Blog da Casa de Caridade Luz Divina - dirigente espiritual Vovó Luiza

31 de agosto de 2012

A causa do sofrimento

Muitos irmãos e filhos se consultam com as Entidades tendo como queixa o sofrimento. Ao aprofundarmos o motivo do sofrimento vê-se que a maior parte deste é oriundo do apego. Por este motivo, segue um texto de Hammed sobre o apego.

Apego é a não-aceitação da impermanência das coisas. Na Terra nada se perpetua, somente a alma é imortal.

O apego é a memória da “dor” ou do “prazer” passado, que carregamos para o futuro. Atrás de cada sofrimento existe um apego. Quando temos algo querido ou pensamos ter a posse da alguém que muito amamos, sofremos ao nos separarmos dele. O ciúme é o resultado do apego (medo de perder).


O desejo e o apego, privados de consciência reflexiva, estreitam nossa visão de felicidade, descartando novas possibilidades de uma vida pacífica e alegre.

A mente apegada a fatos, acontecimentos e pessoas é incapaz de perceber a sua essência. Aquele que está agarrado ao “ego” está vazio do “sagrado”; aquele que se liberta do “ego” descobre que sempre esteve repleto do “sagrado”.

O “desapego saudável” é uma vivência que leva ao crescimento íntimo e uma expansão da consciência, enquanto a experiência defensiva conduz a um bloqueio das sensações, fazendo com que as pessoas vivam numa aparente fuga social.

É preciso perceber a diferença entre o “amor real” e a “relação simbiótica”, ou mesmo o “apego familiar”. A realização espiritual não está em nos apegarmos egoisticamente aos entes queridos, e sim, nos interagirmos fraternalmente, uns com os outros.

Sem apego não há sofrimento!
Axé!


26 de agosto de 2012

Interpretação dos nomes de Entidades na Umbanda


Existe uma Ciência Divina que permeia a religião de Umbanda, por meio da qual é possível fazer uma correta interpretação dos nomes das Entidades, Guias e Exus.
Existe grande curiosidade sobre a força e regência na qual nossas Entidades e Exus trabalham, pois todos estão atuando no campo de um ou mais Orixás. É importante dizer que não importa qual é o Orixá de cabeça do médium; estas informações podem ajudar, mas não são determinantes para identificar com qual entidade o médium trabalha.
Para interpretar os nomes precisa-se da chave interpretativa, que é a correta relação entre os elementos dos nomes e seus Orixás correspondentes. Por exemplo, se montanhas são de Xangô, Caboclo tal da Montanha, Exu Montanha e todas as entidades e guias com “sobrenome” Montanha são de Xangô, assim como Caboclo Sete Montanhas, Exu Sete Montanhas e todas as entidades e guias com “sobrenome” Sete Montanhas são de Xangô, trabalhando nas Sete Linhas de Umbanda. E assim por diante.
Também é preciso conhecer os fatores, verbos e ações relacionados aos Orixás, como por exemplo: cortar, arrancar, romper, abrir, trancar, girar, virar. Desta forma, identifica-se a quem pertence os fatores. Exemplo:
Fator abrir = Ogum – que dá origem às falanges:
Abre Caminho (Ogum/Ogum)
Abre Rio (Ogum/Oxum)
Abre Matas (Ogum/Oxossi)
Abre Tudo (Ogum/Oxalá)
Abre Calunga (Ogum/Obaluaê).
E com identificação do elemento principal, como: “pedra” ou “pedreira” (Xangô), “água ou cachoeira” (Oxum), “estrada” (Ogum), etc. vai-se localizando o campo de atuação:
Pedra Preta (Xangô/Omulu)
Pedra de Fogo (Xangô/Xangô ou Ogum)
Pedreira das Almas (Xangô/Obaluaê)
Pedreira de Ferro (Xangô/Ogum)
Pedreira de Ouro (Xangô/Oxum).
Por mais que se conheça a chave de um nome, é muito comum a entidade não revelar seu nome por inteiro.
Posso saber que trabalho com Exu Tranca Ruas, um Exu de Ogum, no entanto, ele pode ser Tranca Ruas das Matas, logo vai voltar-se a Oxossi, então, ele é um Exu de Ogum atuando nos campos de Oxossi.
Ainda assim não é suficiente para identificar o nome da Entidade. Sua correta revelação dever ser feita somente nas obrigações, com a própria Entidade dando a interpretação.
Lista com os fatores e chaves das entidades:
A
Abre (caminho, rio, mar, mata, etc.) - Ogum
Águia Negra Oxossi ou Ogum
Almas, das - Obaluaê
Âncoras - Iemanjá, Ogum
Ar, do - Iansã
Aranha - Iansã
Arranca (toco, tudo, rua, mar, almas) - Ogum
Arrebenta - Ogum
B
Bará - Oxalá
Brasa - Iansã e Ogum
Buraco, do - Omulu
C
Cachoeira, da - Oxum
Cabaça - Nanã
Cabeça - Oxalá
Cadeado - Ogum e Xangô
Caldeira – Xangô, Iansã
Calunga – Obaluaê
Caminho, do - Ogum
Campa – Omulu
Campina – Iansã, Ogum
Capa (preta, das almas, encruzilhada) – Oxalá
Carranca - Ogum e Oxalá
Casco - Ogum
Catacumba - Omulu
Caveira - Omulu
Cemitério - Obaluaê
Chave - Oxalá
Chicote - Iansã
Chifre - Iansã
Cipó - Oxossi
Cobra - Oxossi

