- "Minha filha", intuiu-me minha querida preta velha, Vó Luiza, "quer saber por que não se deve matar animais à título de 'mais força nos trabalhos' ou 'maior proteção pros filhos'?
Esta indagação foi feita diante de eu e irmãos de fé termos percorrido vários terreiros em busca de uma casa com sustentação, doutrina, fundamento, disciplina, mas ora encontrávamos caridade sem doutrina, ora encontrávamos doutrina e disciplina com sacrifício de animais, tanto em obrigações quanto para curar doenças, proteção... Então, começamos a nos perguntar se era certo matar os animais... pois a justificativa era sempre de que "assim dá mais força e proteção".
- "Os seres humanos encarnados, hoje, precisam de iluminação artificial em suas casas, dependem da energia elétrica pra tudo. Então, tem 2 formas de gerar energia: usinas nucleares e usinas hidrelétricas. As duas fornecem energia, ou seja, cumprem seus objetivos. Agora imagina que vão construir uma usina em sua cidade, bem perto de onde você mora. O que você vai preferir: a usina hidrelétrica - que utiliza meios naturais, a água, para mover e gerar energia -, ou a usina nuclear - que polui a natureza e pode matar as pessoas, apesar de gerar energia?
Então, assim é em relação à matança de animais nos rituais, principalmente obrigações, o pai ou mãe de santo pode optar em sacrificar os bichinhos ou usar plantas, ervas e frutas... as duas formas cumprem o mesmo objetivo, o problema são as consequências..."
Bela sabedoria, Vó Luiza!!!
Blog da Casa de Caridade Luz Divina - dirigente espiritual Vovó Luiza
13 de março de 2011
Oração aos Orixás
Ogum
Que a tenacidade de Ogum nos inspire a viver com determinação, sem que nos intimidemos com pedras, espinhos e trevas. Sua espada e sua lança desobstruam nossos caminhos e seu escudo nos defenda.
Ogum yê!
Oxossi
Que o labor de Oxossi nos estimule a conquistar sucesso e fartura à custa de nosso próprio esforço. Que suas flechas caiam à nossa frente, às nossas costas, à nossa direita e à nossa esquerda, cercando-nos para que nenhum mal nos atinja.
Okê Oxossi!
Oxum
Que oxum nos dê a serenidade para agir de forma consciente e equilibrada. Tal como suas águas doces – que seguem desbravadoras no curso de um rio, entrecortando pedras e se precipitando numa cachoeira, sem parar nem ter como voltar atrás, apenas seguindo para encontrar o mar – assim seja que nós possamos lutar por um objetivo sem arrependimentos.
Ora yeyêo oxum!
Iansã
Que os raios de Iansã iluminem nossos caminhos e o turbilhão de seus ventos leve para longe aqueles que de nós que se aproximam com o intuito de se aproveitarem de nossos fraquezas.
Êpa hey Iansã!
Que as pedreiras de xangô sejam a consolidação da lei divina em nosso coração. Seu machado pese sobre nossas cabeças agindo na consciência e sua balança nos incuta o bom senso.
Kaô kabecilê Xangô!
Iemanjá
Que as ondas de Iemanjá nos descarreguem, levando para as profundezas do mar sagrado as aflições do dia-a-dia, dando-nos a oportunidade de sepultar definitivamente aquilo que nos causa dor e que seu seio materno nos acolha e nos console.
Odoyá Iemanjá !
Omulu
Que Omulu traga não só a cura de nossas mazelas corporais como também ajude nosso espírito a se despojar das vicissitudes.
Atotô Omulu!
Nanã
Que a sabedoria de Nanã nos dê outra perspectiva de vida, mostrando que cada nova existência que temos, seja aqui na terra ou em outros mundos, gera a bagagem que nos dá meios para atingir a evolução, e não uma forma de punição sem fim como julgam os insensatos.
Saluba Nanã!
Oxalá
Que a paz de Oxalá renove nossas esperanças de que, depois de erros e acertos, tristezas e alegrias, derrotas e vitórias, chegaremos ao nosso objetivo mais nobre: aos pés de Zambi maior!
Êpa Babá Oxalá!
Que a tenacidade de Ogum nos inspire a viver com determinação, sem que nos intimidemos com pedras, espinhos e trevas. Sua espada e sua lança desobstruam nossos caminhos e seu escudo nos defenda.
Ogum yê!
Oxossi
Que o labor de Oxossi nos estimule a conquistar sucesso e fartura à custa de nosso próprio esforço. Que suas flechas caiam à nossa frente, às nossas costas, à nossa direita e à nossa esquerda, cercando-nos para que nenhum mal nos atinja.
