Blog da Casa de Caridade Luz Divina - dirigente espiritual Vovó Luiza

28 de fevereiro de 2014

Visão Espiritual do Carnaval



O benfeitor espiritual Manoel Philomeno de Miranda procurou retratar, através de psicografia pelo médium Divaldo Franco, numa visão espírita as ocorrências mais importantes durante o transcorrer do Carnaval no Brasil.

"O Carnaval é originário das bacanália, da Grécia, quando se homenageava o deus Dionísio, os trácios e a maioria dos povos antigos já se atiravam aos infrenes prazeres coletivos. Posteriormente, estas festas ocorriam em Roma, como Saturnália, e nessa ocasião sacrificava-se uma vida humana em louvor aos gozos sensuais que iriam ser procedidos, numa demonstração bem característica da fria crueldade do sentimento pagão.

No entanto, foi a partir da Idade Média que ficou estabelecida uma comemoração anual, quando era lícito a todas as pessoas, práticas e atos censuráveis sem qualquer constrangimento.

Nos tempos modernos este costume foi oficializado, particularmente no Brasil, durante três ou mais dias, justificado como uma necessidade para que sejam descarregados os recalques e tensões, acumulados no transcorrer do ano. Surgiu então neste comenos a palavra Carnaval, formada das silabas iniciais dos vocábulos carne nada vale.”

A visão do plano espiritual desdobra-se em cores vivas e chocantes, descreve Miranda: 

“Enquanto no plano físico a multidão sequiosa de divertimentos e prazeres carnais se movimentava pelas vias públicas principais de determinada cidade brasileira, numa crescente excitação da sensualidade, a psicosfera nessas áreas carregava-se de vibrações escuras e pestilenciais, fomentando a atração de Espíritos desencarnados vivendo em idêntica volúpia, que se atiravam a desmandos de orgias escabrosas, difíceis de serem descritos do ponto de vista terreno.

Misturando-se com as pessoas em perfeita sintonia mental, os seres desencarnados, aglomerados pelos desejos desenfreados, agrediam os transeuntes, atingindo-lhes os centros do discernimento com ideias infelizes, nefastas, colocadas imediatamente em prática de conformidade com as tendências de cada indivíduo.

Formas invisíveis de aspecto vampiresco buscavam as suas vítimas para sugar os plasmas vitais, notadamente o genésico, induzindo-as aos descalabros de toda ordem, inclusive iniciando quadros obsessivos de consequências imprevisíveis. As cenas se sucediam em seus aspectos deprimentes e constrangedores, demonstrando que uma faixa expressiva das criaturas humanas ainda se encontra nos limites do instinto, comandada pelos impulsos das sensações animalizantes, sem qualquer sensibilidade pelas emoções superiores.

Justamente nesse clima de excessos lastimáveis, dois casais que tinham ingressado recentemente nas hostes espíritas resolveram, a pretexto de se despedirem da vida profana e para não sentirem frustrações futuras, pular e dançar nesse verdadeiro caldeirão de sentimentos malsãos.”
José Ferraz
(Trabalhador Espírita da Mansão do Caminho em Salvador-BA e membro do Projeto Manoel Philomeno de Miranda)

Esta descrição serve também para os Umbandistas. Salienta-se que pode-se brincar o Carnaval, desde que seja de forma sadia, sem excessos, sem bebedeiras e sem luxúria. Pois os Espíritos do Baixo Astral estão à postos para obsediar a todos que mantenham o mesmo padrão vibratório deles.

Saravá!

16 de fevereiro de 2014

Recado aos médiuns


O que eu vou falar agora é algo que quase nenhum dirigente fala, mas que é fundamental para que o médium (iniciante ou não) entenda o que acontece quando aceita entrar para a corrente em um Terreiro de Umbanda.

Dentro do Terreiro existe uma hierarquia entre os Guias, claro. Os Guias chefes, geralmente os Guias do dirigente, comandam o exército espiritual que está ali presente. Ou seja, comanda sua própria falange, as entidades que estão diretamente abaixo dele na hierarquia, inclusive aqueles que não se conhece, pois muitos deles não chegam a baixar no terreiro, e também os Guias dos outros médiuns da corrente, como em um exército e, consequentemente, os Guias que estão abaixo deles, que quase nunca (ou nunca) se apresentam também.

Parece óbvio, né? Mas o que ocorre quando alguém entra em um Terreiro não é tão claro...

O Guia (leia-se Entidade) “abre um trabalho” para um consulente quando ele vem tomar um passe, fazer uma consulta. Isto quer dizer que o Guia se torna responsável por esta pessoa, assumindo os “inimigos” espirituais, os desafetos, os verdugos, como sendo seus. O Guia passa a proteger o consulente, a ser aquele que vai bater de frente com quem quer que seja que venha lhe prejudicar. Isto é parte do tratamento e a outra parte tem a ver com o próprio consulente melhorar sua conduta.

Entende o que o Guia faz pelas pessoas? O Guia, seja qual for, passa a dar sua própria “cara à tapa” em seu lugar. Isto é muito sério. Não dá para assumir inimigos à toa. E todo Guia sabe disso.

Quando uma pessoa resolve aceitar o convite e entrar para a linha de trabalhos da casa, para a corrente, isto é ainda mais sério. Todos os Guias da casa passam a fazer tal proteção (não importa quanto tempo a pessoa tem de corrente) e, além de assumir seus inimigos e zelar pelo filho da casa, ainda passarão a fazer certos acordos com outros espíritos para que o médium possa se desenvolver mediunicamente. Existe toda uma movimentação para que isto aconteça da melhor forma para este novo filho.