Corisco - Iansã
Coroa - Oxalá

Corrente - Ogum e Oxum
Corta (fogo, vento, rua) – Ogum
Cova - Omulu
Cravo (preto, vermelho) - Oxossi
Cruz - Obaluaê
Cruzeiro - Obaluaê
Curador – Obaluaê
E
Encruzilhada - Oxalá, Ogum e Obaluaê
Escudo – Ogum
Espada - Ogum
Estrada - Ogum
Estrela - Oxalá
F
Faísca - Iansã
Fagulha - Iansã, Xangô
Fechadura - Nanã
Ferro, do - Ogum
Ferrolho - Ogum e Oxum
Ferrabrás - Xangô
Ferradura - Ogum
Figueira - Oxossi
Fogueira – Ogum
Fogo – Xangô, Iansã
Folha – Oxossi
G
Galhada – Oxossi
Ganga - Oxalá
Garra - Oxossi
Gargalhada - Erês
Gato (preto, branco) - Oxossi
Gira (mundo, fogo, etc) - Logunan, Iansã
Gruta - Oxum
Guiné (planta, não o local) - Oxossi
H
Hora Grande - Oxalá
L
Labareda – Xangô, Iansã
Laço - Oxossi
Lama - Nanã
Lança - Ogum
Lonan – Ogum
Lucifer - Oxalá
Lodo - Nanã
M
Maioral - Oxalá
Mangueira - Oxossi e Iansã
Marabô – Oxossi e Iansã
Matas - Oxossi
Meia- Noite - Omulu
Montanha - Xangô
Morcego - Omulu
Morte - Omulu
Mulambo - Omulu
Mar - Iemanjá
O
Ondas – Iemanjá, Iansã
Ouro - Oxum
P
Pantanal - Oxossi
Pantera Negra - Oxossi
Pedra (preta, do fogo) – Oxum, Xangô
Pemba - Oxalá
Pena preta - Oxossi
Pimenta - Oxossi e Omulu
Pinga Fogo - Iemanjá e Xangô
Pirata - Iemanjá
Pó, do - Omulu
Poeira - Omulu e Iansã
Porta – Obaluaê
Porteira – Obaluaê
Prego - Ogum
Punhais – Iansã e Ogum
Q
Quebra (galho, tudo, porta, etc) - Ogum
Quedas – Oxum
R
Raios – Iansã
Raiz – Oxossi
Rei – Oxalá
Relâmpagos – Iansã e Xangô
Rompe (rua, matas, almas, ferro…) – Ogum
Ruas – Ogum
S
Serra Negra - Xangô
Sombras - Oxalá
T
Tatá - Obaluaê
Tatá Caveira - Omulu e Obaluaê
Terra (preta, vermelha, seca) - Omulu
Tira Gira, Teima, Toco - Iemanjá
Toco (preto) - Oxossi
Tranca (ruas, cruzes, matas, gira, tudo, cruzeiro) - Ogum
Treme Terra - Omulu
Trinca (Ferro) - Omulu
Tronco - Oxossi
Trovão - Xangô
Tumba - Omulu
V
Veludo - Oxum
Vento - Iansã
Ventania - Iansã
Vira (mundo, tudo, vento, folha, mata, mar) - Ogum
Z
Zé Pelintra - se manifesta na Umbanda na força de Oxalá e Ogum. Ainda assim há Zé Pelintra das matas, da cachoeira, do mar, etc.
Fonte: “Livro de Exu”, ” Orixá Exu”, “Sete linhas de Umbanda”, “Umbanda Sagrada”, “Rituais Umbandistas”, “Lendas da Criação”, “Tratado Geral de Umbanda”, “Código de Umbanda”, “Doutrina e Teologia de Umbanda”, “Fundamentos Doutrinários de Umbanda” e “Guardião da Meia Noite”.