Okê Oxossi!
Oxum
Que oxum nos dê a serenidade para agir de forma consciente e equilibrada. Tal como suas águas doces – que seguem desbravadoras no curso de um rio, entrecortando pedras e se precipitando numa cachoeira, sem parar nem ter como voltar atrás, apenas seguindo para encontrar o mar – assim seja que nós possamos lutar por um objetivo sem arrependimentos.
Ora yeyêo oxum!
Iansã
Que os raios de Iansã iluminem nossos caminhos e o turbilhão de seus ventos leve para longe aqueles que de nós que se aproximam com o intuito de se aproveitarem de nossos fraquezas.
Êpa hey Iansã!
Que as pedreiras de xangô sejam a consolidação da lei divina em nosso coração. Seu machado pese sobre nossas cabeças agindo na consciência e sua balança nos incuta o bom senso.
Kaô kabecilê Xangô!
Iemanjá
Que as ondas de Iemanjá nos descarreguem, levando para as profundezas do mar sagrado as aflições do dia-a-dia, dando-nos a oportunidade de sepultar definitivamente aquilo que nos causa dor e que seu seio materno nos acolha e nos console.
Odoyá Iemanjá !
Omulu
Que Omulu traga não só a cura de nossas mazelas corporais como também ajude nosso espírito a se despojar das vicissitudes.
Atotô Omulu!
Nanã
Que a sabedoria de Nanã nos dê outra perspectiva de vida, mostrando que cada nova existência que temos, seja aqui na terra ou em outros mundos, gera a bagagem que nos dá meios para atingir a evolução, e não uma forma de punição sem fim como julgam os insensatos.
Saluba Nanã!
Oxalá
Que a paz de Oxalá renove nossas esperanças de que, depois de erros e acertos, tristezas e alegrias, derrotas e vitórias, chegaremos ao nosso objetivo mais nobre: aos pés de Zambi maior!
Êpa Babá Oxalá!
28 de dezembro de 2010
Orixá regente de 2011

Assim, estamos liberando um pequeno texto sobre o assunto, que não tem a intenção de ser definitivo.
É certo que Mercúrio será o planeta regente de 2011. As particularidades e atributos desse planeta fazem referência à comunicação, à eloquência e à energia do movimento, move-se mais depressa do que qualquer outro planeta.
Mercúrio é o planeta mais próximo do Sol, está entre o Sol e Vênus, e pode ser visto a olho nu ao amanhecer e ao entardecer. O Sol está ligado ao Orixá Xangô, uma das grandes paixões de Iansã, segundo os mitos africanos, e Vênus está ligado a Oxum, que também segunda a mitologia yoruba, é irmã próxima de Iansã e vivem “disputando” entre si.
Mercúrio está associado aos trabalhos do intelecto como escrever, ensinar e aprender, sendo a inteligência o melhor veículo para compreender o mundo e a si mesmo. Mercúrio representa nossa maneira de aprender e comunicar o que aprendemos, mas também representa nossa maneira de ouvir. Em seus aspectos negativos de comportamento humano surge o mentiroso, o ladrão, o superficial, e no positivo encontraremos aquela pessoa alegre, brincalhona, estudiosa, inteligente.
Com este astro como regente, não faltarão oportunidades para boas conversas, intercâmbio de experiências entre pessoas das mais diferentes idades e uma vontade incontrolável de mudar completamente tudo aquilo que nos cerca. Por ser agitado e muito versátil, Mercúrio provocará uma movimentação intensa em todas as áreas da nossa vida, com mil ideias ao mesmo tempo, o desejo de partir em busca de novidades falará mais alto dentro de cada um de nós.

Iansã em seus aspectos psicológicos humanos é alegre, inteligente, impulsiva, afetuosa e atraente, cheia de instinto e justa.
Este próximo ano também estará relacionado com a orixá Oxum, pelo fato de Vênus estar perto de Mercúrio e por levarmos em conta que o primeiro dia do ano cai em um sábado, dia dos Orixás d’água, ou seja, dia em que cultuamos Oxum e Iemanjá, prometendo um ano dotado de intuição, de doçura e, acima de tudo, um ano de libertação. Quando há ação de Iansã, pode ter certeza, há a ação de Oxum complementando e potencializando, fazendo e acontecendo, girando e conduzindo tudo. Tudo no auge da paixão e do amor.
