Blog da Casa de Caridade Luz Divina - dirigente espiritual Vovó Luiza

20 de janeiro de 2014

Oxossi


Oxossi significa ação envolvente ou circular dos viventes da Terra, ou seja, o caçador de almas, que atende na doutrina e na catequese. Suas entidades falam de maneira serena e seus passes são calmos, assim como seus conselhos e trabalhos. 

Seus pontos cantados traduzem beleza nas imagens e na música e geralmente são invocações às forças da espiritualidade e da natureza, principalmente as matas. São caracterizados pela cor verde que corresponde ao elemento verde da natureza, as matas e o povo que as habita, os índios e seus mestiços, os Caboclos.

É a força cósmica da natureza comandando a mente por intermédio dos aromas e princípios curativos das ervas, inclusive da descarga humana, por meio dos banhos e defumações purificadoras que recebem das selvas os elementos primordiais dessas magias. Na Umbanda, é sincretizado com São Sebastião.

A linha de Oxossi é famosa por ser a linha da grande maioria dos Caboclos. Oxossi é conhecido na Umbanda como o senhor das matas e de todos os Caboclos. Desta linha provém uma força de grande poder que emana diretamente de Oxossi.

Você já deve ter ouvido a expressão "Todo Caboclo é de Oxossí". Esta afirmação é porque esta linha é apadrinhada deste Orixá, mas temos caboclos que vibram para Ogum (Caboclo Araribóia, Ubirajara, etc.), que vibram para Xangô (Caboclo Sete-Pedreiras, Cachoeira, etc.), que vibram para Oxalá (Caboclo Pena-Branca, Aymoré, etc.), que vibram para Cosme e Damião (Caboclinho da Mata, Tupizinho, etc.), na linha de Iemanjá (Cabocla Estrela do Mar, Indaiá, etc.), na linha de Iansã e outras linhas.

Características

Cor
Verde
Fio de Contas
Verde (ou verde e branca)
Ervas
Alecrim, Guiné, Vence Demanda, Abre Caminho, Taioba, Espinheira Santa, Jurema, Jureminha, Mangueira, Desata Nó, Erva de Oxossi, Erva da Jurema, Alfavaca, Caiçara, Eucalipto
Símbolo
arco e flecha
Pontos da Natureza (campo de força)
Matas
Flores
Flores do campo ou flores brancas
Essência
Alecrim ou alfazema
Pedras
Esmeralda, Amazonita, Quartzo Verde, Calcita Verde
Metal
Bronze
Saúde
Aparelho Respiratório
Planeta
Vênus
Dia da Semana
Quinta-feira
Elemento
Terra
Chacra
Frontal
Vibração
Vegetal
Campo de atuação
Conhecimento
Saudação
Okê Caboclo, Okê Oxossi
Bebida
Vinho branco, água de coco, água mineral
Animal representativo
pavão
Comidas
Axoxô (milho com fatias de coco), frutas, pamonha
Número
6
Data Comemorativa
20 janeiro
Sincretismo
São Sebastião

Atribuições
Oxossi é o caçador por excelência, mas é o caçador de almas, pois sua busca visa o conhecimento e o desenvolvimento espiritual. Logo, é o cientista e o doutrinador, que traz o alimento da fé e o saber aos espíritos fragilizados, tanto nos aspectos da fé quanto do saber religioso.

Oxossi é o Orixá da fartura, é ele quem traz para o homem as plantas curativas. Vibra sobre tudo que nasce sobre a terra, exceto as plantas tóxicas e venenosas.
Os Caboclos, seus enviados ao nosso plano físico, são hoje conhecidos como os caçadores e catequizadores de almas. Deles emanam o sentimento e a força para lutar e vencer qualquer situação.

Oxossi é um vencedor, traz para o povo a sobrevivência, a fartura, a cura das doenças pela natureza, a saúde plena. Esta linha representa mudanças, o movimento, tudo o que é novo e vibrante. Ligado às alterações mentais e físicas, Oxossi é o constante movimento da natureza, que está sempre em evolução, é a essência, ou seja, é aquilo que anima, que dá vida.

