Blog da Casa de Caridade Luz Divina - dirigente espiritual Vovó Luiza

27 de agosto de 2011

VÍNCULOS ENTRE ENTIDADES, MÉDIUM, ASSENTAMENTOS E GUIAS (colares)

Quanto a vínculos, podem e devem serem feitos ao nível energético entre entidades e médiuns; entre médiuns e seus assentamentos; entre entidades, médiuns e seus assentamentos; entre entidades, médiuns, seus assentamentos e suas guias de proteção.
Vamos começar pelas guias de entidades que, enquanto em forma de colares, sem a preparação devida, realmente não passam disso - enfeites. Após, no entanto, passarem pelo ritual de preparação de acordo com as informações passadas pelas entidades que delas vão fazer uso, nelas são fixadas determinadas energias, ou pequena parte de egrégoras que, PELA LEI DAS AFINIDADES, têm como objetivo principal atrair para elas e para quem as está usando, MAIS ENERGIAS DE MESMO TEOR (lembre-se de que os semelhantes se atraem). Dessa forma, se o caboclo Tal, de uma determinada falange, consagra sua guia em acordo com as energias de sua falange, crê-se que ela estará atraindo as energias dessa falange durante seu uso.
Essa é a explicação básica do “pra que serve”. Mas, o mais importante, que a maioria não sabe e/ou finge não saber, é exatamente o modo de preparação dessas guias porque, JAMAIS PODERÃO SER PREPARADAS SEM QUE O MÉDIUM QUE VAI USA-LA ESTEJA PRESENTE. Na verdade, a energia que é assentada na guia terá que ser, obrigatoriamente uma energia criada a partir de uma mistura entre:
a) A energia da entidade e/ou de sua falange;
b) A energia das ervas e elementos em que a guia será “deitada”;
c) A energia do médium que vai usá-la quando incorporado.
Quaisquer outros tipos de energias, seja de outras ervas além das estritamente indicadas ou de pessoas fora do contexto indicado acima, entrarão como interferência e poderão criar outros tipos de VÍNCULOS.
O ritual de preparação é exatamente aquele que vai, além de assentar a energia padrão da guia, CRIAR OS VÍNCULOS entre a entidade (e sua falange), a guia propriamente dita e o médium. Isso é
tão importante que, como vemos em alguns grupos mais informados, as guias individuais só podem ser tocadas por aquele que as usam. Isso evita, é claro, interferências de energias de outras pessoas. É assim que agem no lugar em que você vai? Então está certo. Caso contrário ... cuide-se você!
Nos casos de assentamentos de Entidades e Orixás a coisa acontece exatamente da mesma forma, só que, ao invés de se imantar uma guia, imanta-se elementos do reino mineral (otás) com a energia que também deverá ser proveniente da mistura das energias:
a) Dos otás (pedras) e elementos da natureza ligados aos Orixás ou Guias;
b) Dos Orixás ou Guias que são atraídos por invocações;
c) Do médium que deverá, depois disso, ser o zelador desse assentamento.
A função principal de um assentamento é, da mesma forma que uma guia só que com mais alguns fundamentos, CRIAR VÍNCULOS entre os encarnados, desencarnados, Orixás. E como ali fica fixada a ENERGIA padrão entre os envolvidos na sua formação (não o espírito ou Orixá), podem servir também
como CANAIS DE COMUNICAÇÃO mais direta entre estes.
Vínculos entre encarnados e entidades espirituais podem ser feitos, ou terem sido iniciados, mesmo antes do nascimento, em vidas passadas, ou durante o período entre uma encarnação e outra. Este
seria um vínculo básico que determina os tipos de entidades que vão acompanhar a pessoa física durante a atual encarnação. Ainda durante esta, esses vínculos podem vir a ser fortalecidos e/ou enfraquecidos, dependendo do caminho que o encarnado escolher, em respeito ao seu “Livre Arbítrio”.
Dependendo também dos planos propostos ainda no campo Astral para este encarne, o ser vivente poderá vir a ser forçado ou não a seguir uma filosofia religiosa de acordo com seu acompanhamento.