Portanto, 2011 vibrará em Iansã e Xangô. Claro está que devemos ter sempre todas estas energias dos Orixás canalizadas em nossos trabalhos e as diferenças de interpretação na comunidade Umbandista não devem servir de motivação para conflitos e sim para a compreensão da nossa plena liberdade de escolha.
Fonte: Choupana do Caboclo Pery
26 de dezembro de 2010
Armas do Pacificador
"Bem aventurados os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus".Jesus
Há pouca coisa mais importante do que a Paz, se é que existe alguma. O próprio prazer, a satisfação e a felicidade só se expressam em plenitude e perduram quando respaldados e experienciados sob as asas da Paz. Mesmo a aclamada liberdade ou a saúde perdem muito de seu brilho quando desacompanhadas da paz e na falta da paz ambas não sobrevivem.
Por mais que nos estressemos com atritos, explosões de ira, agressões verbais e físicas ou com intermináveis brigas encenadas mentalmente, o que em última instância anelamos é Paz. Quem me dera ter Paz! É o suspiro doído que brota das entranhas de incontáveis corações. Por estas e tantas outras razões, precisa-se de pacificadores que atuem em todas as áreas das relações humanas. O salário é a própria paz e esta não tem preço.
Para Jesus, os pacificadores fazem parte de uma "tropa de elite" em cujo regimento encontram-se o "humilde de espírito","os que choram", "os mansos", "os que têm fome e sede de justiça", "os misericordiosos" e "os limpos de coração". Tal corporação submete-se a exercícios e técnicas de esvaziamento, de individuação; são treinados a reconhecer a voz divina em seus próprios corações, desenvolvendo assim a irresistível força da humilde. Estão sempre alerta em relação às perdas que podem ser infligidas pelo orgulho, arrogância e soberba. Para isso monitoram as possíveis rebeliões do ego, cuidando para mantê-lo em harmonia com o Self, em submissão aos domínios da Alma.
Além da coragem e da força, possuem segurança interna que os permite deixar correrem livres as lágrimas, ao perceberem que seus maiores inimigos e suas maiores batalhas precisam ser travadas contras suas próprias sombras. Usam, no entanto, estas mesmas lágrimas como fonte de consolo, como bálsamo com o qual amorosamente lavam e tratam as feridas causadas por estas angustiantes lutas interiores.
Perseveram valorosamente na trincheira da mansidão, resistindo com nobre bravura aos mais variados ataques. Assim conquistam admiração, respeito e amor, o que os leva a ocuparem espaço cada vez maior no coração das pessoas com as quais convivem. Percebem que a truculência é a arma do fraco, com a qual tenta camuflar o sentimento de inferioridade e a própria insegurança.
Desenvolvem um paladar refinado, um olfato apurado que, como uma bússola, os mantém na direção de tudo que cheira justiça, que tem o sabor da Verdade, que é temperado com a universal e divina Lei do Amor.
Movem-se com o cauteloso cuidado da misericórdia por saberem que no terreno minado da existência humana há muitos buracos causados pela ignorância, pela maldade, pelas múltiplas expressões da miséria, carentes de ser preenchidos por corações repletos de compaixão.
E por saberem que precisam usar, sobretudo, o coração, buscam cuidar bem dele mantendo-o limpo, em paz, iluminado com a Luz de Cristo. Assim, são capazes de enxergar as manifestações divinas, mesmo nas mais densas noites.
Estes soldados do Reino desenvolvem e colocam em prática táticas arquitetadas com os recursos da inteligência emocional e espiritual. Com elas, diluem na solução da compreensão amorosa injúrias e difamações e, como recompensa, não lhes faltam motivos de comemoração, de regozijo, de exultante alegria. Aos integrantes desta tropa de elite, o Mestre Jesus faz referência chamando-os bem aventurados. Deste grupo de operações especiais, faz parte o pacificador.
Como os demais, o pacificador desenvolve práticas de não confrontação, de proatividade, resistência pacifica, da arte da paz, que lhe permitem resistir bondosamente e ser bem sucedido em suas incursões nos traiçoeiros domínios dos inimigos da alma. Para tal, faz uso de três poderosas armas de combate. São elas: Prontidão para ouvir, falta de pressa para falar, pressa nenhuma em se irar. Diligentemente, submete-se a ordem Superior que assim determina: "Todo o homem, seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar".
Um pacificador é um construtor de pontes, reparador de brechas, apagador de incêndios, encurtador de distância, restaurador de relacionamentos. É facilmente reconhecido como um Filho da Luz. Não é, entretanto, partidário da paz a qualquer preço, ainda que seja capaz de pagar preço alto para que haja paz. A paz que busca não é a paz de cemitério, onde sob a superfície a morte impera, e sim a paz de cujo solo a vida floresce.
