Os Baianos da Umbanda são guias que se apresentam com forte
traço regionalista, principalmente em seu modo de falar cantado e arrastado. Pertencem
à Linha das Almas, a mesma dos Pretos-Velhos.
É uma linha que traz uma mensagem
de conforto, ensinando como lidar com as adversidades do dia-a-dia, com
alegria, flexibilidade, magia e brincadeira sadia. Têm imenso conhecimento do
Axé e das ervas.
O Baiano representa a força do fragilizado, aquele que
sofreu e aprendeu na escola da vida e, portanto, apto a ajudar as pessoas. Muitos
dos Baianos que se apresentam nas giras são descendentes de escravos que
trabalharam no canavial e no engenho.
A Linha dos Baianos é formada por espíritos alegres e
descontraídos, mas não são zombeteiros. Os Baianos apresentam comportamento
comedido, apesar de sua alegria e espontaneidade.
Trabalham desmanchando demandas. São conselheiros e
orientadores, principalmente em relação à fé, transformando a tristeza em
alegria e esperança. Falam muito em "Nosso padrinho Padre Cícero" e em "Nosso Senhor do Bonfim".
Gostam de dançar suas danças típicas, podem usar chapéus de
couro ou palha, costumam utilizar em suas magias o coco, água de coco, e outros
elementos de sua região de origem.
Na Linha dos Baianos enquadram-se, também, os Boiadeiros que
foram trabalhadores do sertão nordestino. Tanto os Baianos como os Boiadeiros
são Linhas Auxiliares da Umbanda, portanto, não chefiam cabeça de médium.