Blog da Casa de Caridade Luz Divina - dirigente espiritual Vovó Luiza

27 de janeiro de 2013

Quando perdemos um ente querido...

Vamos emanar nossas energias de
paz e amparo à região de Santa
Maria/RS. Que as nossas preces
sejam ouvidas, que o socorro
espiritual chegue a cada coração.
Vamos nos unir para ajudar em
pensamento.

Sei que isto é difícil neste momento, mas com o tempo entenderá que a vida precisa ser renovada... A morte é a mudança que estabelece a renovação. 

Quando alguém parte, muitas coisas se modificam na estrutura dos que ficam e, sendo uma lei natural, ela é sempre um bem, muito embora as pessoas não queiram aceitar isso. 

Nada é mais inútil e machuca mais do que a revolta. Lembre-se de que nós não temos nenhum poder sobre a vida ou a morte. Ela é irremediável.

O inconformismo, a lamentação, a evocação reiterada de quem se foi, a tristeza e a dor podem alcançar a alma de quem partiu e dificultar-lhe a adaptação na nova vida. 

Ele também sente a sensação da perda, a necessidade de seguir adiante, mas não consegue devido aos pensamentos dos que ficaram, a sua tristeza e a sua dor.
Se ele não consegue vencer esse momento difícil, volta ao lar que deixou e fica ali, misturando as lágrimas, sem forças para seguir adiante, numa simbiose que aumenta a infelicidade de todos.

Pense nisso. 


Por mais que esteja sofrendo a separação, se alguém que você ama partiu para outro plano, libere-o agora... Recolha-se a um lugar tranquilo, visualize essa pessoa em sua frente, abrace-a, diga-lhe tudo que seu coração sente. Fale do quanto a ama e do bem que lhe deseja. Despeça-se dela com alegria e, quando recordá-la, veja-a feliz e refeita.


A morte não é o fim, a separação é temporária. Deixe-a seguir adiante e permita-se viver em paz!


"A morte é só uma mudança de estado. Depois dela, passamos a viver em outra dimensão" (Vovó Luiza)

O papel e as obrigações do Cambono



Responsabilidade
Tanto quanto o médium de incorporação, o médium cambono (que é um médium de sustentação) precisa conhecer a mediunidade e tudo o que diz respeito ao trabalho com a espiritualidade e as energias humanas, a fim de poder auxiliar eficientemente o dirigente do trabalho e os seus colegas, médiuns ou não.


Firmeza mental e emocional
Como é o responsável pela manutenção do padrão vibratório durante o trabalho, o médium cambono deve ter grande firmeza de pensamento e sentimento, a fim de evitar desequilíbrios emocionais e espirituais que poderiam botar a perder a segurança do trabalho e dos outros trabalhadores.

Equilíbrio vibratório
Como trabalha principalmente com energias – que movimenta com os seus pensamentos e sentimentos – o cambono deve ter um padrão vibratório médio elevado, a fim de poder se manter equilibrado em qualquer situação e poder ajudar o grupo, quando necessário.
Para isso, deve observar sempre a prática do Evangelho no Lar, ou algo similar, bem como a preparação necessária na noite que antecede o trabalho e no dia propriamente dito, cuidando do descanso, da alimentação, da higiene física e mental, dos banhos ritualísticos, da firmeza da sua guarda, etc.

Compromisso com a Casa, o grupo, os Guias Espirituais e os assistidos
O cambono deve lembrar-se de que, mesmo não tomando parte direta nas assistências, tem alguns compromissos a serem observados, que são:

Com a casa que trabalha: conhecer e observar os regulamentos internos a fim de segui-los. Explicá-los, quando necessário, e fazê-los cumprir, se for o caso; dando o exemplo na disciplina e na ordem dentro da Casa; colaborando, sempre que possível, com as iniciativas e campanhas da instituição.

Com o grupo de trabalhadores em que atua: evitando faltar às reuniões sem motivos justos, ou faltar sem avisar o dirigente ou o seu coordenador; procurando ser sempre pontual nos trabalhos e atividades relativas; procurando colaborar com a ordem e o bom andamento dos trabalhos.

Com os Guias Espirituais: lembrando que eles contam também com os médiuns cambonos para atuar no ambiente e nas energias necessárias aos trabalhos a serem realizados, e que, se há faltas, são obrigados a “improvisar” para cobrir a ausência. Os Guias Espirituais devem ser atendidos com presteza e respeito.

Com os assistidos: encarnados e desencarnados, que contam receber ajuda na Casa e não devem ser prejudicados pelo não comparecimento de trabalhadores. Todos deverão ser recebidos e tratados com esmero, dedicação, respeito e educação.

Ausência de preconceito
O cambono não pode ter qualquer tipo de preconceito, seja com os assistidos encarnados ou desencarnados, seja com os dirigentes, mentores, etc.
Ele não está ali para julgar ou criticar os casos que tem a oportunidade de observar, mas para colaborar para que sejam solucionados da melhor forma, de acordo com a sabedoria e a justiça de Deus.