E quando ele entra na linha de passes e começa a dar consultas, então, novos acordos são forjados, novas alianças são feitas, tudo para que este filho possa caminhar o mais suavemente possível. Pelo menos do lado espiritual.

Lógico que tudo isto sempre depende do próprio filho. Não adianta um Guia de Luz se matar fazendo alianças, recuperando verdugos, batalhando ao seu lado se este médium não se melhorar também. Isto só vai desperdiçar as forças do Guia, pois assim que ele terminar com tudo isso, o próprio filho abrirá campo para que os verdugos (kiumbas) retornem. Se o médium se mantiver negativo, não há trabalho que possa ser feito para afastar dele as coisas ruins – o próprio médium se encarregará de trazê-las de volta.

Os Guias trabalham muito por nós. Nós devemos, no mínimo, repensar nossa forma de agir, se quisermos evoluir e não mais sucumbir ao sofrimento espiritual imposto pelos kiumbas e inimigos espirituais. Devemos também sermos dedicados ao Terreiro e às Entidades, sermos gratos pela oportunidade que nos foi dada para diminuirmos nosso karma e evoluirmos!

Saravá!

4 de fevereiro de 2014

Livro sobre a Umbanda!


Este livro foi feito em formato de perguntas e respostas, de forma didática para todos aqueles que desejam conhecer um pouco mais sobre a Umbanda.

Quem desejar adquirir um exemplar, deixe mensagem in box em nossa página: Yalorixá Patrícia ou Ogã Aguinaldo.

Cada exemplar custa R$ 35,00.

2 de fevereiro de 2014

Linha dos Baianos


Na Umbanda pura, sem mistura com Candomblé, Nações ou catolicismo, dia 02 de fevereiro é dia de Nosso Senhor do Bonfim - o padroeiro do Povo Baiano. Por este motivo, esta data ficou instituído, na Umbanda, como o dia de se homenagear a Linha dos Baianos.

O Baiano representa a força daquele que fica à margem da sociedade, o que sofreu e aprendeu na "escola da vida" e, portanto, pode ajudar as pessoas. O reconhecido caráter de bravura e irreverência do nordestino migrante parece ser responsável pelo fato de os baianos terem se tornado uma entidade de grande frequência e importância nas giras paulistas e de todo o país, nos últimos anos. Os baianos da Umbanda são pouco presentes na literatura umbandista. Povo de fácil relacionamento, comumente aparece em giras de Caboclos e Pretos-Velhos, sua fala é mais fácil de se entender que a fala dos caboclos. Conhecem de tudo um pouco, inclusive a Kiumbanda, por isso podem trabalhar desfazendo feitiços.

Enfrentam os invasores (kiumbas, obsessores) de frente, chamando para si toda a carga com falas do gênero "venha me enfrentar, vamos vê se tu pode comigo". Buscam sempre o encaminhamento e doutrinação, mas quando o kiumba não aceita e insiste em perturbar algum médium ou consulente, então o Baiano se encarrega de "amarrá-lo" para que não mais perturbe ou até o dia que tenha se redimido e queira realmente ser ajudado. 
Costumam dizer que se estão ali trabalhando é porque não foram santos em seu tempo na terra, e também estão ali para passarem um pouco do que sabem e principalmente aprenderem com o povo da terra. São amigos e gostam de conversar e contar casos, mas também sabem dar broncas quando vêem alguma coisa errada. 
Nas giras eles se apresentam com forte traço regionalista, principalmente em seu modo de falar cantado, diferente, eles são “do tipo que não levam desaforo pra casa”, possuem uma capacidade de ouvir e aconselhar, conversando bastante, falando baixo e mansamente, são carinhosos e passam segurança ao consulente que tem fé. Os trabalhos com a corrente dos Baianos trazem muita paz, passando perseverança para vencermos as dificuldades de nossa jornada terrena. 
A Entidade pode vir na linha de Baianos e não ser necessariamente da Bahia, da mesma forma que na linha das crianças nem todas as entidades são realmente crianças. Os Baianos são das mais humanas entidades dentro do terreiro, por falar e sentir a maioria dos sentimentos dos seus consulentes. Adoram trabalhar com outras entidades como Erês, Caboclos, Marinheiros, Exus, etc. São grande admiradores da disciplina e organização dos trabalhos. São consoladores por natureza e adoram dar a disciplina de forma brusca e direta, diferente de qualquer entidade. 
Os Baianos não têm filhos de cabeça, pois são entidades auxiliares.

Cor
Amarelo
Fio de Contas
Amarelo
Ervas
Arruda, guiné, espada de São Jorge
Símbolo
Cactus ou Cruz
Pontos da Natureza
Campina
Flores
brancas ou do campo
Essências
Arruda
Pedras
Ágata amarela
Metal
Latão
Saúde
Psíquica e emocional
Planeta
Terra
Dia da Semana
Segunda-feira
Elemento
Terra
Chacra
Umbilical
Saudação
É da Bahia
Bebida
Água de coco, cachaça, batida de coco, caldo de cana
Animal representativo
Galinha angolana
Comidas
Coco, cocada, aipim com melado
Número
2
Data Comemorativa
2 de Fevereiro
Sincretismo
não há