19 de agosto de 2012

Os elementos de uma casa de Umbanda


Ao chegarmos em um Terreiro de Umbanda o que mais nos chama atenção, e é característico, é o Congá. O Congá não é um simples altar montado para enfeitar o Terreiro. É o altar da Umbanda. A maioria dos Congás possui imagens de santos católicos, imagens de caboclos, pedras, copos com água, flores, entre outros elementos, variando de acordo com as ordenanças do Chefe do Terreiro. Essa mistura de elementos tem toda uma base mágica que muitos não conseguem enxergar. Nas imagens encontramos símbolos de respeito e pontos de fixação e concentração, para onde o olhar e o pensamento se dirigem e o médium consegue, assim, obter concentração para os seus Orixás, se entregando ao Deus criador, Zambi maior. O Congá também representa um pedacinho da natureza divinizado, nele as forças da natureza estão presentes gerando energia para as sessões. E estão presentes os quatro elementos básicos da natureza: água, terra, ar e fogo. Terra, nas pedras, que possuem as vibrações dos locais da natureza de onde foram retiradas e são consagradas a determinados Orixás, condensando, assentando assim um pouco da energia daquela divindade no altar, trazendo força, destruindo negatividades, trazendo equilíbrio. Água está presente nos copos, nos vasos de flores, nas quartinhas e é o princípio básico da vida. Sem água não há vida e foi nela que a vida surgiu. E este elemento é purificador, purificando o ambiente e “lavando”, dispersando energias nocivas, refletindo intenções. O fogo, elemento transmutador, transformador, que modifica os estágios, está presente nas velas, destrói miasmas negativos, representa luz, afastando espíritos negativos, acende a fé e as almas dos irmãos presentes, encarnados e desencarnados. O ar está presente em toda atmosfera do Congá e também é representado na fumaça dos incensos, na queima da parafina das velas, eleva nossos pensamentos, gera liberdade, leveza, encaminha intenções. Enfim, todo o Congá é um campo vibratório mágico, é um pedacinho da Aruanda no Terreiro de Umbanda.
Pois bem, o Congá é um destes núcleos de força em atividade constante, agindo como centro atrator, condensador, escoador, expansor, transformador e alimentador dos mais diferentes tipos e níveis de energia e magnetismo. É atrator porque atrai para si todas as variedades de pensamentos que pairam sobre o Terreiro, numa contínua atividade magneto-atratora de recepção de ondas ou feixes mentais, quer positivos ou negativos. É condensador, na medida em que tais ondas ou feixes mentais vão se aglutinando ao seu redor, num complexo influxo de cargas positivas e negativas, produto da psicoesfera dos presentes. É escoador, na proporção em que, funcionando como verdadeiro fio-terra (pararraio), comprime miasmas e cargas magneto-negativas e as descarrega para a Mãe-Terra, num potente efluxo eletromagnético. É expansor, pois que, condensando as ondas ou feixes de pensamentos positivos emanados pelo corpo mediúnico e assistência, os potencializa e devolve para os presentes, num complexo e eficaz fluxo e refluxo de eletromagnetismo positivo. É transformador no sentido de que, em alguns casos e sob determinados limites, funciona como um reciclador de lixo astral, condensando-os, depurando-os e os vertendo, já reciclados, ao ambiente de caridade. É alimentador, pelo fato de ser um dos pontos do Terreiro a receber continuamente uma variedade de fluídos astrais, que além de auxiliarem na sustentação da egrégora da Casa, serão o combustível principal para as atividades do Congá (Núcleo de Força).

O Congá dentro dos Templos Umbandistas sérios tem fundamento, tem sua razão de ser, pois é pautado em bases e diretrizes sólidas, lógicas, racionais, magísticas, sob a supervisão dos mentores de Aruanda.

Nos Terreiros de Umbanda, além do Congá há outros núcleos de energia muito importantes, os quais devemos ter o máximo respeito ao passar e adentrar. A tronqueira é geralmente a casa do Exu responsável por tomar conta da porta do Terreiro, das energias que entram e saem da casa de Umbanda. Muitas vezes, a tronqueira está fundida à casa de Exu, que é o espaço determinado a condensar as energias do povo de Exu na casa. O cruzeiro das almas é lugar de prece, oração e trabalho das entidades, lá ocorrem trabalhos de doutrina, de encaminhamento de espíritos em busca de evolução e, tanto Exus quanto os Pretos Velhos trabalham nessa linha. A casa das almas condensa os elementos e as energias pertencentes aos nossos amados Pretos Velhos, é lugar de oração, de fé, de evolução, de doutrina e de respeito.

O fumo dentro da Umbanda também não é fruto do vício e da vaidade das Entidades. A grande maioria delas nem conheceu o fumo em vida terrena. O fumo serve como defumador individual de cada entidade. Fumos utilizados pelas Entidades e defumadores aplicados por nós, tem princípios parecidos. As ervas utilizadas, antes de serem colhidas, passam toda sua vida absorvendo energia do sol, armazenando minerais, matérias orgânicas, energia lunar, óleos essenciais, entre outras substâncias. A queima dessas ervas, bem como do tabaco, utilizado nos fumos, liberam energia acumulada nessas ervas, energias estas que servem para dispersar maus fluidos e pensamentos, que espantam maus espíritos, que doutrinam espíritos perdidos, que atraem entidades para o trabalho, enfim, dependerá de que ervas estão sendo utilizadas no defumador e qual o tipo de fumo da entidade.

