se pode perceber, o orgulho é grilhão que impede a evolução das criaturas, a humildade é chave que abre as portas da perfeição. 
Vocês sabem por que o mar é tão grande, tão imenso e tão poderoso? É porque foi humilde o bastante para colocar-se alguns centímetros abaixo de todos os rios. Sabendo receber, tornou-se grande. Se quisesse ser o primeiro, se quisesse ficar acima de todos os rios, não seria mar, seria uma ilha. E certamente estaria isolado.
Pensem nisso, meus filhos! Vamos ser humildes para aprender e ascender...
Vovó Luiza de Guiné

Mensagem de um preto velho

"Meu filho, a verdade é que muitos estudantes das coisas do espírito não têm a fibra e a raça necessárias para aguentar o tranco da Luz dentro de seus corações. Falam muito de espiritualidade, mas, na hora das provas, arrepiam do caminho.
Esquecem-se de que são espíritos reencarnados e sujeitos às provas da carne, como todo mundo. E, às vezes, são levados para fora do caminho da Luz por companhias negativas, que inseminam conceitos distorcidos em suas mentes fracas.
E não pense que os espíritos malvados são a causa principal isso, não.
Porque, na maioria das vezes, os maus conselhos são dados pelos próprios encarnados que estão do lado. E se a pessoa coaduna com o que ouve, então ela mesma é que se deixa levar...
Os irmãozinhos das trevas só se aproveitam daquilo que acham dentro da própria pessoa. E se encontram campo fértil, plantam pensamentos de discórdia e sementes de destruição. E essa ação deles tem a ver com sua própria condição negativa e de revolta diante das leis da Vida.
Mas, se eles são assim e semeiam discórdia e sedução, por que é que as pessoas permitem sua presença perto delas?
Talvez, porque elas mesmas já estejam na sintonia do mal que hospedam. E, também, porque, muitas vezes, esse mal já vem atrelado nas más companhias com as quais elas trocam energias e vivências.
De um lado, as más companhias dos encarnados e seus conselhos deletérios; de outro, a péssima companhia dos espíritos trevosos. E, no meio, a pessoa desavisada e submetida a sérias distorções em seus pensamentos – e levada a desvios espirituais lamentáveis.
É por isso que Nosso Senhor falava para “orar e vigiar”, para a pessoa não cair vítima das armadilhas e seduções das más companhias – dos homens e dos espíritos.
Quem abandona o caminho espiritual e abraça as coisas do mundo, como se fossem as únicas importantes em sua vida, se submete a sérias consequências cármicas à frente...
E isso é assim, não porque o mundo espiritual quer, mas pela abertura deletéria que a pessoa permite. E os guias espirituais nada podem fazer quanto a isso, pois é escolha dela mesma. E se a escolha é de direito de cada um, as repercussões de cada vibração abraçada também são.
E Nosso Senhor também alertou sobre isso, quando disse que “a cada um segundo suas obras!”
Ah, meu filho, os guias espirituais também choram.
Principalmente quando os seus pupilos dão atenção para os maus conselhos e guarida para a entrada do mal em suas vidas. Porque eles sabem que a pancada cármica é forte, e que a dor e várias decepções purgarão as escolhas equivocadas dos que arrepiarem para fora do caminho da Luz.
Muitas vezes, os mesmos filhos que deserdam do caminho espiritual são os mesmos que imploraram aos seus guias, antes de reencarnar, pela possibilidade de trilharem a estrada da Fé e da espiritualidade. E isso porque se sentiam devedores do passado e tinham consciência das coisas ruins feitas anteriormente.
E é isso o que acontece: pedem novas chances e prometem mundos e fundos antes da descida à Terra; mas, quando vestem a roupa de carne, se esquecem dos bons propósitos e dão guarida para o mesmo mal que os atormentou em vidas anteriores.
E, novamente, entram no ciclo de semeadura destrutiva... Até a hora da dura reparação cármica! A hora da colheita de sua covardia, manifestada na forma de decepções variadas e situações complicadas ao longo de sua vida...
É verdade, meu filho: os guias espirituais também choram!
E, em lugar de dar guarida às suas inspirações benfeitoras, os seus pupilos preferem ouvir o mal; em lugar de captarem a Luz espiritual, preferem as trevas azucrinando suas ideias; e, no lugar da prece e da Fé, o mergulho só nas coisas do mundo.
Muitas pessoas são acossadas terrivelmente pelos irmãozinhos trevosos, mas elas também não fazem por onde serem protegidas pela Luz. E, ao arrepiar do caminho, tornam-se presas fáceis das más companhias - do mundo dos homens, e do mundo dos espíritos.
Os guias espirituais choram por elas. Mas elas chorarão muito mais...
Não porque elas saíram de um lugar em que não estavam mais se sentindo bem; mas porque abandonaram a espiritualidade. E isso não se encontra em lugar algum, pois é coisa de foro íntimo; é Consciência e Fé!
Meu filho, não é fácil aguentar o tranco da Luz no próprio coração. Sozinho é muito difícil. Então, que os filhos de boa vontade caminhem no mundo com equilíbrio e prudência, diante das tentações do mal. E que estejam, cada vez mais, conectados com os seus guias espirituais. Que não se esqueçam da prece e nem de serem honrados com as coisas da Fé.
O caminho espiritual é dentro do coração. E quem trai sua Fé, trai a si mesmo.
As coisas do mundo também são importantes, mas são transitórias. E as más companhias só levam à destruição... Assim como, quem não deve, não teme.
E quem faz o seu guia espiritual chorar, também chorará, no tempo certo que o Carma determinar. E aqui fica esse alerta a todos os filhos que gostam das coisas do espírito.
Que Oxalá abençoe seus caminhos...
Na Fé, na Luz, no Amor!"
Pai Joaquim de Aruanda (Recebido espiritualmente por Wagner Borges)

A importância do estudo na Umbanda

Muitos médiuns Umbandistas não gostam de estudar sobre a Religião de Umbanda, assim como alguns sacerdotes não permitem que seus médiuns estudem e façam perguntas, questionem, evoluam em conhecimento e saber.