Daí chamarmos determinados tipos de mediunidade como CÁRMICA. Nesta condição, o médium será forçado, mais cedo ou mais tarde, caso não se encaminhe ele mesmo, a ir “bater cabeça” em um grupo
religioso de bases espíritas para que sua missão, bem assim como a de seus “companheiros de viagem,” possa se realizar. Seja qual for o grupo mediúnico que ele escolher (Umbanda, Nações Afro, Kardecismo, etc.) haverá, após o desenvolvimento adequado - o que inclui a melhor sintonização entre as energias do médium e seus acompanhantes – a necessidade de uma manutenção constante e até aprimoramento dos contatos entre os que estão na parte Astral e o que está no plano Material, e é aí que os vínculos não “mágicos” se fazem mais e mais necessários.
Como vínculos “mágicos” citamos, por exemplo, as guias, os assentamentos, as “feituras”. Mas NADA DISSO TERÁ EFEITO MAIS PERMANENTE DO QUE OS VÍNCULOS EMOCIONAIS E SENTIMENTAIS. Estes vínculos enfraquecem com o passar do tempo, principalmente se tiverem sido realizados sem a auto-entrega por parte do iniciado, o que demandaria a criação de vínculos, não só ritualísticos como também, e principalmente, vínculos emocionais e sentimentais. Vínculos emocionais e sentimentais são tão importantes que, dependendo da intensidade deles, estas repetições de preceitos ritualísticos quase deixa de ter de acontecer, principalmente no que tange a vínculos entre seres encarnados e humanos desencarnados de quase todos os níveis de evolução. Acontece, no entanto, que, mesmo vinculados a alguém através da rede de emoções, se forem apenas a estas, as ligações permanecem
fortes enquanto durarem estas emoções e, como sabemos emoções, diferentemente de sentimentos, têm duração efêmera, fazendo, portanto, com que os vínculos também o sejam. Se eles se alimentarem das emoções do encarnado terão que ativá-las quase que sempre.
Exemplificando, digamos que em sua religião você esteja ligado a um tipo de entidade, ou orixá. Se diuturnamente você expressa, através de atitudes e pensamentos, seu apreço por eles (e isso é sincero), é sinal de que você os ama e o trânsito energético entre você e eles tende a ser contínuo.
Numa outra situação, você só se lembra deles em momentos de necessidade, sejam elas quais forem, mantém apenas laços emocionais com eles, laços estes que se estreitam apenas naqueles momentos em que você normalmente necessita - passado o perigo, o esquecimento é quase que total.
Nesta segunda colocação os laços sentimentais são quase que nulos, ou até o são - os laços, ou vínculos emocionais são temporários como qualquer emoção.
Então, pode-se afirmar que, se numa “feitura”, assentamento, etc., não forem criados ou fortalecidos e mantidos posteriormente os laços emocionais e sentimentais (do encarnado para com seu Orixá), esta “feitura”, com certeza, terá caráter temporário mínimo. Isto acontece muito quando pessoas são levadas à “feitura” apenas para se dizerem “feitas”, “coroadas”. Eles não entendem que aquele ritual é apenas um RITUAL DE INICIAÇÃO e que o que está por vir é que o fará melhor ou pior no observar dos Guias, Protetores e Orixás. O AMOR ao que se está iniciando e o tanto de EMOÇÃO que se coloca em cada vez que se vai fazer uma invocação são as chaves para o crescimento dos vínculos entre entidades espirituais e encarnadas.
Em qualquer ritual, a participação do emocional e sentimental do encarnado fará com que ele alcance mais ou menos benefícios e, por conseguinte “milagres”. Falando-se em “milagres”, você já percebeu que eles só acontecem em determinados grupos, quando as pessoas entram em ativação emocional?
Porque estas pessoas usam:
- Concentração máxima nos objetivos;
- Mentalização com as imagens do objetivo já alcançado;
- Sentimentos positivos em relação ao objetivo;
- Muita emoção nas invocações e mentalizações;
- Persistência, perseverança;
- Muita FÉ.
E por falar em fé e preparação de médiuns, abaixo transcrevo um alerta de um amigo espiritual.