A energia condensada e mágica das ervas também são utilizadas para os mais diversos fins nos banhos de ervas. Há banhos para todos os fins na Umbanda: limpeza, fixação, descarga, purificação, consagração, equilíbrio, paz, prosperidade, cura, entre tantos outros fins. Há banhos feitos macerados, outros cozidos, uns podem, outros não podem ser aplicados na cabeça. E toda essa magia está baseada nas propriedades de cada erva. E toda magia do banho de ervas, assim como tudo na Umbanda, só vai funcionar se os elementos fé e concentração estiverem presentes.

O álcool  tem emprego sério na Umbanda. Quando tomado aos goles, em pequenas quantidades, proporciona uma excitação cerebral ao médium, liberando-lhe grande quantidade de substâncias ativadoras cerebrais, acumulada como reserva nos plexos nervosos (entrelaçamento de muitas ramificações de nervos), a qual é aproveitada pelos Guias, para poderem trabalhar no plano material. Deste modo, quando o médium ingere pequena quantidade da bebida, suas ideias e pensamentos brotam com maior intensidade. É também uma forma em que a Entidade se aproveita este momento para ter maior “liberdade de ação”. Os Exus são os que mais fazem uso da bebida. Isto se deve ao fato destas linhas utilizarem muito de energias etéricas, extraídas de matéria (alimentos, álcool, etc.), para manipulação de suas magias, para servirem como “combustível” ou “alimento”, encontrando, então, uma grande fonte desta energia na bebida. Estas linhas estão mais próximas às vibrações da Terra (faixas vibratórias), onde ainda necessitam destas energias retiradas da matéria para poderem realizar seus trabalhos e magias! O marafo também é usado para limpar/descarregar pontos de pemba ou pólvora usados em descarregos. O álcool, por sua volatilidade, tem ligação com o ar e pode ser usado para retirar energias negativas do médium. Já o álcool consumido pelo médium também é dissipado no trabalho, ficando em quantidade reduzida no organismo. O perigo, nestes casos, é o animismo, ou seja, o Médium consumir a bebida em grandes quantidades por conta própria e não na quantidade que o Guia acha apropriada. Nestes casos, pode ser que o Guia vá embora e deixe o médium sob os efeitos da bebida que consumiu sem necessidade. Por tanto, orai e vigiai sempre. Que tomemos sempre cuidado para não ultrapassarmos os limites de nossas entidades!
Fonte: Tenda Pai João de Minas


16 de agosto de 2012

Povo do Oriente


O Povo do Oriente é uma linha auxiliar e é composta de espíritos que atuam de modo efetivo nos processos de curas físicas, emocionais e espirituais. Formado por espíritos chamados de médicos do astral. Esses médicos do astral não são necessariamente espíritos de médicos convencionais, como podemos pensar. Mas espíritos muito, muito evoluídos de grandes sábios, profundos conhecedores de química, biologia, psicologia, física, medicina oriental, técnicas de curas milenares com uso e domínio da energia mental e espiritual sobre a energia condensada da matéria.

Essa linha também trabalha na Umbanda, mas está presente em muitos outras manifestações espirituais, como Centros kardecistas e outras fraternidades, sendo denominados de Mestres, pois são conhecedores, zeladores e guardiões de grande sabedoria ancestral, revelada apenas aos iniciados ou seus médiuns.

Embora chamada de Oriente, agrega espíritos que tenham encarnado em diversos continentes de nosso planeta e ainda de outros sistemas do Cosmos, ou seja, algo que está muito além de nossa limitada capacidade de elaboração intelectual.

É a Linha de trabalho com o poder de acessar as egrégoras de pura luz de mestres ascencionados, profetas, santos e tronos angelicais.

Usam como elemento principal em seus trabalhos, o ectoplasma dos médiuns e assistentes presentes, raramente usam os elementos materiais convencionais utilizados por entidades de outras linhas da Umbanda. Quando o fazem, servem-se de luzes e cores, cristais e materiais de radiestesia, contas e rosários budistas e hindus, ou outros objetos específicos ao trabalho daquela entidade especificamente, ou ao caso que estejam tratando.

Suas manifestações mediúnicas podem se dar em forma de incorporação (quando na Umbanda) psicofonia; psicografia mecânica, semi-mecânica, intuitiva; efeitos físicos (cura, materialização, transfiguração, transporte...), atuam através de seus médiuns passistas, também nos passes aplicados nas sessões de Centros kardecistas.
Todas as pessoas que trabalham com a cura, em qualquer seguimento, têm sempre por perto como mentor, um espírito da Linha do Oriente. Naturalmente que 90% delas não têm consciência dessa aproximação e orientação. Sua influência estende-se ainda a educadores, terapeutas, sacerdotes, místicos, religiosos.

Os médiuns que não tem conhecimento de sua condição mediúnica e não a exercem de modo formal, também podem ser beneficiados pelos Mentores, através de intuições e sonhos.

