Blog da Casa de Caridade Luz Divina - dirigente espiritual Vovó Luiza

1 de março de 2012

Ogan

Ser Ogan é muito mais do que ser aquela pessoa no fundo do Terreiro, tocando músicas bonitas para as entidades, médiuns e assistentes. 

Ser Ogan é participar de forma efetiva e consciente nos trabalhos. Isso exige conhecimento, concentração, responsabilidade e mediunidade. Sim, mediunidade. O Ogan também é médium, sabia? É o médium responsável pelo canto, pelo toque, pela sustentação e equilíbrio harmônico dos rituais. Diferente do que muita gente pensa, um Ogan pode incorporar, porém a sua mediunidade manifesta-se normalmente de forma diferente do restante do corpo mediúnico. Manifesta principalmente através da sua intuição, das suas mãos, braços e cordas vocais onde os Guias responsáveis pelo toque e pelos cantos imantam os seus médiuns, tal como fazem os demais, e comandam todo setor da curimba. Esses mestres da música atuam ativamente, mas de forma pouco perceptível à grande maioria dentro do ritual de Umbanda e, muitas vezes, são poucos lembrados ou sequer é conhecida a sua existência. Mas não é verdade que todos os Guias da casa saúdam “os atabaques” quando incorporados nos seus médiuns? Na realidade, eles estão saudando seus “colegas anônimos” de trabalho, a magia e força lá assentada e que se manifesta através dos seus médiuns (Ogãs) que os representam junto ao atabaque.