As Características dos Filhos de Oxossi
O filho de Oxossi apresenta arquetipicamente as características atribuídas ao Orixá. Representa o homem impondo sua marca sobre o mundo selvagem, nele intervindo para sobreviver, mas sem alterá-lo.

Os filhos de Oxossi são geralmente pessoas joviais, rápidas e espertas, tanto mental como fisicamente. Têm, portanto, grande capacidade de concentração e de atenção, aliada à firme determinação de alcançar seus objetivos e paciência para aguardar o momento correto para agir. 

Fisicamente, os filhos de Oxossi, tendem a serem relativamente magros, um pouco nervosos, mas controlados. São reservados, tendo forte ligação com o mundo material, sem que esta tendência denote obrigatoriamente ambição e instáveis em seus amores. 

No tipo psicológico a ele identificado, o resultado dessa atividade é o conceito de forte independência e de extrema capacidade de ruptura, o afastar-se de casa e da aldeia para embrenhar-se na mata, a fim de caçar. Seus filhos, portanto são aqueles em que a vida apresenta forte necessidade de independência e de rompimento de laços. 

Nada pior do que um ruído para afastar a caça, alertar os animais da proximidade do caçador. Assim os filhos de Oxossi trazem em seu inconsciente o gosto pelo ficar calado, a necessidade do silêncio e desenvolver a observação, tão importantes para seu Orixá. Quando em perseguição a um objetivo, mantêm-se de olhos bem abertos e ouvidos atentos. Sua luta é baseada na necessidade de sobrevivência e não no desejo de expansão e conquista. Busca a alimentação, o que pode ser entendido como sua luta do dia-a-dia. Esse Orixá é o guia dos que não sonham muito, mas sua violência é canalizada e represada para o movimento certo no momento exato. É basicamente reservado, guardando quase que exclusivamente para si seus comentários e sensações, sendo muito discreto quanto ao seu próprio humor e disposição. 

Os filhos de Oxossi, portanto, não gostam de fazer julgamentos sobre os outros, respeitando como sagrado o espaço individual de cada um. Buscam preferencialmente trabalhos e funções que possam ser desempenhados de maneira independente, sem ajuda nem participação de muita gente, não gostando do trabalho em equipe. Ao mesmo tempo, é marcado por um forte sentido de dever e uma grande noção de responsabilidade. Afinal, é sobre ele que recai o peso do sustento da tribo. 

Os filhos de Oxossi tendem a assumir responsabilidades e a organizar facilmente o sustento do seu grupo ou família. Podem ser paternais, mas sua ajuda se realizará preferencialmente distante do lar, trazendo as provisões ou trabalhando para que elas possam ser compradas, e não no contato íntimo com cada membro da família. Não é estranho que, quem tem Oxossi como Orixá de cabeça, relute em manter casamentos ou mesmo relacionamentos emocionais muito estáveis. Quando isso acontece, dão preferência a pessoas igualmente independentes, já que o conceito de casal para ele é o da soma temporária de duas individualidades que nunca se misturam. 

Os filhos de Oxossi compartilham o gosto pela camaradagem, pela conversa que não termina mais, pelas reuniões ruidosas e tipicamente alegres, fator que pode ser modificado radicalmente pelo segundo Orixá. Gostam de viver sozinhos, preferindo receber grupos limitados de amigos. É, portanto, o tipo coerente com as pessoas que lidam bem com a realidade material, sonham pouco, têm os pés ligados à terra. 

São pessoas cheias de iniciativa e sempre em vias de novas descobertas ou de novas atividades. Têm o senso da responsabilidade e dos cuidados para com a família. São generosas, hospitaleiras e amigas da ordem, mas gostam muito de mudar de residência e achar novos meios de existência em detrimento, algumas vezes, de uma vida doméstica harmoniosa e calma. 

O tipo psicológico do filho de Oxossi é refinado e de notável beleza. É dotado de um espírito curioso, observador de grande penetração. São cheios de manias, volúveis em suas reações amorosas, muito suscetíveis e tidos como "complicados". É solitário, misterioso, discreto, introvertido. Não se adapta facilmente à vida urbana e é geralmente um desbravador, um pioneiro. Possui extrema sensibilidade, qualidades artísticas, criatividade e gosto depurado. Sua estrutura psíquica é muito emotiva e romântica.