São seres de pura luz, literalmente falando, que nos transmitem sensações de profunda paz, quietude mental, amor universal, fé e confiança.

Salve o iluminado Povo do Oriente!

12 de agosto de 2012

Odoiá, Iemanjá!

Na Umbanda, além de protetora da vida marinha, Iemanjá é principalmente a protetora da família e ampara a cabeça dos bebês no momento do nascimento. No Terreiro, dá sentido de comunidade, fazendo de sua convivência num ato familiar, criando raízes e dependência. Proporciona sentimento de irmão para irmão em pessoas que há bem pouco tempo não se conheciam e o sentimento de pai para filho ou de mãe para filho e vice-versa, nos casos de relacionamento dos pais-no-santo e mães-no-santo com seus filhos espirituais. O amor ao próximo, principalmente aos parentes, e a harmonia familiar são relacionados à Iemanjá.
As guias de Iemanjá são geralmente de cristal transparente, às vezes também com contas azuis claras e branco. É comemorada em 15 de agosto, dia dedicado a várias invocações de Nossa Senhora, notadamente Nossa Senhora da Glória. É também chamada Deusa das Pérolas, Senhora da Calunga Grande (o mar) e Senhora da Coroa Estrelada.
Salve nossa Mãe! Odoiá, Iemanjá!

7 de agosto de 2012

Linha dos Boiadeiros


Os espíritos que se manifestam na Umbanda na Linha dos Boiadeiros são aguerridos, valorosos, sisudos, de poucas palavras, mas de muitas ações. Apresentam-se como espíritos que encarnaram, em algum momento, como tocadores de boiada, vaqueiros, pastoreadores, etc.

Os seus pontos cantados sempre aludem a bois e boiadas, a campos e viagens, a ventanias e tempestades. O laço e o chicote são seus instrumentos magísticos de trabalhos espirituais. Eventualmente usam colares de sementes ou de pedras.

O Arquétipo da Linha de Boiadeiros é a figura mítica do peão sertanejo, do tocador de gado, enfim, dos homens que viveram na lida do campo e dos animais e que desenvolveram muita força e habilidade para lidar contra as intempéries e as adversidades.

É um Arquétipo forte, impositivo, vigoroso, valente e destemido. Representa a natureza desbravadora, romântica, simples e persistente do homem do sertão, também chamado de caboclo sertanejo. Lembra os vaqueiros, boiadeiros, laçadores, peões e tocadores de viola; muitos deles mestiços, filhos de branco com índio, de índio com negro etc., trazendo à nossa lembrança a essência da miscigenação do povo brasileiro, com seus costumes, crendices, superstições e fé.

Existem, no Astral, muitos espíritos que, em suas últimas encarnações, praticamente viveram sobre o lombo dos cavalos, dedicando-se a criar e a domesticar esses animais, tão úteis à humanidade, já que até um século atrás o cavalo era o principal meio de transporte. Foram vaqueiros, domadores de cavalos, soldados de cavalaria etc., e guardam em suas memórias recordações preciosas e inesquecíveis daqueles tempos. Em homenagem a eles é que se construiu, no Astral, o Arquétipo da Linha dos Boiadeiros.

Nesta Linha manifestam-se espíritos que usam seus conhecimentos ocultos para auxiliar pessoas que estejam atravessando momentos muito difíceis. São combativos, inclusive no corte de magias negativas, porque conseguem promover “um choque” em nosso campo magnético e liberá-lo de acúmulos negativos, obsessores, etc.

Nem todos foram, de fato, “boiadeiros”, mas todos eles têm em comum a capacidade de atuar num campo específico e que caracteriza a Linha, qual seja o de nos trazer uma energia vigorosa, muito útil na quebra de cargas e magias negativas e para desfazer “cristalizações” mentais negativas, pois os Boiadeiros atuam no campo da Lei Divina e na Linha do Tempo.

A Linha de Boiadeiros é uma linha auxiliar e é sustentada, num dos seus Mistérios, pelo Orixá Ogum. Por isso, eles são verdadeiros “soldados” que vigiam tudo o que acontece dentro do campo da Lei Maior, estando sempre prontos a acudir os necessitados.

Na Linha do Tempo, atuam sob a Regência de Mãe Iansã, combatendo as forças das trevas pela libertação e o reerguimento consciencial dos espíritos que se negativaram, se desequilibraram e se perderam, recolhendo-os e os encaminhando para o seu local de merecimento na Criação.

Embora a Linha seja sustentada por esses Orixás (Ogum e Iansã), cada Boiadeiro vem na irradiação de um ou mais Orixás que os regem especificamente, como acontece nas demais Linhas de Trabalho da Umbanda.