Discrição
O cambono nunca deve relatar ou comentar, dentro ou fora da casa, as informações que ouve, os problemas dos quais fica sabendo e os casos que vê nos trabalhos de que participa. A discrição deve ser sempre observada, não só por respeito aos assistidos envolvidos, encarnados e desencarnados, como também por segurança, para que entidades envolvidas nos casos atendidos não venham a se ligar a trabalhadores, provocando desequilíbrios.
Os comentários só devem acontecer esporadicamente, de forma impessoal, como meio de se esclarecer dúvidas e transmitir novas informações a todos os trabalhadores e somente no âmbito do grupo, ao final dos trabalhos.
Exceção: comunicar somente ao dirigente espiritual da Casa, para monitoramento dos trabalhos.

Coerência
Tanto quanto o médium de incorporação, o cambono, que é médium de sustentação, deve manter conduta sadia e elevada, dentro e fora da casa em que trabalha, para que não seja alvo da cobrança de espíritos desequilibrados (eguns e kiumbas), no intuito de nos desmascarar em nossas atitudes e pensamentos.


Como vemos, as responsabilidades dos cambonos são as mesmas que a dos médiuns ostensivos e exigem deles o mesmo esforço, a mesma dedicação e a mesma responsabilidade.
Como vimos, não é tão fácil ser um cambono. Para ser um, é preciso aprender tudo sobre os Orixás, os Guias Espirituais, o Templo e, principalmente, sobre a conduta que deve adotar para, depois, se for o caso, ser um bom médium de incorporação e alcançar a evolução espiritual até o Pai Maior.

Fonte: extraído do livro “O ABC do Servidor Umbandista”

4 de janeiro de 2013

Linha de Oxossi



Já estamos na vibração de Oxossi!
A vibração de Oxossi significa ação envolvente ou circular dos viventes da Terra, ou seja, o caçador de almas, que atende na doutrina e na catequese. Suas entidades falam de maneira serena e seus passes são calmos, assim como seus conselhos e trabalhos. 

Seus pontos cantados traduzem beleza nas imagens e na música e geralmente são invocações às forças da espiritualidade e da natureza, principalmente as matas. São caracterizados pela cor verde que corresponde ao elemento verde da natureza, as matas e o povo que as habita, os índios e seus mestiços, os Caboclos.

É a força cósmica da natureza comandando a mente por intermédio dos aromas e princípios curativos das ervas, inclusive da descarga humana, por meio dos banhos e defumações purificadoras que recebem das selvas os elementos primordiais dessas magias. Na Umbanda, é sincretizado com São Sebastião.

A linha de Oxossi é famosa por ser a linha da grande maioria dos Caboclos. Oxossi é conhecido na Umbanda como o senhor das matas e de todos os Caboclos. Desta linha provém uma força de grande poder que emana diretamente de Oxossi.

Você já deve ter ouvido a expressão "Todo Caboclo é de Oxossí". Esta afirmação é porque esta linha é apadrinhada deste Orixá, mas temos caboclos que vibram para Ogum (Caboclo Araribóia, Ubirajara, etc.), que vibram para Xangô (Caboclo Sete-Pedreiras, Cachoeira, etc.), que vibram para Oxalá (Caboclo Pena-Branca, Aymoré, etc.), que vibram para Cosme e Damião (Caboclinho da Mata, Tupizinho, etc.), na linha de Iemanjá (Cabocla Estrela do Mar, Indaiá, etc.), na linha de Iansã e outras linhas.

Características

Cor
Verde
Fio de Contas
Verde
Ervas
Alecrim, Guiné, Vence Demanda, Abre Caminho, Taioba, Espinheira Santa, Jurema, Jureminha, Mangueira, Desata Nó, Erva de Oxossi, Erva da Jurema, Alfavaca, Caiçara, Eucalipto
Símbolo
arco e flecha
Pontos da Natureza (campo de força)
Matas
Flores
Flores do campo ou flores brancas
Essência
Alecrim ou alfazema
Pedras
Esmeralda, Amazonita, Quartzo Verde, Calcita Verde
Metal
Bronze
Saúde
Aparelho Respiratório
Planeta
Vênus
Dia da Semana
Quinta-feira
Elemento
Terra
Chacra
Frontal
Vibração
Vegetal
Campo de atuação
Conhecimento
Saudação
Okê Caboclo, Okê Oxossi
Bebida
Vinho branco, água de coco, água mineral
Animal representativo
coelho
Comidas
Axoxô (milho com fatias de coco), frutas, pamonha
Número
6
Data Comemorativa
20 janeiro
Sincretismo
São Sebastião

Atribuições
Oxossi é o caçador por excelência, mas é o caçador de almas, pois sua busca visa o conhecimento e o desenvolvimento espiritual. Logo, é o cientista e o doutrinador, que traz o alimento da fé e o saber aos espíritos fragilizados, tanto nos aspectos da fé quanto do saber religioso.