MENSAGEM DO CABOCLO ARRANCA TOCO
Estas eram perguntas que os médiuns que passavam por necessidades materiais faziam: Do que vale ser Umbandista se nada consigo para mim? Por que aos outros consigo ajudar e quando chega a minha vez nada consigo? Por que, quanto mais ajudo, mais minha vida vai para trás? Será que meus Guias não vêem isso?
Eis aqui algumas perguntas que, por certo, todos os Umbandistas e também seguidores de outras religiões já se fizeram ou estão por fazer. Eis aqui o marco de uma mediunidade mal orientada que, fatalmente, culminará no afastamento dos filhos de fé de suas crenças se não for corrigido e se o filho de fé, na realidade, não for lá um filho de tanta fé assim.
Esta é uma encruzilhada que aparece, mais cedo ou mais tarde, no caminho de todo filho de fé que, embora seja muito bem intencionado, não tenha compreensão exata das forças com que se acha envolvido no decorrer do uso de sua mediunidade. Mas não são somente os filhos de mediunidade de incorporação que chegam a ela não. Também aqueles na categoria de cambonos (auxiliares) sofrem as mesmas influências e chegam a ter os mesmos problemas, às vezes até piores.
Mas por que?
Normalmente, um filho de fé inicia sua vida espiritual sendo encaminhado a um terreiro onde é auxiliado em algum problema, ocasião em que se constata, durante os trabalhos, que possui mediunidade, seja ela Cármica ou Missionária. Passa então, este filho, a frequentar reuniões onde o Treinamento Mediúnico o põe em contato com espíritos protetores que com ele trabalharão durante toda a vida ou parte dela, de acordo com o destino ou resgate cármico necessário. Dentre estes, um dos espíritos recebe a incumbência de trabalhar diretamente sobre a mediunidade do filho, sintonizando-o, aclimatando-o às vibrações diversas, até de outras entidades, até o ponto deste filho ter condição de vir a receber seu VERDADEIRO GUIA ou MESTRE: aquele a quem cabe a real orientação do “aparelho” ao longo do seu caminhar pela estrada da espiritualidade. Este trabalho de aclimatação é um trabalho longo e, em muito, depende do próprio filho de fé, principalmente no que diz respeito à CONSTÂNCIA, FORÇA DE VONTADE e, principalmente, FÉ – quesitos estes que são julgados e, somente após o filho provar por si que é capaz de tê-los confirmados, é que lhe é dado começar a conhecer os segredos da Lei de Umbanda. Qualquer tentativa do médium em ultrapassar os três quesitos iniciais, sem condição, pode lhe ser prejudicial, pois, no futuro, quando estiver de posse dos ERÓS (ou seja, segredos) mais e mais serão necessários o uso e prática destes três primeiros degraus.
Posteriormente, após passar por estes três primeiros degraus de iniciação e depois de conseguir REAL CONTATO com seu espírito GUIA (mestre), este filho passará a receber do Chefe de Terreiro, e
também de seu GUIA, os primeiros ERÓS de Umbanda quando então, ele, por si só, mesmo sem interferência de incorporações, poderá dar andamento a pequenos trabalhos de auxílio, sem que isto
possa provocar modificações maléficas em sua vida material e espiritual.
Mais adiante, de posse de novos ERÓS – e estes são dados na medida em que se vê que o filho tem condição material, espiritual e moral para tal, poderá então, o filho de fé, além de pequenos trabalhos,
começar a usar determinadas forças que existem na Natureza, sempre sob a guarda de seu GUIA, de modo que este filho estará sempre resguardado dos possíveis problemas que poderiam ocorrer.
O filho de fé estará sempre sendo testado pelo seu próprio GUIA e outras entidades, de modo que possa provar a si e a eles que terá condição de chegar a graus superiores da escala de INICIAÇÃO.
Somente após provar a si e a todos que sua base é forte, poderá então o médium receber a COROAÇÃO na Umbanda, de acordo com seu GUIA e seu grau de Iniciação, após o que, o então Iniciado, poderá iniciar os trabalhos, não só de assistência, como de INICIAÇÃO de novos filhos.
De nada adiantará a “Coroação” se o filho não tiver os conhecimentos necessários, inclusive para manter a sua própria mediunidade em condições de suportar os possíveis ataques do Baixo Astral, que normalmente se iniciam atuando na VAIDADE do filho, o que faz com que este, sentindo-se “REI” às vezes, deixe de cuidar de si por achar que nada mais é necessário. Pelo contrário, quanto maior for a subida, maior poderá vir a ser o tombo...
Este seria, em linhas gerais, o real caminho de um Filho de Fé dentro da escala de iniciação (vale dizer que mesmo após a Coroação, há ainda que se vencer obstáculos para se conseguir atingir a outros graus de iniciação), mas infelizmente, o que acontece hoje em dia, são Coroações de médiuns despreparados, o que deturpa em muito a Umbanda, pois os médiuns nestas condições, fatalmente cometerão erros – por se acharem “Coroados” – que os levarão àquelas perguntas iniciais. Há ainda o caso dos filhos que nem bem iniciaram o desenvolvimento e já se acham em condições de prestarem caridade, participarem das orientações, de atenderem. de trabalhos de DEMANDA, de atuarem com forças que nem mesmo sabem que existem, tudo na confiança de que “meu guia me segura”!
Agora pergunto: será que ele está realmente recebendo a orientação do Guia responsável por si? Será que ele não estará levando em consideração ordens de entidades que, como ele, não conhecem os segredos da Lei de Umbanda? Será que, levado pela vaidade, não estará ele querendo demonstrar uma força que realmente não tem? Será que ele, já que não conhece nem os ERÓS de defesa, não estará sendo levado por entidades que se passam por seus Guias?
Algum tempo se passará e, fatalmente, também este filho retornará às perguntas iniciais e, neste caso, algo pior poderá acontecer quando, vendo que sua vida e a daqueles que o cercam (sim, porque a atuação negativa pode começar por aqueles entes que mais queremos, numa forma de enfraquecer cada vez mais as resistências) começa a piorar, começam a aparecer doenças inexplicáveis, brigas, desentendimentos familiares, o médium perde a cabeça e, na melhor das hipóteses, procura uma outra religião que corrija tudo aquilo que ele mesmo provocou durante tanto tempo. Quando dizemos “na melhor das hipóteses” queremos também dizer que estes fatos poderão levar um filho até mesmo à loucura ou suicídio, se sua cabeça for um pouco mais fraca e a covardia sobrevier.
Falta-nos ainda responder à pergunta: “Será que meus GUIAS não vêem isso?
Por certo que vêem e, entristecidos por nada poderem fazer por seu filho, já que ele mesmo escolheu o caminho, retornam à morada em Aruanda com mágoas de terem perdido um ente que poderia ser seu estandarte na Terra.
Fonte: Claudio Zeus (livro Umbanda sem Medo)