Na linguagem dos Boiadeiros, “boi” é o próprio ser humano em desequilíbrio. Ou seja, são os espíritos encarnados e os desencarnados em desequilíbrio perante a Lei Maior, necessitados de auxílio. Suas referências a cavalos, a tocar a boiada, a laçar e trazer de volta o boi desgarrado do rebanho, ou atolado na lama, ou arrastado pelos temporais, ou que se embrenhou nas matas e se perdeu, ou que foi atravessar o rio e foi arrastado pela correnteza etc., tudo isso tem a ver com o trabalho realizado pelos destemidos Boiadeiros de Umbanda: eles resgatam os espíritos que se rebelaram contra a Lei Divina, pois esses espíritos são como “bois e cavalos” que não aceitam os “cabrestos” ou limites criados pela Lei de Deus e que por isso precisam ser “domesticados” e educados. Nada melhor que os Boiadeiros para fazer isso.

Quando um Boiadeiro da Umbanda gira no ar o seu laço, ele está criando magisticamente, dentro do espaço religioso do Terreiro, as ondas espiraladas do Tempo que irão recolher os espíritos perdidos nas próprias memórias desequilibradas e/ou irão desfazer energias densas acumuladas no decorrer do tempo.

Já quando um Boiadeiro vibra o seu chicote, está recorrendo de forma magística e religiosa à Divina Mãe Iansã, para movimentar e direcionar os espíritos estagnados no erro e na desordem. É muito efetivo o seu trabalho contra os espíritos endurecidos (eguns).

4 de agosto de 2012

Linha dos Marinheiros


A Linha dos Marinheiros da Umbanda é uma linha auxiliar e engloba espíritos que trabalham no auxílio a encarnados e desencarnados, a partir do seu magnetismo aquático e de seus conhecimentos sobre a manipulação do Mistério das Águas. Nela se apresentam espíritos que em últimas encarnações foram marinheiros de fato, navegadores, oficiais, pescadores, povos ribeirinhos, canoeiros, ex-piratas, etc. É o arquétipo do homem litorâneo, daquele que sobrevive do mar e dos rios.
A Linha dos Marinheiros tem a Regência direta dos Orixás Iemanjá e Omulu. Iemanjá rege “a parte de cima” do mar e Omulu rege “a parte de baixo”. Iemanjá rege o mar (calunga grande) e dá sustentação e amparo aos espíritos que nele viveram de forma positiva, extraindo de suas águas recursos para alimentar vidas. Omulu rege a terra do cemitério (calunga pequena) e sustenta o eterno vai-e-vem das águas. Mas também atrai para os seus domínios os espíritos que se utilizaram do mar de forma negativa, alimentando apenas seus instintos inferiores.
Esta Linha de trabalho é também chamada de “Povos da Água” e está relacionada a outras Mães das Águas: Oxum (águas doces), Nanã (lagos e mangues), Iansã (água da chuva e ventos), mas sua principal regente é Iemanjá.
Os Marinheiros trabalham ainda sob influência das forças naturais que enfrentam no mar, tais como: as calmarias (Mistério de Oxalá); os raios (Mistério de Xangô); os tufões (Mistério de Iansã); os bancos de areia (Mistério de Omulu); os sargaços (Mistério de Oxossi); as correntes marinhas (Mistério de Ogum).
Para lidar com essas energias, os Marinheiros precisam do conhecimento e da licença dos Orixás Regentes.
Nos Terreiros, a chegada dos Marinheiros traz uma alegria contagiante. Abraçam a todos, brincam com um jeito maroto, gingando pra lá e pra cá, parecendo embriagados. Mas NÃO estão embriagados, como se poderia pensar. É o seu magnetismo aquático que os faz ficarem balançando.
Cada elemento tem o seu magnetismo. E os espíritos que se manifestam naquela irradiação têm magnetismo idêntico.
O que faz o mar ondular é o magnetismo característico de Mãe Iemanjá, Regente Divina dessas águas e da Linha dos Marinheiros. Logo, os Marinheiros têm esse magnetismo “ondulante”.
Ao incorporar em seu médium, o Marinheiro bambeia, ele se movimenta como quem se equilibra no tombadilho de um navio ou de um barco em alto mar. Desta forma, ele libera energias em formas onduladas, é através dos seus “balanços” que lembram os movimentos de uma pessoa embriagada. (Se ficarmos algum tempo no mar, vamos entender melhor isso: ao voltar para terra firme, sentiremos estar “balançando”, “bambeando”, ainda sob o efeito do movimento ondulante do mar).
Os “balanços” dos Marinheiros liberam ondas de forte magnetismo aquático que desagregam acúmulos negativos de origem externa e interna, equilibram nosso emocional e mental e nos dão condições de gerar coisas positivas em nossas vidas. Vale lembrar que as águas simbolizam as nossas emoções e estão ligadas à origem da vida.
Nas Giras de desenvolvimento o magnetismo dos Marinheiros é um potente equilibrador emocional do médium, colaborando de forma essencial no processo.
A Linha atua preferencialmente na diluição de cargas trevosas e em trabalhos voltados para a cura emocional do consulente. Os Marinheiros são magos dos Mistérios Aquáticos. Atuam de forma única dentro da Umbanda, na manipulação de energias que nos libertam de bloqueios íntimos e nos dão equilíbrio emocional. Pode parecer pouco, mas hoje a própria ciência analisa e admite os efeitos dos distúrbios emocionais como geradores de várias enfermidades. De modo que a cura emocional é o primeiro grande passo para outras conquistas.
Os Marujos lidam com os consulentes de forma simpática e extrovertida, “quebrando o gelo” e deixando o assistido muito à vontade, o que facilita a recepção dessas energias equilibradoras e curadoras.
Sua linguagem é bastante simbólica:
● o mar― expressão que usam significando a nossa vida. Quando falam que “o mar tá bravo”, é porque o médium ou o consulente está com dificuldades na vida por não saber lidar com as emoções
● barco― maneira pela qual nos designam (é o próprio médium, é o consulente)
● Capitão Maior/Capitão do Navio― expressões para se referirem a Deus
Além dos trabalhos de descarrego e quebra de magias negativas, dão consultas e passes. Costumam ir direto ao ponto, sem rodeios. Mas sabem como falar aos consulentes sem criar um clima desagradável ou de medo.
São amigos, trazem uma mensagem de esperança e força. Sempre nos alertam para agir com fé e confiança e desbravar o desconhecido, seja do nosso interior ou do mundo que nos rodeia.
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3 de agosto de 2012

