Blog da Casa de Caridade Luz Divina - dirigente espiritual Vovó Luiza

5 de setembro de 2012

A indumentária umbandista


Como sabemos, a Umbanda é uma religião ritualística e tudo dentro da mesma tem seu fundamento sagrado com base na irradiação divina de Oxalá e dos sagrados Orixás.
As vestes na Umbanda são geralmente brancas, sempre muito limpas, já que este é um dos motivos pelo qual se troca de roupa para os trabalhos. Nunca se deve trabalhar com as roupas do corpo, ou já vir vestido de casa com as roupas brancas.
O branco é de caráter refletor, já que é a somatória de todas as cores e funciona, aliado a outras coisas, como uma espécie de escudo contra certos choques menores de energias negativas que são dirigidas ao médium. Serve, também, para identificar os médiuns dentro de uma casa de trabalhos muito grande. Alem disso, é uma cor relaxante, que induz o psiquismo à calma e à tranqüilidade.
A Roupa Branca (Roupa de Santo) é a vestimenta para a qual devemos dispensar muito carinho e cuidado, idênticos ao que temos para com nossos Orixás e Guias. As roupas devem ser conservadas limpas, bem cuidadas, assim como as guias (fios de contas). Quando a roupa fica velha, estragada, jamais o médium deverá dar ou jogar fora. Ela deverá ser despachada, pois trata-se de um instrumento de trabalho do médium.
O Pano de Cabeça (Torço) - É feito a partir de um pano chamado ojá (a palavra significa “faixa de pano”), de tamanho variável. Serve tanto para proteger a coroa do médium contra as energias mais pesadas, como também representa o grau de Sacerdote de Umbanda (Mãe de Santo). O torço é usado apenas pelo sexo feminino, as mães de santo. Os homens devem usar o Barrete, mas somente quando atingem um grau mais elevado na casa, como no caso dos ogãs, pais pequenos e Sacerdotes.
A Toalha Branca (Pano da Costa) - Trata-se de um pano branco em formato de toalha (retangular), utilizado para cobrir a cabeça dos médiuns quando estes incorporam Obaluaê ou para bater cabeça.
A toalha de pemba – trata-se da toalha de pescoço. A toalha branca que usamos com as guias por cima da mesma em um terreiro tem um fundamento muito importante para o médium e para o corpo mediúnico de uma casa. A consagração da toalha branca que se usa no pescoço é feita na linha da Fé, consagrada a Oxalá, Orixá que rege este mistério, pois seu fundamento é que "a fé sustente toda a força da linha de trabalho e do próprio médium em si" para que sempre lhe ampare em suas atividades espirituais, criando um manto de luz em torno do mesmo. Quando nos referimos à sustentação do corpo mediúnico, nos referimos ao fato de que:
• Fundamento bem feito: médium mais determinado e equilibrado 

• Médium equilibrado: grupo também equilibrado 
• Resultado: Trabalhos mais sérios e mais pessoa auxiliadas. 
O tamanho de uma toalha de pescoço deve chegar até a altura de nossa cintura, próximo de nossa região pubiana, pois na força do Orixá que a cruza, todos nossos chacras também ficam protegidos e purificados dentro do sentido da fé, pois sem a mesma nada anda em harmonia. Durante o atendimento, assim como as guias, a toalha de pescoço exerce o papel de proteção energética do médium que a usa. 
Deve-se ao menos uma vez por mês lavá-la com água e sal grosso, em seguida no enxague usar composição de água potável com alfazema para energizá-la e purificá-la. Sempre devemos guardá-la com cuidado e preservá-la no "sagrado" e não no profano, não permitindo que curiosos mexam ou até mesmo usem a mesma, pois ela é consagrada adequadamente para nosso campo energético. 
Tomem a toalha de pescoço como um manto de luz, onde os perseguidores de quem nós atendemos não conseguem sentir nossa presença devido à luz que parte da mesma. 
Outras Roupas – Em alguns casos, os guias podem solicitar alguma peça de roupa para que usem durante os trabalhos.  Estas peças de roupa serão autorizadas pela dirigente ou pelos guia chefe da casa.
Brincos, pulseiras etc. não devem ser usados.É cientificamente comprovado que dentre as matérias tangíveis encontradas em nosso planeta, os metais (ouro, prata, bronze etc.) constituem-se em substâncias de grande poder magnético atrativo (capacidade de atrair, conduzir e/ou condensar em seu corpo energias dos mais diferentes níveis e tipos).
O importante é que, com esta informação em mente, é bem fácil deduzir-se o que pode ocorrer a um médium que se apresenta como um autêntico cabide de bijuterias ambulante.
É fato que nos trabalhos mediúnico-espirituais, estando incorporados ou não, quase sempre enfrentamos forças de baixo teor vibratório (kiumbas, Formas-Pensamento negativas etc.) que acompanham e turbam a vida de muitas pessoas. Estas, ao serem conduzidas ou procurarem o auxílio de um Templo Umbandista, para verem dissipadas as causas e os efeitos de tais assédios, apresentam seu campo áurico (Aura - Campo Energético) e perispiritual (Corpo Astral) completa ou parcialmente contaminados pelos fluidos hostis das forças supracitadas.
Não obstante os obsessores serem doutrinados e/ou detidos e encaminhados a prisões astrais, e as formas-pensamento serem desintegradas, durante todo o trabalho de assepsia espiritual, resíduos magnéticos destas individualidades tendem a agregar-se aos metais mais próximos, inundando-os com fluidos nocivos, neste caso, os metais que o intermediário utiliza.
Na Umbanda possuímos recursos não só repressivos, mas também preventivos para lidarmos com certas circunstâncias. Não custa nada ao médium, principalmente do sexo feminino, antes de começar o labor caritativo, tirar e guardar os metais que ora utiliza, evitando com isto eventuais efeitos danosos a sua constituição física-espiritual.
Os únicos adereços que podem ser usados nas sessões são os indicados pelas entidades e alianças (casamento, noivado ou compromisso).