21 de agosto de 2011

O caminho do médium de Umbanda


A mediunidade está diretamente ligada ao funcionamento das chamadas “RODAS” ou “CHAKRAS” que a nossa AURA (ou perispírito) apresenta aos olhos de quem pode ver.

A compreensão sobre o funcionamento dessas RODAS, que na verdade são VÓRTICES de entrada e saída de energias é de extrema necessidade para quem lida com o Mundo Astral.

Vórtices são como cones de energia em formato de aspirais que, ora estão no sentido de absorção, ora no sentido de expulsão. São como que pequenos tornados que têm como raiz os plexos nervosos do corpo físico. Daí podermos imediatamente afirmar que nossos plexos nervosos são antenas por onde as energias entram e saem e, por consequência, nosso sistema nervoso é a primeira parte do físico que é atuada por essas energias.

Existe um cem número de plexos e, por consequência, vórtices ou Chakras, mas o importante é conhecer os principais.
CHAKRA FUNDAMENTAL = se situa sobre o plexo sacro, mais ou menos na altura dos genitais (entre o ânus e os genitais). Por esse plexo ou Chakra, se desprotegido, podem se ligar obsessores de vibração sexual extraindo energia das gônadas e ovários. Vítimas de obsessão através desse plexo podem se tornar insaciáveis sexualmente ou inversamente, no caso de haver excessiva perda energética por aí, sem falar de doenças que se materializam pelo esgotamento ou mesmo bloqueio energético provocado por ações exteriores. Pelo lado positivo do uso desse Chakra, podemos identificar parte da incorporação de Pretos Velhos, Exus e Omulus. Normalmente entidades que dobram o corpo físico do médium ao chegarem. Mas em se tratando de incorporação, a entidade não atua em somente um Chakra, mas em vários e de formas e intensidades diferentes. Por isso não vá se apressando em achar que a incorporação de um Preto Velho se faz da mesma forma que a de um Exu, só porque ele atua no Chakra fundamental, ok?
CHAKRA ESPLÊNICO = se situa acima deste e na altura do baço (órgão responsável pelo armazenamento de glóbulos vermelhos do sangue). Esse Chakra também é usado por entidades do Astral Inferior que, se ligando aí, podem extrair vitalidade do ser encarnado. De uma forma geral, o “vampiro” se coloca por trás porque esse Chakra gira absorvendo energias de fora, pela frente e para
dentro do corpo, possibilitando-o absorvê-la pelas costas do ser. A função desse Chakra seria a de difundir a energia absorvida (do sol, principalmente).
CHAKRA UMBILICAL = se situa mais acima um pouco, na altura do Plexo Solar que fica logo acima do umbigo. Esse Chakra está diretamente relacionado com as emoções de índoles diversas. Tanto é assim que, em casos como sustos muito fortes, sentimos a pressão no que chamamos “boca do estômago” provocando, às vezes, até mesmo evacuações e micções fora de hora. Por esse Chakra, se desguarnecido, se operam as ligações de espíritos sofredores e certos obsessores, provocando emoções descontroladas, como: ciúmes, medos, tristezas, etc. Por atuação nesse Chakra o encarnado pode até sentir todas as dores que acompanham o desencarnado que está por perto, às vezes achando que essas sensações são dele mesmo. É importantíssimo que esse Chakra esteja equilibrado
para que o médium não sofra esse tipo de influência e, ao contrário, se dele se aproximarem entidades descontroladas emocionalmente, sejam elas induzidas ao equilíbrio pelo contato.

Médiuns espontâneos, ou seja, aqueles que tiveram sua mediunidade aflorada sem que para isso passassem por qualquer treinamento ou ritual, podem correr sério risco, caso não aprendam a controlar as emanações que transitam por esse Chakra, pois, como se pode deduzir, poderiam levá-los até mesmo à loucura. O desenvolvimento mediúnico tem que dar bastante atenção ao funcionamento desse Chakra e suas relações com as entidades que acompanham o médium.
CHAKRA CARDÍACO = se situa sobre o Plexo cardíaco e. por consequência, sobre o coração. Tem a função de “governar” o sistema circulatório e está diretamente ligado aos sentimentos (diferentes de emoções). Por aí costumam se ligar os espíritos na categoria de GUIAS ou MENTORES. Quando espíritos evoluídos conseguem se ligar ao corpo do encarnado pelo Chakra cardíaco, a sensação que este sente costuma ser de bem-estar e muita paz interior. Diferentemente do que acontece quando um involuído que se liga mais pelo Chakra umbilical. Esse Chakra é o que vibra quando sentimos empatia, amor fraternal, piedade ou compaixão. Mas é muito importante que ele não seja atuado pelo Chakra umbilical porque, se assim for, o sentimento poderá virar emoção e atrapalhar trabalhos que possam ser feitos. Numa sessão de passes magnéticos, por exemplo, onde o médium deve transmitir energia para alguém necessitado, ele deverá estar com seu Chakra cardíaco atuante para que as vibrações de Guias e Mentores possam fluir por ele. Se, no entanto, ele se deixar levar pelo problema da pessoa necessitada (em outras palavras: se envolver emocionalmente com), poderá ativar o Chakra umbilical e,
em consequência, ter seu emocional ativado. Quando o emocional é ativado, o médium corre o risco de se ligar diretamente com o emocional da pessoa que está sendo atendida e, por isso, acabar absorvendo dela energias e até mesmo encostos que a acompanhem. Deu para entender? Já dá para entender alguma coisa sobre o por que de alguns médiuns acabarem passando mal depois de certas giras?
CHAKRA LARÍNGEO = se situa na altura da garganta, mais ou menos da glândula tireóide e é responsável pela emissão de voz e pelo controle de certas glândulas endócrinas do corpo físico, cuja disfunção é, às vezes, atribuída à tireóide quando na verdade é o mal desenvolvimento ou super desenvolvimento do Chakra laríngeo o responsável. Por esse Chakra se ligam espíritos que dão mensagens psicofônicas (controlam a fala do médium) na chamada incorporação integral. Nesses casos o espírito é capaz de modificar totalmente a voz do médium assemelhando-a à sua própria e também reproduzir sotaques e línguas estrangeiras desconhecidas pelo médium (xenoglossia). Controla também o “passe de sopro” tão usado pelos Pretos Velhos quando nos dão aquelas baforadas de seus cachimbos .... ah, você não sabia que aquilo era um passe? Esse é um dos Chakras que podem ser atuados diretamente, sem que haja incorporação. Nesse caso o médium se vê obrigado a falar coisas das quais ele mesmo não entende, quase que obrigado pela entidade que se encosta por trás.

