Blog da Casa de Caridade Luz Divina - dirigente espiritual Vovó Luiza

22 de maio de 2013

Como reconhecer um kiumba



Diante de tantas improbidades que, infelizmente, tenho visto em comentários na internet e em algumas casas de Umbanda, que resolvi falar sobre os kiumbas, no intuito de alertar e para que todos possam ter conhecimento de como estes seres inferiores atuam.

Na mediunidade de muitos iniciantes – e até em alguns médiuns mais experientes – observamos a atuação dos Kiumbas se fazendo passar por Guias Espirituais, trazendo infortúnios na vida do médium e de todos que com ele se relacionam e confiam.

Um Kiumba é ser trevoso, inteligente e astuto, e somente atuará na vida de alguém se esta pessoa for aberta a seus atos e passam a se afinizar, pois os afins se atraem.

O médium disciplinado, doutrinado, jamais será repasto destes espíritos.
Lembre-se que o astral superior é conhecedor e permite este tipo de atuação e vibração para que o médium acorde e reavalie seus erros, retornando à linha justa de seu equilíbrio e de iniciação na Umbanda.

Como os Kiumbas são inteligentes, atuam sobre um médium se fazendo passar por entidades benfeitoras e imediatamente assumem um nome, mas apenas dizem um nome mais conhecido ou inventam um nome “diferente”, porém, não sabem dizer sua raiz e seu verdadeiro nome – o nome astral.

Em muitos médiuns, estas entidades do baixo astral incorporam, mas é fácil identificá-los ou notar sua presença. Vejam como identificar os kiumbas:

• Pela maneira se portarem: são levianos, indecorosos, pedantes, ignorantes, maledicentes, fofoqueiros e sem classe nenhuma, portando-se com total falta de ética espiritual. Uma coisa é a entidade ser alegre e brincar, outra coisa é ultrapassar o bom senso, a ética e moral.

• Quando incorporados como Exus: machões, com deformidades contundentes (tortos), carrancudos, sem educação e, geralmente, olhos esbugalhados e fixos. Muitos se portam com total falta de higiene, babando, rosnando, se arrastando pelo chão, ingerindo grandes quantidades de bebidas alcoólicas, fumando demais, ameaçando a tudo e a todos; gostam de utilizar acessórios e adornos assustadores (caveiras, pé de bode, ossos, etc.).

• Quando incorporados como Pombo-giras: sensualidade extrema, exigem roupas caras e/ou provocantes, risadas extravagantes, incentivam o sexo desenfreado, atendem somente casos de amor e sexo, ajudam a desmanchar casamentos, usam palavras de baixo calão, são vulgares.

• Quando pedem o nome de algum desafeto para formular alguma feitiçaria do mal, para derrubá-lo ou destruí-lo (é diferente de ajudar e proteger): os kiumbas costumam convencer as pessoas de que são portadoras de demandas, magias negras, feitiçarias e invejas inexistentes, sempre dando nome aos bois, ou seja, “identificando” o feitor da magia negra, geralmente um inocente (parente, amigo, pai de santo, etc.) para que a pessoa fique com raiva ou ódio e deseje contra-atacar com um trabalho, a fim de pretender atingir o inocente para derrubá-lo ou arrumar uma enorme demanda. Os kiumbas, agindo assim, matam três coelhos com uma cajadada só: afundam ainda mais o consulente, o médium e o inocente que pretendem prejudicar.

• Quando pedem excesso de rituais (trabalhos) e de oferendas: invariavelmente, os kiumbas exigem rituais disparatados e uma oferenda atrás da outra, todas regadas a muita carne crua (de animais sacrificados ou compradas mesmo), muitas bebidas alcoólicas, sangue e outros materiais de baixo teor vibratório. É diferente da obrigação normal para o desenvolvimento, os kiumbas sempre irão exigir tais oferendas constantemente, a fim de alimentarem suas sórdidas manipulações contra os espíritos da luz e quase sempre efetuadas nas ditas encruzilhadas de rua ou de cemitério, morada dos Kiumbas.

• Pelo modo de falarem: impróprio para qualquer ambiente, os kiumbas usam muitos palavrões, palavras de baixo calão... os que se dizem Exus e Pombo-giras chamam os consulentes de “filho da puta” e ainda dizem que quando assim se referem a alguém é por “carinho e amor”...

• Pelo luxo e presentes: pedem roupas exuberantes, são exigentes com os presentes, sempre pedindo jóias aos seus médiuns e consulentes. Vendem-se facilmente: para fazer o trabalho que o consulente quer, pedem presentes: “eu faço, mas só se você me der um agrado...” ou “eu faço, mas o que você vai me dar em troca?”

• Pela luxúria: os kiumbas incitam a luxúria, incentivando traições conjugais, separações matrimoniais e, geralmente, gostam de terem como cambones alguém do sexo oposto do médium, geralmente mais novos e bonitos, escolhendo seus cambones por seus atributos físicos.

• Pelo comportamento libidinoso: os Kiumbas, durante os atendimentos, gostam de se esfregarem nas pessoas, geralmente passando as mãos do médium pelo corpo todo do consulente, principalmente nas partes mais íntimas, de forma a parecer “sem querer” ou como “parte do atendimento”. Quando a atuação dos kiumbas está completamente ativo no médium ou no terreiro, chegam a dizer que é para o consulente fazer sexo com ele, a fim de tirar a feitiçaria ou para proteção deste.

• Pelo teor da fala na consulta: os kiumbas não têm conhecimento sólido e profundo do mundo espiritual e dos fundamentos da Umbanda; sendo assim, um médium incorporado por um kiumba não saberá explicar o que está acontecendo com o consulente, suas conversas são superficiais e quando não sabe o que falar, apela para a “receita da demanda ou de feitiço ou da inveja” e sempre dão razão às queixas dos consulentes, reafirmando a posição de “vítimas” deste perante as dificuldades. Por isto, a preta-velha com a qual trabalho, a Vovó Luiza, sempre diz: “nem tudo o que acontece com suncê é demanda, o fio é responsável por aquilo que está colhendo...”. Há aqueles que agradecem a orientação e há aqueles que se zangam e não mais retornam...

É só observar. É simples verificar a presença de um Kiumba em algum médium. Tudo o que for desonesto, desamor, desunião, invigilância aos preceitos ensinados pela verdadeira Umbanda (a de raiz), personalismos, vaidades, egocentrismo, egolatrias, sexualidade, falta de moral, etc., com certeza estará na presença de um kiumba.

Cuidado, zeladores, médiuns e consulentes, não caiam na armadilha dos seres do baixo astral! Nem sempre um terreiro cheio de médiuns e de consulentes significa um bom trabalho, um trabalho voltado à verdade espiritual e com Entidades Superiores! Uma casa cheia pode significar que as pessoas estão escutando o que querem ouvir e não aquilo que necessitam aprender!

A espiritualidade superior sempre alerta: orai e vigiai!

Saravá!