Sabemos que muitos irmãos realizam seus trabalhos ritualísticos
nas chamadas encruzilhadas de rua ou cemitério. Achamos por bem alertar que
encruzilhadas de rua e de cemitério são locais onde existem determinadas portas
dimensionais que se ligam diretamente às covas mais profundas do Baixo Astral. São as chamadas "Portas
Cruzadas" e os trabalhos feitos nestes locais têm aceitação somente por espíritos
que nada têm a ver com os verdadeiros Guardiões.
Os Guardiões somente realizam "despachos"
em encruzilhadas de rua e de cemitério desde que sejam para fins específicos,
quando há necessidade de manipular energias humanas que se entrecruzam. Fora
disso, as encruzilhadas de rua e de cemitério não são os pontos de força dos
Guardiões.
Nas encruzilhadas de rua e de cemitério habitam os seres mais
estranhos e terríveis, verdadeiros monstros, que alteraram a forma de seu corpo
astral, devido a sua própria conduta mental e emocional. Adulteraram
completamente seus sentidos e seus objetivos na caminhada evolutiva, sendo
seres viciados, dementados e na sua maioria perversos, coléricos e vingativos. Estes são os famigerados kiumbas, seres que
habitam a contraparte astral de locais como prostíbulos, matadouros, casas de
jogos, cemitérios, bares e mesmo churrascarias, pois são loucos por sangue, morte, bebida e vícios, os mais variados.
E são eles que recebem nas encruzilhadas de rua e de
cemitério as oferendas feitas com sangue, animais mortos, ossos e todos os
tipos de materiais de baixa vibratória.
Estes seres se agregam na aura dos infelizes que
realizam tais práticas, os vampirizando e os fomentando a realizarem sempre
tais oferendas sangrentas, no intuito de alimentá-los vibratoriamente. Muitos
destes são acompanhados por outros seres que são chamados de "larvas
astrais". Estas são formas-pensamentos viciadas, que se agregam à vítima e
funcionam como um sensor que a liga ao kiumba, mesmo à distância.
Estas larvas trazem realmente muitas doenças, tanto
mentais como físicas, fazendo com que a vítima se sinta, na maior parte das
vezes, desanimada e sem força de vontade, só se recuperando quando estão em
qualquer prática viciosa.
Estes kiumbas são combatidos pelos Guardiões de Lei
da Umbanda (Exus), que exercem verdadeiro policiamento nas zonas onde existem o
tóxico, o álcool, a prostituição e coisas piores. Os Guardiões os policiam para
não utilizarem a contraparte etérica de elementos como o sangue, ossos,
etc., por exemplo, para fins de contundência.
Quando os Guardiões aprisionam estes kiumbas, os
levam a determinados postos corretivos no astral, onde ficarão recebendo um
tratamento que lhes facultará a retomada de sua linha evolutiva afim e o
possível reencarne. Dissemos possível pelo fato de muitos deles não terem
condições vibratórias de reencarnarem,
pois que seus corpos astrais se encontram em terrível desajuste e mesmo suas mentes estão em tal estado de
revolta e ódio que seria prejudicial a si e as outras pessoas a reencarnação. Para muitos, a reencarnação é
vedada - e são estes os mais perigosos - aprisionados em sua consciência como
se fossem certas formas ovóides, em estágio estacionário.
Então, fazer entregas em encruzilhadas de rua ou de
cemitério é atividade perigosíssima, principalmente quando estas entregas levam
elementos animais ou mesmo materiais densamente negativos. Repetimos que a
Umbanda não usa matar animais em hipótese alguma, seja para louvar Orixás ou
para resolver qualquer desmando com o baixo astral. A Umbanda também não usa
colocar sangue na cabeça de seus iniciados.
Acreditamos - pois temos certeza - de que o sangue
atrai esta classe de espíritos do qual falamos – os kiumbas. Os irmãos dos
Cultos de Nação muitas vezes questionam a nós Umbandistas sobre o uso do
sangue, alegando que este é Axé e que a sua utilização revitaliza todo o
sistema magístico de um ritual; mas isto não faz parte da ritualística/doutrina
da Umbanda Sagrada. Cada coisa no seu lugar e cada religião com sua liturgia.
Nós também cremos que o sangue é Axé, mas este só
realiza sua função de Princípio e Poder de Realização quando no animal VIVO.
Matar um animal, ou vários, e entregá-los no seio da Natureza é uma violação e
uma afronta a esta mesma natureza, pois as vibrações expressas em oferendas
deste tipo agridem aos Orixás.
Então, qual a verdadeira encruzilhada? Onde fazer as
oferendas para os Exus e Pombo-giras?
A real encruzilhada dos Guardiões não está no campo
físico, mas sim no campo astral, na combinação dos elementos naturais, que são:
Ar - Fogo - Água - Terra - Vegetal - Mineral - Animal - Etérico Humano e
Magnético Telúrico, formando o ciclo da vida, havendo os segredos invioláveis
deste mistério, que é conhecido apenas pelos Guias Espirituais da Umbanda e a
quem eles abrem o mistério.
Esta encruzilhada, a verdadeira Encruzilhada obedece
aos pontos cardeais e as entradas e saídas de força que agregam e desagregam os
elementos e mantém a transformação da vida.
Portanto,
se a real encruzilhada não está no campo físico, mas sim no campo astral, a
oferenda pode ser feita dentro do Terreiro ou no jardim deste, formando-se uma
encruzilhada astral. Assim, para realizar uma oferenda é necessário que o
dirigente da Casa oriente e acompanhe.
Fonte:
livro A Magia das Oferendas na Umbanda