CHAKRA FRONTAL = se situa entre os olhos, mais especificamente entre as sobrancelhas e é responsável pela clarividência. Comanda a visão no plano físico e a visão além do alcance normal, no plano imaterial. Através dele o médium pode identificar entidades desencarnadas, elementais naturais e artificiais e até mesmo alcançar a visualização de lugares e acontecimentos longe do lugar onde está. Mas além da vidência, este Chakra também é responsável pela clariaudiência, através do que, o médium pode escutar sons provenientes de outros planos. Além disso, esse Chakra é responsável pela clareza de raciocínio e percepção intelectual. Pela força mental o encarnado poderá enviar através desse Chakra, energias positivas e/ou negativas para outras pessoas, com a consequência do que escolher, é claro. Na utilização negativa, mesmo que inconsciente desse Chakra, está o que costumamos chamar de “olho grande”, “olho gordo”...
CHAKRA CORONÁRIO = situa-se no alto da cabeça, assentado sobre a glândula PINEAL. Este é o Chakra mais procurado pelos “pais no santo” para a feitura dos filhos porque é através desse Chakra que recebemos o que chamaríamos a LUZ do ALTO. Porque você acha que os sacerdotes, mesmo católicos raspavam o alto da cabeça? O Chakra coronário é o sintonizador das ondas do plano mental recebidas por telepatia, quer provenham elas de fora, de espíritos desencarnados e até mesmo
encarnados. Funciona como uma antena para vibrações superiores, normalmente pondo-nos em contato mental com elas, o que não quer dizer que, sendo mal trabalhado, não nos coloque em sintonia com baixas vibrações e entidades.Fazer a coroa, como costuma ser dito nos terreiros, é, na verdade, sintonizar essa antena com o padrão vibratório do orixá (luz da cabeça) que deve reger o iniciante. Depois dessa sintonização o médium passa a receber a influência do orixá mais diretamente e sem interferências de outros. Mais ou menos como se você sintonizasse bem seu radinho e ele passasse a receber melhor a estação que você pretende. Percebe agora o perigo de uma sintonização ou coroação
errada? De uma coroação feita às pressas? Uma “feitura” ou “coroação” correta tem, obrigatoriamente,
que atuar em todos os Chakras principais. De outro modo seria fazer um bonito telhado sobre uma casa apodrecida.
Releia sobre a função básica de cada Chakra e avalie por si os danos que poderiam advir de Chakras desequilibrados em médiuns que se arvoram em participar de trabalhos de atendimento e principalmente de demanda.

Quanto mais desenvolvidas outras formas de contato mediúnico entre ser encarnado e outros planos, menor é a possibilidade dele vir a ser enganado por espíritos que se fazem passar pelo que não são e, dessa forma, quanto mais o médium se esforça para fazer crescer esses contatos equilibradamente, melhores serão suas condições de ajudar a outros passando por menos perigos.

O Chakra Coronário e o Chakra Frontal, se bem trabalhados, podem ser desenvolvidos e, através deles, o médium passar a se comunicar com o Astral, mesmo sem a necessidade de uma incorporação ou mesmo de estar numa gira ou terreiro, ou mesa... O Chakra Frontal desenvolvido adequadamente
permite que a visão, bem assim como a audição do médium, se estenda a outros níveis vibratórios além do material. Dependendo do grau e forma de desenvolvimento, esse Chakra alcança maiores ou
menores planos vibracionais e, se o médium estiver realmente preparado, poderá ver e ouvir exatamente o que acontece “do outro lado” mesmo que alguém tente induzi-lo por uma mentira, como
acontece em casos de entidades que querem parecer o que não são. O Chakra Coronário desenvolvido e bem “calibrado” permite ao médium o contato telepático com suas entidades de guarda, protetores e Guias, através dos quais poderá receber informações e ensinamentos de todas as espécies e, além disso, nos permite adquirir um tipo de vidência em que as imagens do que acontece no plano paralelo aparecem como que dentro da cabeça do médium. Por esse Chakra, muitas vezes nos são enviadas mensagens através de imagens que, se à primeira vista parecem soltas e difusas, com o tempo vão se
explicando.
Pelo exposto vemos logo que, se alguém pretende progredir a ponto de liderar um grupo espírita, seja ele de que linha for, tem muito mais que fazer do que apenas sintonizar sua PINEAL com seu orixá.

Para que um médium saia do simples estado de “cavalo de Guia” e esteja pronto realmente como Dirigente, ou Pai no Santo, ou Zelador ... faz-se necessário que ele tenha conhecimento de sua Lei mas, principalmente o treinamento e equilíbrio de todos os seus Chakras, o que fará dele, por decorrência, uma pessoa mais segura e o mais EQUILIBRADA possível. Observe o “equilíbrio psicológico” de certos “Pais e Mães no Santo” e você entenderá tudo.

Estando mais ou menos no centro vertical do corpo humano, o Chakra Umbilical que se responsabiliza pelo emocional do encarnado, é um vórtice de extrema importância para o equilíbrio deste, pois o emocional pode desequilibrar totalmente toda a estrutura física e astral de um ser. Esse Chakra, quando muito desequilibrado, pode provocar o desequilíbrio de todos os outros.

As entidades, quanto mais luminares verdadeiramente, mais procuram fazer contato no campo telepático, pelo Chakra Coronário, onde nem precisam tocar a matéria ou, em alguns casos, tomando apenas parte do corpo material, como nos casos de psicografia, onde apenas o plexo braquial é tomado, ou psicofonia, onde apenas o plexo laríngeo é tomado. Entidades de mais baixo padrão vibratório (não necessariamente obsessores ou encostos e sim protetores), essas sim, quanto mais
materializadas, mais tendem a tomar todo o corpo do médium, bem assim como sua consciência.