Não somos ensinados a ouvir! Nascemos com dois desafios básicos e urgentes: aprender a andar e aprender a falar. Talvez por isso a dificuldade de parar para ouvir. Raramente os adultos ouvem as crianças. Basta olhar o empenho com o qual elas buscam atenção apesar de, geralmente, acabarem submetidas aos gritos dos adultos. E aí quem grita por ultimo grita pior!
Quando alguém é perito na arte de ouvir liberta-se da compulsão do falar e deixa de olhar o ouvido alheio como território a ser conquistado. Um pacificador possui na arte de ouvir seu mais eficiente e fiel escudeiro. Com tal respaldo, fica livre para dar atenção, valorizar, compreender, reconhecer, entender e respeitar os que necessitam ser ouvidos. Lembrando Rubem Alves, "De todos os sentidos, o mais importante para a aprendizagem do amor, do viver juntos e da cidadania é a audição. No princípio era o Verbo; Antes do Verbo era o silêncio. É do silêncio que nasce o ouvir. Só posso ouvir a palavra se meus ruídos interiores forem silenciados. Só posso ouvir a verdade do outro se eu parar de tagarelar."
O pacificador, por ser um bom ouvinte, fala usando menos palavras e mais sabedoria. Sua palavras, no entender do sábio rei Salomão, são "como maçãs de ouro em salvas de prata, assim é a palavra dita a seu tempo"; isto é, possui arte, beleza, valor e momento oportuno. "São agradáveis como favo de mel: doces para a alma e medicina para o corpo".
Ouvindo e falando com amor e sabedoria, o pacificador, este reconhecido filho de Deus, dificilmente alimentará a ira, seja no semelhante, seja em si mesmo. Ele integra a "tropa de elite" empenhada em alargar as fronteiras da Paz.
Há pouca coisa mais importante do que a Paz, se é que existe alguma. O próprio prazer, a satisfação e a felicidade só se expressam em plenitude e perduram quando respaldados e experienciados sob as asas da Paz. Mesmo a aclamada liberdade ou a saúde perdem muito de seu brilho quando desacompanhadas da paz e na falta da paz ambas não sobrevivem.
Por mais que nos estressemos com atritos, explosões de ira, agressões verbais e físicas ou com intermináveis brigas encenadas mentalmente, o que em última instância anelamos é Paz. Quem me dera ter Paz! É o suspiro doído que brota das entranhas de incontáveis corações. Por estas e tantas outras razões, precisa-se de pacificadores que atuem em todas as áreas das relações humanas. O salário é a própria paz e esta não tem preço.
Para Jesus, os pacificadores fazem parte de uma "tropa de elite" em cujo regimento encontram-se o "humilde de espírito","os que choram", "os mansos", "os que têm fome e sede de justiça", "os misericordiosos" e "os limpos de coração". Tal corporação submete-se a exercícios e técnicas de esvaziamento, de individuação; são treinados a reconhecer a voz divina em seus próprios corações, desenvolvendo assim a irresistível força da humilde. Estão sempre alerta em relação às perdas que podem ser infligidas pelo orgulho, arrogância e soberba. Para isso monitoram as possíveis rebeliões do ego, cuidando para mantê-lo em harmonia com o Self, em submissão aos domínios da Alma.
Além da coragem e da força, possuem segurança interna que os permite deixar correrem livres as lágrimas, ao perceberem que seus maiores inimigos e suas maiores batalhas precisam ser travadas contras suas próprias sombras. Usam, no entanto, estas mesmas lágrimas como fonte de consolo, como bálsamo com o qual amorosamente lavam e tratam as feridas causadas por estas angustiantes lutas interiores.
Perseveram valorosamente na trincheira da mansidão, resistindo com nobre bravura aos mais variados ataques. Assim conquistam admiração, respeito e amor, o que os leva a ocuparem espaço cada vez maior no coração das pessoas com as quais convivem. Percebem que a truculência é a arma do fraco, com a qual tenta camuflar o sentimento de inferioridade e a própria insegurança.
Desenvolvem um paladar refinado, um olfato apurado que, como uma bússola, os mantém na direção de tudo que cheira justiça, que tem o sabor da Verdade, que é temperado com a universal e divina Lei do Amor.
Movem-se com o cauteloso cuidado da misericórdia por saberem que no terreno minado da existência humana há muitos buracos causados pela ignorância, pela maldade, pelas múltiplas expressões da miséria, carentes de ser preenchidos por corações repletos de compaixão.