Okê, Caboclo! Saravá, Oxossi!


1 de janeiro de 2014

A simbologia do 7


O ano de 2014, pela numerologia, soma 7. Então, vamos ver o que este número significa em termos astrais, em diferentes culturas, e para a Umbanda.

O sete é o número místico por excelência. É o número da Criação (que é o 3, representando o Céu / Trindade Divina – lembrando que para a Umbanda a Trindade Divina é diferente do significado católico, é formada por Zambi, o Criador, Oxalá e Orixás), mais o 4 (representando a Terra com seus quatro elementos), somando 7. Por isto é o número que indica a relação viva entre o divino e o humano.


Isso está implícito na estrela de Oxalá ou de Davi, onde dois triângulos se cruzam: um ascendente e outro descendente. As seis pontas, mais o ponto central, somam o sete místico, simbolizando a união do céu e da terra, do bem e do mal, do divino e do humano.
O círculo da eternidade, com os triângulos superior (Deus/Zambi) e inferior (homem/terra) tendendo para direções opostas, uma vez que estão em luta constante. Resolvido este impasse, o homem reconhecerá que o seu Eu, seu Centro (ponto central), é o mesmo que o de Deus/Zambi.
Todos os livros sagrados estão cheios de exemplos da excelência do número sete, principalmente a Bíblia.

No livro Gênesis, por exemplo, vamos encontrar o 7 como o número da Criação. No primeiro dia Deus criou a luz, separando-a das trevas; no segundo dia Deus criou a abóbada celeste, separando as águas de cima das águas de baixo; no terceiro, criou a terra firme, separando-a das águas, e espalhou nela a vegetação; no quarto, criou o Sol, a Lua e as estrelas; no quinto dia criou os peixes, os monstros marinhos e os pássaros; no sexto, criou os animais, os répteis e o homem; e, no sétimo dia, Ele descansou.

“Assim foram acabados o céu e a terra e todos os seus ornatos. E Deus acabou no sétimo dia a obra que tinha feito; e descansou no sétimo dia de toda a obra que tinha feito. E abençoou o dia sétimo, e o santificou, porque nele tinha cessado de todo a sua obra, que tinha criado e feito” (Gênesis, 2, 1-3).

Desta forma, desde a criação do mundo, um tempo foi imprimido ao ritmo universal quando Deus decidiu que a semana teria sete dias e não cinco ou dez. Ao mesmo tempo, Deus dedicou o sétimo dia ao descanso. O sétimo dia é sagrado.

São 7 as Ciências Naturais, são 7 as virtudes, são 7 os pecados capitais, assim como são 7 os sacramentos, as notas musicais, os gênios persas, os arcanjos judaico-cristãos.

No cristianismo encontra-se o 7 na base da sua principal oração. O pai-nosso inicia com uma invocação e termina com uma dedicatória. Entre o princípio e o fim encontramos 7 petições:
1Santificado seja o Vosso nome;
2 - Venha a nós o Vosso reino;
3 - Seja feita a Vossa vontade, assim na Terra como no Céu;
4 - O pão nosso de cada dia nos dai hoje;
      5 - Perdoai as nossas dívidas assim como perdoamos aos nossos devedores;
6 - Não nos deixeis cair em tentação;
7 - Livrai-nos do mal.

Como vemos, das 7 petições presentes no pai-nosso, as 3 primeiras são dirigidas a Deus e as 4 seguintes ao homem. Isso nos remete a um outro mistério que cerca o número 7 enquanto número da Criação. O sete é a junção do 3 (divino) e do 4 (físico e humano).

No Livro Gênesis, vimos que Deus, ao criar o mundo, dedicou os três primeiros dias à criação dos “campos” onde as criaturas agiriam nos quatro dias restantes.
Essa divisão é válida e pode ser observada na maioria dos exemplos onde o sete servir de base.