Em 90% ou mais dos casos de incorporação a entidade está ao lado, atrás, por cima, na frente e quase nunca enluvando o médium, o que significa que a incorporação não é integral e o médium não está inconsciente – no máximo num semi-transe ou semi-inconsciência.
Portanto, não existe essa coisa do médium ficar em transe depois da desincorporação, ou ser atirado ao chão, ficar desmaiado, ficar sem ar, etc. Se isto acontece é por 2 motivos: ou o médium está se fazendo, ou seja, está encenando, ou o que o médium recebeu é um espírito do baixo-astral!
Fonte: Claudio Zeus (livro Umbanda sem Medo)















20 de agosto de 2011

A preparação de um médium na Umbanda

Mediunidade, todos sabemos que é um dote comum a todos os encarnados, embora seja maior em uns e menor em outros. Sabemos também que através da mediunidade (ou sensibilidade mediúnica) o ser encarnado consegue se comunicar com outros seres já libertos da matéria e até mesmo com seres ainda encarnados que estejam em outros locais.

Vamos nos basear na mediunidade de incorporação lembrando, no entanto, que, seja o tipo que for a
mediunidade, para ser bem utilizada e o médium poder contar com a ajuda de Guias Verdadeiros, ele tem que ter na mente e nas ações os conceitos de HONESTIDADE e RESPEITO, pois sem isso, mais cedo ou mais tarde, acabará por se tornar presa fácil do Baixo-Astral.

Se formos analisar os motivos que levam as pessoas a procurarem a Umbanda veremos que estarão invariavelmente dentro de uma das seguintes situações:
a) Estão com problemas de saúde (ou têm alguém conhecido nessa situação) e não procuraram ainda um médico, seja por que motivo for, ou já o fizeram até insistentemente sem lograrem êxito em suas
tentativas;
b) Estão com dificuldades na vida amorosa, financeira ou familiar, provocadas por perturbações inexplicáveis;
c) São curiosos e querem ver de perto esses "milagres" que dizem acontecer no Espiritismo;
d) Estão passando por problemas que já detectaram como de fundo espiritual e precisam de orientação;
e) Sentiram-se atraídos sem que nem bem soubessem o motivo (caso bem mais raro).
Em qualquer caso acima citado, todos precisarão desde a primeira fase de seu entrosamento com o culto, de orientações claras que lhes possibilitem vislumbrar uma possível solução para seus
problemas e, para isso, os responsáveis pelo Templo deverão estar cientes das responsabilidades que assumirão a partir do momento em que se predispuserem a serem seus orientadores.

Em se tratando de pessoas que por quaisquer desses motivos tenham realmente que receber treinamento para trabalharem sua mediunidade, a primeira lição que o médium tem que aprender é a da lealdade e da honestidade. O médium que inicia seu caminho sem entender o que é ser honesto
consigo mesmo e suas entidades já estará iniciando o caminho com os pés na lama e correndo o risco de afundar em bem pouco tempo.
Todo médium deve compreender que as entidades que lhe acompanham não são "gênios da lâmpada" e que o trabalho que vêm desenvolver está diretamente ligado à evolução espiritual deles e a do
próprio médium. Deve compreender também que não é só porque estão "do outro lado" que devem ser compreendidos como deuses ou espíritos santos, pois muitos que lá estão têm mais fácil acesso ao
mundo material por estarem ainda muito apegados à matéria e possuírem um corpo astral muito denso. Só isso já indica que podem ser até mesmo muito menos evoluídos que o próprio médium.

Normalmente um dirigente preparado tem condição de identificar logo no começo o tipo de acompanhamento espiritual que o médium traz consigo e até mesmo de dizer quem é mais e/ou menos
evoluído que o aparelho e desse modo, quais as entidades que podem realmente ser orientadoras e quais as que têm que ser orientadas antes de tentarem orientar seja quem for. Sob esse prisma, torna-se imprescindível que se fale na inconveniência de, médiuns em início de desenvolvimento receberem Exú e Pombo giras que, como sabemos, são em vias de regra, entidades normalmente menos evoluídas e por isso mesmo não terem capacidade de agirem como Guias de ninguém.

Se um médium vem ao terreiro em busca de orientações positivas para trabalhar sua mediunidade e sua evolução, tem que ter em mente que sua busca só se tornará realidade na medida em que
buscar o acompanhamento de entidades que sejam mais evoluídas do que ele e que, nesse caso, precisam ser buscadas mesmo, porque já habitam em planos mais sutis e não têm um acesso tão fácil à matéria como é o caso de Exús, Pombo Giras e outros ainda menos evoluídos.
Na verdade, um médium iniciante só deveria começar a "dar passagem" para Exús após ter obtido contatos realmente positivos com seus reais Protetores e Guias, aos quais caberia, por conseguinte, a
orientação dos trabalhos que se faria através de Exú quando se fizesse necessário.

A despeito de todo o carinho que devemos ter para com essas entidades, é preciso que fique bem claro que Exú vem na Umbanda como auxiliar das verdadeiras entidades deste culto.

Vamos considerar que um médium procura um terreiro para se orientar no que tange à sua mediunidade e, em lá chegando, percebe-se que sua sensibilidade já despontou e que urge que ele continue a frequentar as giras de desenvolvimento (quando elas existem). O que normalmente acontece a seguir é que esse médium passa a frequentar o terreiro e nem sempre é devidamente orientado
pelo(s) seu(s) dirigente(s), para que comece a estudar sobre as coisas que ali acontecem e que podem acontecer quando ele vai abrindo a guarda para "o que der e vier", bem assim como, em consequência de um desenvolvimento desorientado, começa a "dar a cabeça" para qualquer tipo de vibração que se aproximar sem saber exatamente o que fazer ou como fazer.
Há alguns outros que, estando em giras de desenvolvimento, "não recebem quase nada", mas quando se trata de uma gira de Exú...
Nos dois casos, o primeiro pela ignorância (no bom sentido) e o segundo pela afinidade (perigosa nessa etapa de desenvolvimento) o médium corre perigo de começar "com o pé esquerdo", a não ser que, no primeiro caso, tenha um acompanhamento espiritual bastante positivo que, desde o começo assuma o comando de seu "aparelho".