Templo de Umbanda e sua formação


Um Templo Espiritual de Umbanda é idealizado e concebido em instâncias Espirituais de elevado plano sob orientação de Oxalá. A missão de um Terreiro, neste plano, é objeto de estudo e experimentos desenvolvidos ao longo de muitas vidas, onde neste período são identificadas e definidas as necessidades de aprendizado e evolução espiritual do povo de uma determinada região para a qual serão estabelecidas metas e objetivos, bem como é feita a indicação e preparação dos espíritos que estarão à frente deste Templo. Alguns com a missão de reencarnar para ocupar seus lugares no assentamento e formação de um Terreiro, outros deverão permanecer como Espíritos atendendo a este mesmo desígnio, complementando em ambos os lados os elos que irão dar consistência, firmeza e garantia de continuidade. Neste momento são também criadas e assentadas as colônias formadas por espíritos de luz que darão sustentação ao que está sendo proposto, crescendo e evoluindo na mesma medida de evolução e crescimento do Terreiro.
O assentamento e formação de um Templo Espiritual de Umbanda são definidos muito tempo antes pela Espiritualidade que recebeu esta incumbência de Oxalá por confiar aos Orixás e Entidades que comandarão este Templo a missão da continuidade, disseminação do sentido e objetivos desta religião através de um grupo formado por um Mentor em terra e Filhos de Santo já previamente escolhidos para este fim, onde alguns deles farão parte somente da iniciação e outros darão continuidade, porém, haverá alguns que por opção própria irão desligar-se do Terreiro seguindo o caminho pelo qual optou. Estes filhos poderão estar interrompendo ou prejudicando sua própria missão, o que os levará a responder por isto.
Este grupo não é escolhido ao acaso, cada integrante traz com ele laços de afinidade ou compromisso no ideal de crescimento e evolução deles próprios, do Terreiro e de seus seguidores e do anúncio desta religião à humanidade. Os integrantes deste Templo, denominados Filhos de Santo, possuem diferentes características, conhecimentos e mesmo necessidades de aprendizado que serão aplicados e/ou desenvolvidos através das diferentes atividades que o Terreiro exige para sua manutenção e continuidade, seja no aspecto material como espiritual.
Quando a Espiritualidade idealiza um Templo para este plano são também definidos neste mesmo momento os Mentores Espirituais e o Mentor em terra que irá comandá-lo, este será denominado Mãe ou Pai de Santo. Estas definições são feitas em planos muito elevados, cujo processo de implantação e formação transcorre de forma muito natural, séria e objetiva. Por esta razão, não é dado a qualquer um esta missão.
A firmeza, equilíbrio e continuidade de um Terreiro estão diretamente ligados aos seus fundadores Espirituais, pois eles têm sob sua responsabilidade e compromisso a garantia destes propósitos.
Apesar da fundamental importância dos componentes de uma corrente em seu equilíbrio, energia, estabilidade e realização dos trabalhos, não são de competência de nenhum destes qualquer atribuição quanto à firmeza, equilíbrio e continuidade do Templo, mesmo que estes deixem de fazer parte da mesma, o que causará um desequilíbrio momentâneo, cujo efeito poderá ser maior ou menor, dependendo da atuação do mesmo na corrente e nas obrigações e envolvimento com a Casa. O único representante em terra que poderá causar grande desestabilidade aos objetivos pré-estabelecidos é a Mãe ou Pai de Santo, que tem sob sua responsabilidade o comando da corrente, o desenvolvimento espiritual de seus Filhos de Santo, bem como a disciplina, harmonia e solidez da Casa, sendo, portanto, o elo de ligação entre o comando espiritual e este plano. Para evitar-se esta desestabilidade e prejuízo à continuidade, deverá haver um substituto à altura e devidamente orientado pela Mãe ou Pai de Santo na cadeia de sucessão definida pela Espiritualidade, que dará continuidade à missão do Terreiro.