E por saberem que precisam usar, sobretudo, o coração, buscam cuidar bem dele mantendo-o limpo, em paz, iluminado com a Luz de Cristo. Assim, são capazes de enxergar as manifestações divinas, mesmo nas mais densas noites.
Estes soldados do Reino desenvolvem e colocam em prática táticas arquitetadas com os recursos da inteligência emocional e espiritual. Com elas, diluem na solução da compreensão amorosa injúrias e difamações e, como recompensa, não lhes faltam motivos de comemoração, de regozijo, de exultante alegria. Aos integrantes desta tropa de elite, o Mestre Jesus faz referência chamando-os bem aventurados. Deste grupo de operações especiais, faz parte o pacificador.
Como os demais, o pacificador desenvolve práticas de não confrontação, de proatividade, resistência pacifica, da arte da paz, que lhe permitem resistir bondosamente e ser bem sucedido em suas incursões nos traiçoeiros domínios dos inimigos da alma. Para tal, faz uso de três poderosas armas de combate. São elas: Prontidão para ouvir, falta de pressa para falar, pressa nenhuma em se irar. Diligentemente, submete-se a ordem Superior que assim determina: "Todo o homem, seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar".
Um pacificador é um construtor de pontes, reparador de brechas, apagador de incêndios, encurtador de distância, restaurador de relacionamentos. É facilmente reconhecido como um Filho da Luz. Não é, entretanto, partidário da paz a qualquer preço, ainda que seja capaz de pagar preço alto para que haja paz. A paz que busca não é a paz de cemitério, onde sob a superfície a morte impera, e sim a paz de cujo solo a vida floresce.
Não somos ensinados a ouvir! Nascemos com dois desafios básicos e urgentes: aprender a andar e aprender a falar. Talvez por isso a dificuldade de parar para ouvir. Raramente os adultos ouvem as crianças. Basta olhar o empenho com o qual elas buscam atenção apesar de, geralmente, acabarem submetidas aos gritos dos adultos. E aí quem grita por ultimo grita pior!
Quando alguém é perito na arte de ouvir liberta-se da compulsão do falar e deixa de olhar o ouvido alheio como território a ser conquistado. Um pacificador possui na arte de ouvir seu mais eficiente e fiel escudeiro. Com tal respaldo, fica livre para dar atenção, valorizar, compreender, reconhecer, entender e respeitar os que necessitam ser ouvidos. Lembrando Rubem Alves, "De todos os sentidos, o mais importante para a aprendizagem do amor, do viver juntos e da cidadania é a audição. No princípio era o Verbo; Antes do Verbo era o silêncio. É do silêncio que nasce o ouvir. Só posso ouvir a palavra se meus ruídos interiores forem silenciados. Só posso ouvir a verdade do outro se eu parar de tagarelar."
O pacificador, por ser um bom ouvinte, fala usando menos palavras e mais sabedoria. Sua palavras, no entender do sábio rei Salomão, são "como maçãs de ouro em salvas de prata, assim é a palavra dita a seu tempo"; isto é, possui arte, beleza, valor e momento oportuno. "São agradáveis como favo de mel: doces para a alma e medicina para o corpo".
Ouvindo e falando com amor e sabedoria, o pacificador, este reconhecido filho de Deus, dificilmente alimentará a ira, seja no semelhante, seja em si mesmo. Ele integra a "tropa de elite" empenhada em alargar as fronteiras da Paz.
5 de setembro de 2010
A verdade sobre os Exus
Das entidades de Umbanda Exu é que mais polêmica e discussão geram entre curiosos e até mesmo integrantes dos Cultos de Umbanda.
Exu não é uma entidade trevosa que realiza desejos escusos. Exu não tem nada a ver com as imagens comercializadas. Não é vingativo, violento e cruel. Não tem “pé” de bode. Não tem rabo e nem chifres. Não come galinha ou carnes cruas. Nem bebem até deixar seus “cavalos” sem condições de andar.
Exu, na realidade é guardião da Luz para as Sombras, e das Sombras para as Trevas, e é ele que combate às entidades que possuem as formas mais horrendas e esquisitas. Estes seres ainda encravados no mal são os chamados KIUMBAS e são violentos, vingativos e cruéis.
E como reconhecer um Exu de fato e de direito? Simples:
Exu de Umbanda não fala palavrões de deixar cabelo em pé, não é “doidinho” por marafo (pinga) e sangue e não aceita entregas em encruzilhadas de rua ou cemitérios. Quem aceita estas coisas nestes locais, são os já citados Kiumbas, que são os que gostam de galo e galinha pretos na encruza.