Nas 7 virtudes, 3 são sobrenaturais (fé, esperança, caridade) e quatro são cardeais (prudência, justiça, fortaleza e temperança).

Os 7 pecados capitais se dividem em três que pertencem ao espírito (soberba, ira, inveja) e quatro que pertencem ao corpo (luxúria, gula, avareza e preguiça).

Portanto, para entendermos totalmente o significado do número sete, temos que analisar anteriormente os números 3 e 4, ou seja, o ternário e o quaternário.

Na Grécia antiga, entre os pitagóricos, o 3 era considerado o número perfeito por ter princípio, meio e fim. Por essa razão, o 3 era considerado o símbolo do divino. Os gregos tinham ainda três destinos, três fúrias e três graças. Os deuses eram sempre representados com um triplo instrumento de poder: o tridente de Netuno, o raio triplo de Júpiter. Os antigos imaginavam o mundo composto de três partes: céu, terra e subsolo. Assim, o homem tinha que ser dividido em três partes, a saber: corpo, alma e mente. A mente se subdivide em consciente, subconsciente e inconsciente ou ego, superego e id.

Porém, o uso mais claro do poder divino do número três é a descrição que normalmente se faz da divindade como sendo trina. No dogma cristão esse aspecto aparece quando se afirma que Deus é Um na essência, mas possui três aspectos distintos, ou seja, Pai, Filho e Espírito Santo. Entre os Nórdicos a divindade também possuía o seu aspecto triplo: Har, Janfar, Thridi.

Entre os Babilônicos; Anu era o deus-chefe da trindade composta ainda pon Enlil e Ea. Entre os Egípcios, a trindade divina seguia o protótipo de uma outra espécie: pai-mãe-filho, ou seja, Osíris, Ísis e Hórus. Entre os Etruscos, Tina, Cupra e Menrva apareciam sempre juntas e representavam o fogo, a fertilidade e a sabedoria.

Quanto aos Hindus, todos sabem que eles adoravam separadamente as três divindades distintas: Brahma, Shiva e Vishnu. Porém, a primeira lição ensinada aos discípulos na iniciação aos mistérios profundos era de que esta separação é ilusória, sendo que os três representam aspectos do Uno.

Portanto, o 3 é o número das forças da Criação. Essas forças são representadas por dois pólos que se opõem e um terceiro fator de interação e equilíbrio. Nesse sentido, o símbolo real da divindade é o triângulo equilátero. Ora, colocando-se um triângulo com um dos vértices voltado para cima (símbolo do superior) sobre um triângulo com um dos vértices voltado para baixo (símbolo do inferior), teremos a estrela de Salomão e de Oxalá. Colocando-se um ponto no centro dessa estrela (ou um círculo á sua volta) teremos novamente o número sete, simbolizando aqui o encontro do homem com Deus.

O símbolo do número 3 é o triângulo.

Quanto ao número 4, desde a mais remota antiguidade ele sempre foi considerado o número do mundo físico. A primeira e mais racional das explicações para esse fenômeno diz que o mundo físico é composto por quatro elementos: terra, ar, água e fogo. A outra explicação é que o quatro estaria relacionado aos quatro pontos cardeais (norte, sul, leste e oeste). Acredita-se ainda que este conceito seria derivado da simetria do corpo humano.

Os exemplos tirados da Bíblia confirmam a ideia do 4 relacionado ao mundo físico. O rio que sai do Paraíso se divide em quatro outros rios. O Altar dos Sacrifícios tem quatro pontas, dirigidas aos quatro pontos cardeais. Os quatro animais que sustentam o Trono da Revelação referem-se aos quatro elementos. No Novo Testamento vamos encontrar o quatro de uma forma bastante dramática: os soldados romanos dividem em quatro partes as roupas de Jesus crucificado. Esta separação das vestes de Cristo simboliza a dissolução do seu corpo material e o seu regresso aos quatro elementos de que era composto.

Entre os Maias, o quatro também aparece ligado ao mundo material: eles tinham quatro deuses, sendo que cada um suportava um dos quatro cantos da Terna Cauac (sul), Mulac (norte), Kan (este) e Ix (oeste).