No segundo caso, aqueles que por afinidade se sentem melhor desde o início em giras de Exús e Pombo giras pode significar que:
· O médium sofre atuação direta de espíritos dessa categoria sem que para isso concorra sua vontade, o que impede que entidades de maior grau evolutivo se aproximem. O orientador deve, nestes casos, providenciar o afastamento dessa(s) entidade(s) para que os protetores reais possam se revelar.
· O médium seja um admirador dos Exús e Pombo giras, o que o sintoniza bem com essas entidades e facilita-lhes a atuação com consequências idênticas ao caso anterior. O orientador deve fazer ver a esse filho que ele está dificultando uma possível ação dos seus VERDADEIROS GUIAS.
· Durante as incorporações com Exús e/ou Pombo giras o médium se sinta mais forte, mais seguro, o que o faz pensar serem eles os mais fortes e mais seguros. O que ele não sabe é que essa sensação acontece muito mais pelo tipo de energias bastante densas que essas entidades trazem consigo do que pelo seus possíveis "poderes".
· Há ainda aqueles que, por sentirem o respeito e até o medo que essas entidades costumam induzir nos menos avisados, através da incorporação, dão vazão a alguns possíveis complexos que trazem guardados no recôndito de suas almas - com eles sentem-se poderosos, intocáveis. O orientador
nesse caso, deve explicar a esses filhos que esse poder induzido é falso. Essa energia é da entidade incorporante e que o poder verdadeiro só chega para aqueles que alcançam o domínio da própria vontade, do próprio ser, conseguindo através disso, assumir as rédeas de sua própria vida.
Exús e Pombo giras encontram, não raramente, uma facilidade maior de contato com os seres humanos e, desse modo, quando pretendem assumir o comando, o que não é correto, agem como obsessores transmitindo ao médium a segurança e as facilidades materiais que ele espera de uma entidade "positiva" e com isso bloqueiam e fazem com que o próprio médium bloqueie, os canais de comunicação com as verdadeiras entidades guias. Daí a importância do médium estar em contato positivo com seus
verdadeiros guias ANTES de começar a "dar cabeça para Exús e Pombo giras".

É o contato com essas entidades mais evoluídas que o fará compreender a necessidade do trabalho pela evolução e consequente libertação desse Campo Vibratório, e, nesse caso, é o médium bem preparado que lhe facilita o acesso e a compreensão necessárias.
No caso do médium iniciante, antes de qualquer tipo de trabalho com Exús e Pombo giras, é imprescindível que ele:
· Esteja em pleno contato com a(s) entidade(s) responsável(is) pelo seu desenvolvimento - normalmente um(a) Caboclo(a) ou Preto(a) Velho(a).
· Tenha sido constatado pelo(a) dirigente que este médium consegue incorporações realmente positivas com essas entidades e que não use o pretexto da "incorporação" para sair dizendo ou fazendo o que não teria coragem de dizer ou fazer em estado normal (só isso aí já mostra o total despreparo que podemos observar até em muitos médiuns que se dizem "prontos").
· Tenha em mente que o seu futuro trabalho com Exús e Pombo giras devem seguir orientações dadas previamente por seus protetores e guias (considerando-os positivamente ligados ao médium) e, no início, sempre que lhe for determinado qualquer tipo de trabalho por essas entidades, este seja passado pelo crivo de uma entidade superior antes de sua realização.
Esse último item é tão importante quanto normalmente esquecido.

Não raramente vemos médiuns que mal sabem caminhar por si acharem que por "receberem" a entidade X ou Y no Terreiro (sem terem feito a confirmação através do ponto riscado e do ponto cantado, o ponto de raiz), já estão preparados para "darem consultas" e "desmancharem" trabalhos. Se perguntados sobre o que sabem respondem logo: -"Eu nada, mas é a entidade quem tem que saber tudo".
Esses são os eternos "CAVALOS DE ENTIDADES". São montados, usados, e não raramente largados mais cedo ou mais tarde por essas entidades que se diziam Esse ou Aquele e que quase sempre
não são nem um nem outro.

Pelo que vimos acima é de extrema importância que um médium iniciante receba informações precisas que, se bem aprendidas, o livrarão de boas emboscadas do baixo astral, não só no início, mas em toda a sua vida mediúnica.
Todo dirigente honesto e que tenha reais conhecimentos no trato com o mundo espiritual tem que saber muito bem que não basta (para que um médium, e mesmo os que não se acham médiuns, venham a ser realmente positivos) que se cumpram os preceitos físicos (ex: frequentar as reuniões, ser batizado dentro do ritual específico, realizar suas "obrigações", etc.) da Umbanda. Se a pessoa não assumir um
comportamento adequado com os ensinamentos, não for honesto e leal consigo e com os seres invisíveis estará fadada a grandes infortúnios.
Qualquer um que queira "ganhar o Paraíso" NO GRITO apenas por meios materiais, sem se preocupar com sua própria mudança interna, ESTÁ SE ENGANANDO e enganando a todos os que o seguem.