Portanto, CUIDADO irmão de fé, não ofereça sangue ou animais nas ruas, pois poderá levar estas entidades para suas casas, o que lhe trará os maiores dissabores e problemas.
Os preceitos para Exu são entregues nas encruzilhadas das matas e campina, e sempre com elemento sutis. Exu de Umbanda não pode ser comprado com bagatelas e nenhum Exu verdadeiro aceita realizar trabalhos para matar ou prejudicar alguém.
Como sabemos, Exu é justo, ou seja, está ligado aos conceitos do “Quem deve paga, e quem merece recebe”. Por isso, não existe aquela história de fazer amizade com Exu, para conseguir isto ou aquilo. Com isso, não queremos dizer que Exu é uma entidade boazinha, mas pensem um pouco, que lógica tem baixar em um terreiro Caboclo, Pai-Velho, Criança para fazer a caridade, e no mesmo terreiro baixar Exu para praticar o mal?
Por isso, devemos tomar cuidado com o que pedimos para Exu, pois quem não sabe o que pede, não sabe o que quer, e o que irá receber, e muito menos o que MERECE receber. Exu só trabalha com o consentimento de entidades superiores e única e exclusivamente dá alguma coisa a alguém se o merecimento deste alguém estiver de acordo com a Justiça Kármica.
Outra distorção que existe é a respeito do Exu Sra. Pomba-Gira. Este é um Exu feminino e muitos a colocam como se fosse prostituta, uma mulher da vida. A Sra. POMBA GIRA É GUARDIÃ SÉRIA e não promove a bagunça ou orgia, como muitos dizem ou pensam, ao contrário, ela combate todas as perturbações relacionadas com o lado sexual, combatendo os Magos Negros e seus Kiumbas.
Exu não é uma entidade trevosa que realiza desejos escusos. Exu não tem nada a ver com as imagens comercializadas. Não é vingativo, violento e cruel. Não tem “pé” de bode. Não tem rabo e nem chifres. Não come galinha ou carnes cruas. Nem bebem até deixar seus “cavalos” sem condições de andar.
Exu, na realidade é guardião da Luz para as Sombras, e das Sombras para as Trevas, e é ele que combate às entidades que possuem as formas mais horrendas e esquisitas. Estes seres ainda encravados no mal são os chamados KIUMBAS e são violentos, vingativos e cruéis.
E como reconhecer um Exu de fato e de direito? Simples:
Exu de Umbanda não fala palavrões de deixar cabelo em pé, não é “doidinho” por marafo (pinga) e sangue e não aceita entregas em encruzilhadas de rua ou cemitérios. Quem aceita estas coisas nestes locais, são os já citados Kiumbas, que são os que gostam de galo e galinha pretos na encruza.
Portanto, CUIDADO irmão de fé, não ofereça sangue ou animais nas ruas, pois poderá levar estas entidades para suas casas, o que lhe trará os maiores dissabores e problemas.
Os preceitos para Exu são entregues nas encruzilhadas das matas e campina, e sempre com elemento sutis. Exu de Umbanda não pode ser comprado com bagatelas e nenhum Exu verdadeiro aceita realizar trabalhos para matar ou prejudicar alguém.
Como sabemos, Exu é justo, ou seja, está ligado aos conceitos do “Quem deve paga, e quem merece recebe”. Por isso, não existe aquela história de fazer amizade com Exu, para conseguir isto ou aquilo. Com isso, não queremos dizer que Exu é uma entidade boazinha, mas pensem um pouco, que lógica tem baixar em um terreiro Caboclo, Pai-Velho, Criança para fazer a caridade, e no mesmo terreiro baixar Exu para praticar o mal?
Por isso, devemos tomar cuidado com o que pedimos para Exu, pois quem não sabe o que pede, não sabe o que quer, e o que irá receber, e muito menos o que MERECE receber. Exu só trabalha com o consentimento de entidades superiores e única e exclusivamente dá alguma coisa a alguém se o merecimento deste alguém estiver de acordo com a Justiça Kármica.
Outra distorção que existe é a respeito do Exu Sra. Pomba-Gira. Este é um Exu feminino e muitos a colocam como se fosse prostituta, uma mulher da vida. A Sra. POMBA GIRA É GUARDIÃ SÉRIA e não promove a bagunça ou orgia, como muitos dizem ou pensam, ao contrário, ela combate todas as perturbações relacionadas com o lado sexual, combatendo os Magos Negros e seus Kiumbas.