E ainda devemos lembrar que são quatro as estações do ano (primavera, verão, outono, inverno); são quatro as fases da Lua (crescente, minguante, nova e cheia); são quatro as partes do dia (madrugada, manhã, tarde e noite).
E tudo isso equivale às quatro fases da vida do homem: nascimento, crescimento, maturidade e morte.

Em sua autobiografia, intitulada Memórias, Sonhos e Reflexões, o psicólogo suíço Carl Gustav Jung refere-se a ideia da quaternidade: “A quaternidade é um arquétipo de ocorrência quase universal. Constitui a base lógica para qualquer raciocínio completo. Se alguém desejar transmitir esse raciocínio, ele deverá ter esse aspecto quaternário. Por exemplo, se quisermos descrever o horizonte como um todo, referir-nos-emos aos quatro quartos do céu... Há sempre quatro elementos, quatro qualidades principais, quatro cores, quatro castas, quatro formas de desenvolvimento espiritual, etc. Do mesmo modo, existem quatro aspectos de orientação psicológica. Para nos orientarmos, temos de possuir uma função que nos garanta que qualquer coisa está ali (sensação); uma segunda função que estabeleça o que é (pensamento); uma terceira função que estabeleça se serve ou não, se aceitamos ou não (sentimento); e uma quarta função que nos indique de onde uma coisa veio e para onde vai (intuição). Sempre que as coisas se passem desta maneira, nada mais há a dizer... A perfeição ideal é o círculo ou esfera, mas a sua divisão natural mínima é uma quaternidade”.

O quadrado e a cruz são os dois símbolos universais do quaternário. A cruz, ao contrário do que muita gente pensa, é um símbolo que foi englobado pelo cristianismo, mas que o antecede em milhares de anos. Os escandinavos já colocavam cruzes sobre os túmulos dos seus mortos muitos anos antes do aparecimento do cristianismo. Para os egípcios, a cruz simbolizava a vida, e entre os astecas, antes de qualquer contato com os cristãos, a cruz já era um símbolo sagrado.

Ainda entre as culturas antigas, vamos encontrar o sete simbolizado no Caduceu, símbolo ainda usado pela medicina e que foi descoberto na forma utilizada ainda hoje em uma taça suméria datada de 2.600 a.c. O caduceu consiste em duas serpentes iguais, enroscadas em um bastão, sendo que o seu significado original era, sem dúvida alguma, triplo. Pode ter sido o símbolo do bem e do mal (as duas serpentes) que se reconciliam em um terceiro elemento (o bastão), visto por muitos como o símbolo da eternidade. Na versão original sumeriana as serpentes se cruzam sete vezes, incluindo-se as pontas das caudas e as duas cabeças que apenas se tocam.

Sabendo-se que os sumérios tiveram um contato muito grande com a civilização hindu, alguns autores acreditam que o caduceu dos sumérios também se referia aos sete chacras, centros ou gânglios que podem ser despertados pelos que praticam ioga, quando conseguem ver o kundalini, a feroz força da serpente que, segundo a hatha-ioga, encontra-se enroscada na base da espinha. O despertar do sétimo chacra equivale, para o iogue, a entrada no sétimo paraíso maometano. Existe uma simetria entre esses dois símbolos. O fato de os iogues referirem-se ao kundalini como a força da serpente faz do caduceu a representação ideal do despertar dessa força.

Mas, enfim, seja qual for a sua forma ou origem cultural e religiosa, o número quatro se relaciona sempre ao mundo físico (ou terrestre) em oposição ao número três, que se refere ao divino (espiritual). Assim sendo, o número 7 (3 + 4) é o número da Criação. Além do mais, é um número magístico para a Umbanda e, por este motivo, é muito utilizado.

Chaboche, em seu livro “Vida e mistério dos números”, disse: “Sete... a liberdade, a luz, o sucesso e a alegria de viver”. Sendo assim, podemos concluir que 2014 será um bom ano, pois a soma de seus números é 7!

Fonte: Antônio Zago e Vovó Luiza de Guiné