Nos preocupamos com esses aspectos da religião porque é preciso que todos os que nela se iniciam estejam cientes das responsabilidades que assumem consigo e com entidades mais e menos
evoluídas que por certo se apresentarão para acompanhá-los pelos novos caminhos, bem assim como cientes devem estar de que, desde que devidamente orientados, cada um é responsável pelas ações comportamentais que os levarão às vitórias reais ou a pseudo-vitórias temporárias com consequências às vezes funestas.
Irmão Dirigente, Pai no Santo, Babalorixá ou outro qualquer nome que queira ter em cargo de chefia, desde que o seja de fato, preste atenção: mais do que nunca é importante que as pessoas sejam corretamente orientadas nos cultos que envolverem práticas com o "Mundo Invisível". Todos nós sabemos que as armadilhas do Baixo Astral existem, que não são meras lendas e que elas acontecem até com o nome de Jesus diretamente envolvido. Todos nós sabemos que os que hoje vêm em busca de orientação poderão ser amanhã os que levarão esses conhecimentos a outros, dando continuidade e até melhorando as formas de propagação de nossas doutrinas e cultos, e desse modo, é de suprema importância que os médiuns que nos procuram sejam honestamente orientados, recebam ensinamentos que sejam importantes para aperfeiçoarem seus dotes mediúnicos de tal forma que possam ter acesso positivo às entidades dos diversos Planos Evolutivos e, principalmente, sejam levados a compreender que uma vez iniciado seu caminho dentro da Umbanda, sinceridade, honestidade, coragem e FÉ deverão ser as companheiras inseparáveis que os tornarão aptos a aprenderem com os que estiverem acima e ensinarem aos que estiverem abaixo.
Cada Dirigente de grupo ou Terreiro deve ter em mente que tem o dever de orientar seus dirigidos fazendo-os compreender suas responsabilidades e deveres para com o grupo, as entidades, os rituais praticados, consigo mesmo e principalmente com aqueles que vêm em busca de auxílio.
É muito importante que cada médium do Terreiro compreenda seu valor dentro do ritual e saiba que, se cada um der o melhor de si, todos serão beneficiados. É também muito importante que esses médiuns, iniciantes ou não, entendam que o grupo a que pertencem é tão poderoso quanto o indivíduo mais fraco que ali esteja (em outras palavras e como costumamos ouvir: "a corrente é tão forte quanto o mais fraco de seus elos"), e dessa forma, ainda que o Chefe do grupo "tenha grandes poderes mediúnicos", se houver no grupo pessoas medrosas, vacilantes, despreparadas, pessoas que por qualquer motivo possam ser presas fáceis do Baixo Astral, pode ter certeza: é por essa(s) porta(s) que uma "derrubada" pode começar.

Raciocinando sobre tudo o que foi dito, veremos que:
1. Médium iniciante deverá sempre frequentar sessões especiais onde vai começar a aprender a ter contatos positivos com o Mundo Invisível.
2. Médiuns iniciantes não devem participar de Sessões de Trabalho antes de terem preparação adequada, para que não comprometam a segurança do Terreiro e a sua própria.
3. Médiuns iniciantes devem ser "trabalhados" para que consigam real contato com suas entidades protetoras e guias antes de se aventurarem a participar de trabalhos pesados e até mesmo de Giras
de Exú.
4. A preparação adequada de um médium iniciante tem que incluir obrigatoriamente a aprendizagem de conceitos como FÉ, HONESTIDADE (em todos os sentidos), CORAGEM (ausência de medo), e PERSEVERANÇA.

É tão importante essa fase de preparação que é a partir daí que se poderá formar médiuns de caráter, conhecimentos e possibilidades mediúnicas exemplares ou pessoas com dotes mediúnicos, conhecimentos e caráter deturpados por medos, prepotências, orgulho, vaidade, dúvidas, inseguranças e, como consequência, com atuações espirituais duvidosas, tanto no que diz respeito à atuação em si (como no caso de animismo, quando o médium pensa estar atuado e não está), como em relação ao real valor das entidades que realmente atuem sobre ele.
Se o médium é dado como "pronto" e verdadeiramente não está, longe de vir a ser mais um auxiliar positivo para os trabalhos do grupo, ele fatalmente virá a ser o "ponto fraco" por onde mais cedo ou mais tarde poderão se infiltrar elementos do Baixo Astral com todas as consequências.
Em relação a si próprio, o médium enganado (há também os que gostam de se enganar), pensando contar com a presença positiva de entidades, poderá vir a cometer erros comportamentais e
ritualísticos que acabarão por atrair para ele (e talvez para outros) problemas de grande monta, levando-o até mesmo, na melhor das hipóteses, à descrença e ao abandono do culto.
Termino com a letra de um Ponto Cantado por nossas entidades que por certo merece um pouco de atenção:
"É devagar, é devagarinho... (bis)
Quem caminha com Preto Velho
Não fica pelo caminho".
Fonte: Claudio Zeus (livro Umbanda sem Medo)














14 de agosto de 2011

Odoiá, minha Mãe!

 
Na Umbanda, o dia de Iemanjá é 15 de agosto, já no Candomblé é dia 2 de fevereiro, gerando confusão aos leigos e aos médiuns iniciantes. Então, para os umbandistas, homenageia-se Iemanjá em agosto.
Iemanjá é um dos Orixás mais populares do Brasil dentro da fé umbandista, pois ela é nossa mãe celeste e que sempre está disposta a nos ajudar. Diz a lenda que, quando o pai está ocupado, pede a ela que atenda, e esta sempre dá um jeito.
Seu número cabalístico é o 2, que representa a dualidade, o amor, o companheirismo, comanda também o nosso segundo chacra - o terceiro olho.
Sua linha direta dentro da Umbanda é a dos caboclos / caboclas do mar e também os marinheiros.
Sua cor vibratória é o azul claro e, às vezes, o prata. Segunda-feira é seu dia consagrado e seu horário é das 18 às 21 horas. Sua pedra é a pérola, seu metal a prata e sua bebida o champagne branco.
Sua saudação é Odoiá ou Odociaba!