Assim como na Umbanda existem sete Orixás Menores Chefes de legião, na Kimbanda (que muitos confundem com Magia Negra e práticas da Kiumbanda, mas não é, e sim é o outro lado da Umbanda) existem sete Exus Guardiões da Luz para as sombras que são:
ORIXÁS | EXUS GUARDIÕES |
ORIXALÁ | EXU DAS 7 ENCRUZILHADAS |
OGUM | EXU TRANCA-RUAS |
OXÓSSI | EXU MARABÔ |
XANGÔ | EXU GIRA MUNDO |
YORIMÁ | EXU PINGA-FOGO |
YORI | EXU TIRIRI |
Está na hora de pensar na nossa querida Umbanda não como uma forma de adivinhação! Muitos vêm para a nossa religião a fim de perguntar as nossas Entidades o que irá acontecer com eles, se vão vender a casa, se vão ganhar mais dinheiro, se fulano está traindo ciclano, enfim, se esquecem da Lei do Livre Arbítrio. Esquecem-se de observar as suas atitudes no nosso Planeta Terra. Esquecem-se de se livrar do egoísmo, da luxúria, das palavras mal ditas, de fazer a caridade com o próximo, de dosar a língua falando mal dos outros e de auto observar-se para atingir o crescimento cármico dessa jornada.
Às vezes, me pergunto se quando vão à missa de domingo, ao batizado de uma criança ou a um culto evangélico, se lá, querem que o padre, o pastor adivinhem a sua vida assim como as Entidades de Umbanda.
Por que exigem tanto de nossa religião? E ainda falam: “eu não gostei daquele Guia porque ele não adivinhou um nadinha de minha vida!” Seria muito fácil se tivéssemos alguém para nos dizer dos nossos futuros acontecimentos, não teríamos que nos observar e tentar o crescimento espiritual estaria tudo mastigadinho!
Caros leitores, está na hora de pensar na nossa religião de outra forma! Está na hora de assistirmos a um Culto nos concentrando durante o ritual para que possamos receber aquilo que estamos querendo, é claro, de acordo com o nosso merecimento.
Está na hora de assistirmos a um Culto, pedindo perdão ao nosso Pai Maior pelos nossos atos cruéis e pedir-lhe que nos aperfeiçoe e nos ajude nessa caminhada.
Povo de Umbanda, vamos ver a nossa Centenária religião de outro jeito! A Umbanda é linda porque é versátil, dinâmica, atual. Ela é linda pela sua variedade de Culto. Ela é linda porque ela é Umbanda!
Fonte: Maria Cristina - Blog Ogum Orusra
4 de setembro de 2010
Que Umbanda é essa?
Certa ocasião, numa cidade do interior do Estado do Rio de Janeiro, conheci um terreiro muito grande que adotava o nome de Templo de Umbanda Caboclo Tupaiba.
Convidado para conhecer o local por um comerciante da região, quando lá cheguei encontrei um local muito grande e com freqüência também muito grande.
O trabalho uma vez aberto não mostrava nada de anormal a não ser o Pai de Santo que era também comerciante na região e notei devido ao modo como dirigia a sua casa, que a dirigia com mão de ferro, mostrando-se muito agressivo com palavras (aos berros) e tinha a fama de ser um homem também violento.
Próximo às 23 h. o caboclo ordenou à corrente que se preparasse para um descarrego que ele iria fazer em uma das frequentadoras da casa. A frequentadora era uma jovem de aproximadamente 30 anos, que depois do absurdo descarrego que nela foi efetuado, não consegui entender o por quê do absurdo que havia presenciado.
A jovem aparentemente incorporava algum obsessor violento, chegando à possessão sobre a jovem, ocasiões em que a expunha a situações ridículas ou de grande agressividade.
Iniciado o processo de descarrego a jovem foi colocada dentro de um ponto de segurança e nesse momento incorporou a tal entidade que se pôs a ofender a todos no ambiente, inclusive o caboclo dirigente do trabalho.
Para minha surpresa o caboclo pediu ao seu cambone a planta conhecida como espada de São Jorge e de posse da planta usou-a como um chicote.
Espancou a jovem com a planta por mais de cinco minutos deixando-a com hematomas nas costas, nos braços, no rosto e nas pernas, alegando que na casa dele, era daquela forma que se tirava o diabo do corpo de alguém.
Analise agora:
Você vai a uma igreja (e templo de Umbanda também é uma igreja) em busca de auxílio espiritual, porque lhe acontecem coisas que você não compreende e não tem controle sobre o que acontece com você nessas ocasiões.