Muitos dizem que a Umbanda é caridade, amor e não é necessário estudo qualquer: "é só deixar o guia vir; é só deixar o Orixá encostar; ou o guia ensina".

Bem, em toda Religião o estudo é fundamental para a sua compreensão. Não que esteja errado ver o lado da caridade, do amor ou da entrega, que realmente são necessários aos médiuns na incorporação, mas a Umbanda é muito mais do que isso.

O estudo deve ser somado à dedicação prática da lida no terreiro (a prática da caridade e do amor ao próximo: solidariedade), unindo tudo isso como um conhecimento maior que pode tirar dúvidas, retirar confusões da mente, evitar o animismo, o exibicionismo (de médiuns e/ou de entidades), evita que os consulentes vejam a Umbanda e seus guias como trocadores de favores / presentes, a clonagem arquétipa dos guias (quando médiuns novos acabam, sem querer, copiando o comportamento dos guias do ou dos dirigentes), o comportamento grosseiro de alguns guias e médiuns, a ignorância de alguns médiuns, e evitar que os espertalhões, que querem utilizar a Umbanda como um meio de ganhar dinheiro, o façam usando a ignorância de seus adeptos.

Podemos dividir o estudo da Umbanda em várias formas de entendimento e orientações:

* Pela doutrina de cada segmento, cada casa, que deveria ser ministrada aos médiuns e assistidos (qual a doutrina existente na casa, seus ritos, fundamentos, maneira de trabalhar). Normalmente esta doutrina ou estas aulas de doutrina estão a cargo do sacerdote da casa ou alguém designado por ele.

* A conversa de banquinho com o(a) preto(a)-velho(a) do(a) dirigente ou dos dirigentes da casa (pode ser com outro guia, tudo dependerá da estrutura de comando de cada casa; umas estão sob o comando dos pretos-velhos, outras sob o de Caboclos, Boiadeiros, Baianos, etc.), onde a parte doutrinária da casa, pelo seu lado espiritual e orientador, deve ser levada aos médiuns.

* Livros e material didático que sejam feitos pela casa (terreiro) ou utilizado de autores Umbandistas, onde possam existir mais orientações no nível doutrinário, religioso, comportamental, espiritual, moral e ético relacionados a Umbanda.

* Outras fontes literárias, até de outras religiões, onde possam conter informações relevantes para os médiuns, no seu entendimento sobre a Religião de Umbanda, ou mesmo, sobre certos conceitos de cunho moral, ético, espiritual, doutrinário, etc.

* Formação de palestras e/ou seminários, onde os médiuns possam compartilhar da sabedoria e do conhecimento de outros sacerdotes e outras pessoas ligadas à espiritualidade (dependendo de cada seguimento da Umbanda).

* Como visitantes a outros terreiros ou recebendo visitantes em seu próprio terreiro, no intuito de se mostrar a diversidade da religião, a troca saudável de culturas dentro da Umbanda, mostrando a diversidade, a riqueza que é a Religião de Umbanda. Ao mesmo tempo, estreitando laços de amizade e de união com outros terreiros e outras formas de se manifestar a Umbanda.

* Por meio da formação escolar e acadêmica. Seja no estudo regular, ou na Universidade, onde o médium aprende uma profissão, uma especialização, aumenta sua instrução e a sua forma de ver e entender o mundo.

* Por meio de cursos relativos a Umbanda e a outras religiões, ou facetas da própria Umbanda. Porém, estes cursos devem ser de conhecimento do sacerdote de cada casa, pois existem diversas pessoas que usam do nome da Umbanda para enganar e retirar dinheiro de médiuns que buscam o conhecimento.

Como podemos ver, não existe somente uma forma, mas existem diversas formas de se obter o conhecimento e o estudo com relação a Religião de Umbanda.

Devemos sempre lembrar que os Sacerdotes de cada casa têm o compromisso, não só em relação a caridade, ao amor, a solidariedade, mas também, do conhecimento, do ensino, da orientação, de conduzir os médiuns, os tirando da ignorância e mostrando que a Religião de Umbanda, mediante o seu seguimento, pode dar muitos ensinamentos. Não só em relação a religião em si, mas para o próprio médium como pessoa, como ser humano.

O terreiro, a religião pode se estender para o mundo profano e nele exercer uma atuação divina. Isto pode ser feito sem preconceitos, sem proselitismos, sem perseguições, sem imposições ao outro. Basta que os sacerdotes e os guias que conduzem uma casa de Umbanda saibam passar os bons ensinamentos a seus médiuns para que eles possam levar para o mundo o que a Umbanda tem de melhor, o que ela tem de contribuição para a melhoria do mundo e do próprio ser humano.
Algumas pessoas, até dentro da Umbanda, acreditam que "o conhecimento é poder" (Francis Bacon).

Eu acredito que "o conhecimento liberta o homem de sua ignorância, abrindo-lhe a mente para a liberdade das ideias."

Etiene Sales