1 de agosto de 2012

Sangue na Umbanda?


O seu terreiro usa sangue para algum tipo de trabalho de Umbanda? Esperamos que não. Já tivemos oportunidade de ver trabalhos em terreiros de Umbanda onde "aprendemos" os termos: "vamos deitar um bode", "vamos rasgar um galo", etc.
Saiba que NA UMBANDA NÃO SE USA SANGUE para nenhum tipo de trabalho, nem espiritual, nem carnal, em nenhuma hipótese e sob nenhuma circunstância.
Se o terreiro onde você frequenta usa qualquer tipo de sangue para trabalhos espirituais saiba você que está errado. Uma casa onde se louva a Deus / Zambi / Olorum jamais deveria atentar contra a criação divina, seja ela qual for! ISTO É LEI!
E apesar disto, muita gente ainda anda usando e estimulando o seu uso em terreiros de Umbanda.
A Umbanda é a verdadeira ciência da magia, da manipulação energética, do conhecimento da alquimia. Os mentores espirituais que se dignam a vir aos trabalhos espirituais nos terreiros de Umbanda são, na verdade, alquimistas por excelência, ou seja, têm o conhecimento e a capacidade de transformar diversos elementos disponíveis em elementos necessários ao trabalho em questão. Para tanto, não se faz necessário o uso do sangue e nem qualquer sacrifício de um ser vivo para qualquer tipo de trabalho.
Um grande Pai no Santo nos disse (com muita propriedade): "Quem sabe manipular energia não precisa de sangue. Valem-se do sangue em trabalhos somente as pessoas e/ou entidades que não conhecem nada de manipulação energética ou de alquimia e, infelizmente, na sua grande maioria, não sabem o que estão fazendo. Note, caro amigo, que até um copo de água, quando bem trabalhado e energizado, terá o mesmo efeito que a mesma medida de sangue."
O que temos acompanhado "por aí" é que muitos praticantes da Umbanda têm misturado muitas coisas desta religião com o Candomblé, praticando então o que chamamos de umbandomblé, o que é uma verdadeira aberração. O Candomblé, assim como a Umbanda, são religiões criadas pelo Astral, pela ordem divina. E por serem da ordem divina cada qual tem seus próprios fundamentos e rituais. Esta “umbandomblé” é algo criado pelos homens de pouca capacidade de aprendizagem e desenvolvimento e nada tem a ver com o divino.
Se na Umbanda não se usa sangue, não há porque executar trabalhos baseando-se no uso do sangue. Desta forma, estas entidades que aceitam o sangue para seus trabalhos não deveriam estar trabalhando na linha de Umbanda. Vale aqui um alerta para os médiuns que têm usado sangue em seus trabalhos de Umbanda: certamente quem está errado neste caso é o médium e não a entidade. Forçando uma entidade a usar sangue em seus trabalhos estará forçando esta entidade à sua regressão.
Infelizmente, é normal ver que alguns médiuns, mostrando total incapacidade e falta de conhecimento, tomam para si a “pseudo capacidade” e, principalmente, gostam de mostrar que podem mais do que realmente podem e conhecem mais do que realmente conhecem.
Sobre esta questão, olha o que Maria Padilha disse, ela que não tem "papas na língua" foi logo alertando:
"Filhos, quem precisa de sangue ou é vampiro ou é sanguessuga, então que tipo de espíritos vocês pretendem alimentar com sangue? Que tipo de espíritos exige sangue? Coisa boa não há de ser. Espíritos realmente evoluídos não atentam contra a vida, a criação divina. Estes espíritos que estimulam o uso de sangue em trabalhos espirituais são, na verdade, espíritos vampirescos que induzem as pessoas a cometerem este absurdo de maneira muito inteligente. Considerem ainda que não podemos atentar contra a vida do que quer que seja para tentar ajudar o próximo. Atentar contra a vida é atentar contra as leis divinas. Como poderia o Pai permitir que uma vida fosse tirada pelas nossas mãos para que outra fosse salva? Como poderia o Pai permitir que se lhe fosse destruída a vida que Ele construiu? Não estaríamos infringindo a própria lei de Deus? Quem somos nós para fazermos este tipo de justiça? Se prezamos pela vida e pela natureza, como manda a Lei de Umbanda, por que tentamos sempre destruí-la em benefício de terceiros, mesmo que seja o próximo? Não se deixem levar pelo conhecimento daqueles que o escondem, pois mironga de congá é a cortina que esconde o vazio".
Vale aqui o ditado: "Quem não pode com mandinga não carrega patuá”, ou seja, quem não sabe quebrar demanda não adianta ter congá!