Nessa igreja ao invés de receber ajuda, você recebe uma surra humilhante dentro de um local que prega e ensina o amor ao próximo, local no qual está exposta acima de todas as imagens do altar a imagem do dirigente de nossa religião, ou seja, Jesus Cristo.
Agora pergunto a você:
Que terreiro é esse?
Que caboclo é esse?
Que descarrego é esse?
Que tipo de ajuda espiritual é essa?
Na verdade esse absurdo não existe na Umbanda, existe apenas naquele local deturpado que não pode ser chamado de templo de Umbanda.
Por ser dirigido por um homem violento, cuja característica violenta era nitidamente notada em todas as entidades que aparentemente incorporava, (digo aparentemente por que até hoje eu o julgo um mistificador infeliz), aquele homem era na realidade uma farsa.
Caboclos, ou seja, lá qual for à entidade que se diz iluminada, jamais irá agredir alguém, ainda que com palavras por ferir justamente o mandamento principal de nosso Pai, ou seja; “ame o seu próximo como a si mesmo”.
Esse falso Pai de Santo conhecerá no futuro quando a morte vier buscá-lo, outros tão violentos como ele, já que semelhante atrai semelhante.
Boa sorte, meu infeliz irmãozinho!
Muitos se dizem umbandistas, alegam incorporar guias de nomes memoráveis, em sua casa, porém, todo tipo de absurdo como esse é praticado.
Fonte: Blog pai-de-santo Paulo
Os Protetores da Umbanda
Além dos Guias de Umbanda, comparecem aos templos outras entidades em busca de evolução espiritual. São conhecidos como "Protetores da Umbanda". São os Protetores que auxiliam aos nossos Guias nos trabalhos que desenvolvem em nossos templos.
Os protetores são espíritos em evolução e muito se assemelham a nós do plano material, ou seja, estamos praticamente no mesmo degrau de evolução espiritual. Esses protetores são conhecidos como: marinheiros, baianos e boiadeiros. Os protetores ajudam aos seguidores da Umbanda em praticamente tudo o que for permitido por Deus fazer.
Normalmente nos dão conselhos de grande valor, desmancham trabalhos pesados, descarregam terreiros e seus médiuns, descarregam seguidores do templo, etc. Os protetores trabalham dentro de uma determinada vibração, visando sempre a prática da caridade.
Normalmente nos dão conselhos de grande valor, desmancham trabalhos pesados, descarregam terreiros e seus médiuns, descarregam seguidores do templo, etc. Os protetores trabalham dentro de uma determinada vibração, visando sempre a prática da caridade.
Praticamente cabe aos protetores da Umbanda a manutenção da lei e da ordem nas portas dos templos. Ao lado das falanges de Ogum e outros Orixás, esses amigos espirituais ajudam a guardar a porta dos templos contra o astral inferior, que se pudessem invadir os nossos templos e destruir tudo o que encontrassem, eles o fariam. São espíritos menos evoluídos, mas isso não os desmerece. Muito ao contrário. Devido à grande dedicação aos trabalhos que realizam, acabaram por receber do seguidor umbandista um grande respeito.
São respeitados da mesma forma que nossos Guias. A Linha dos Boiadeiros, como exemplo, devido à potente vibração que deles provém quando incorporados, fez com que viesse a serem respeitados como os Caboclos de nossa Umbanda, sendo comum ouvir o termo "Caboclo Boiadeiro" para designá-los. Esse termo "Caboclo" inspira no meio umbandista um respeito muito grande.
Os Boiadeiros, devido à sua peculiar tarefa de descarregar terreiros ou pessoas, fizeram com que a cada dia viessem a angariar um respeito maior, sendo que conhecemos terreiros chefiados por Boiadeiros e eram templos sérios, de tremenda vibração positiva.
Os Marinheiros também conseguiram esse mesmo respeito, já que também assim procedem, porém, são mais brincalhões e comunicativos, mas desenvolvem seus trabalhos com a mesma seriedade.
Os Marinheiros também conseguiram esse mesmo respeito, já que também assim procedem, porém, são mais brincalhões e comunicativos, mas desenvolvem seus trabalhos com a mesma seriedade.
Os Baianos mostraram-se grandes amigos e companheiros nos momentos mais difíceis de nossas vidas e acreditamos que devido a essa particularidade, os Baianos são os mais assediados e explorados por seguidores do culto. Todos eles sejam Boiadeiros, Marinheiros ou Baianos são nossos irmãos verdadeiros, jamais nos enganam, jamais nos traem, jamais nos desamparam.
Fonte: Blog do pai-de-santo Paulo
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