Oxossi é o Orixá da fartura, é ele quem traz para o homem as plantas curativas. Vibra sobre tudo que nasce sobre a terra, exceto as plantas tóxicas e venenosas.
Os Caboclos, seus enviados ao nosso plano físico, são hoje conhecidos como os caçadores e catequizadores de almas. Deles emanam o sentimento e a força para lutar e vencer qualquer situação.

Oxossi é um vencedor, traz para o povo a sobrevivência, a fartura, a cura das doenças pela natureza, a saúde plena. Esta linha representa mudanças, o movimento, tudo o que é novo e vibrante. Ligado às alterações mentais e físicas, Oxossi é o constante movimento da natureza, que está sempre em evolução, é a essência, ou seja, é aquilo que anima, que dá vida.

As Características dos Filhos de Oxossi
O filho de Oxossi apresenta arquetipicamente as características atribuídas ao Orixá. Representa o homem impondo sua marca sobre o mundo selvagem, nele intervindo para sobreviver, mas sem alterá-lo.

Os filhos de Oxossi são geralmente pessoas joviais, rápidas e espertas, tanto mental como fisicamente. Têm, portanto, grande capacidade de concentração e de atenção, aliada à firme determinação de alcançar seus objetivos e paciência para aguardar o momento correto para agir. 

Fisicamente, os filhos de Oxossi, tendem a serem relativamente magros, um pouco nervosos, mas controlados. São reservados, tendo forte ligação com o mundo material, sem que esta tendência denote obrigatoriamente ambição e instáveis em seus amores. 

No tipo psicológico a ele identificado, o resultado dessa atividade é o conceito de forte independência e de extrema capacidade de ruptura, o afastar-se de casa e da aldeia para embrenhar-se na mata, a fim de caçar. Seus filhos, portanto são aqueles em que a vida apresenta forte necessidade de independência e de rompimento de laços. 

Nada pior do que um ruído para afastar a caça, alertar os animais da proximidade do caçador. Assim os filhos de Oxossi trazem em seu inconsciente o gosto pelo ficar calado, a necessidade do silêncio e desenvolver a observação, tão importantes para seu Orixá. Quando em perseguição a um objetivo, mantêm-se de olhos bem abertos e ouvidos atentos. Sua luta é baseada na necessidade de sobrevivência e não no desejo de expansão e conquista. Busca a alimentação, o que pode ser entendido como sua luta do dia-a-dia. Esse Orixá é o guia dos que não sonham muito, mas sua violência é canalizada e represada para o movimento certo no momento exato. É basicamente reservado, guardando quase que exclusivamente para si seus comentários e sensações, sendo muito discreto quanto ao seu próprio humor e disposição. 

Os filhos de Oxossi, portanto, não gostam de fazer julgamentos sobre os outros, respeitando como sagrado o espaço individual de cada um. Buscam preferencialmente trabalhos e funções que possam ser desempenhados de maneira independente, sem ajuda nem participação de muita gente, não gostando do trabalho em equipe. Ao mesmo tempo, é marcado por um forte sentido de dever e uma grande noção de responsabilidade. Afinal, é sobre ele que recai o peso do sustento da tribo. 

Os filhos de Oxossi tendem a assumir responsabilidades e a organizar facilmente o sustento do seu grupo ou família. Podem ser paternais, mas sua ajuda se realizará preferencialmente distante do lar, trazendo as provisões ou trabalhando para que elas possam ser compradas, e não no contato íntimo com cada membro da família. Não é estranho que, quem tem Oxossi como Orixá de cabeça, relute em manter casamentos ou mesmo relacionamentos emocionais muito estáveis. Quando isso acontece, dão preferência a pessoas igualmente independentes, já que o conceito de casal para ele é o da soma temporária de duas individualidades que nunca se misturam. 

Os filhos de Oxossi compartilham o gosto pela camaradagem, pela conversa que não termina mais, pelas reuniões ruidosas e tipicamente alegres, fator que pode ser modificado radicalmente pelo segundo Orixá. Gostam de viver sozinhos, preferindo receber grupos limitados de amigos. É, portanto, o tipo coerente com as pessoas que lidam bem com a realidade material, sonham pouco, têm os pés ligados à terra. 

São pessoas cheias de iniciativa e sempre em vias de novas descobertas ou de novas atividades. Têm o senso da responsabilidade e dos cuidados para com a família. São generosas, hospitaleiras e amigas da ordem, mas gostam muito de mudar de residência e achar novos meios de existência em detrimento, algumas vezes, de uma vida doméstica harmoniosa e calma. 

O tipo psicológico do filho de Oxossi é refinado e de notável beleza. É dotado de um espírito curioso, observador de grande penetração. São cheios de manias, volúveis em suas reações amorosas, muito suscetíveis e tidos como "complicados". É solitário, misterioso, discreto, introvertido. Não se adapta facilmente à vida urbana e é geralmente um desbravador, um pioneiro. Possui extrema sensibilidade, qualidades artísticas, criatividade e gosto depurado. Sua estrutura psíquica é muito emotiva e romântica.

Okê, Caboclo! Saravá, Oxossi!