Blog da Casa de Caridade Luz Divina - dirigente espiritual Vovó Luiza

21 de agosto de 2013

As Entidades e Guias falam errado?


Sempre que falamos de espiritualidade, de mediunidade, estamos também falando, por consequência, de estudo. O bom médium estuda, isto é fato. Já virou até lugar comum, de tão repetido que é este conceito. Esta é a primeira coisa que sempre é recomendada. Mas a qual estudo estamos nos referindo?
A todos os tipos de estudo. Estudar sobre a religião, ou melhor, sobre a doutrina filosófica da Umbanda e da espiritualidade como um todo, que nos fala dos pormenores do nosso dia-a-dia.
Outra forma de estudo muito recomendada é: conheça o corpo humano, seus órgãos e redes vitais. Isso faz com que nós, no mínimo, saibamos que o problema do fígado é no fígado, não no estômago. Na hora de dar um passe energético conseguimos bombardear mais eficazmente o lugar correto, poupando as energias de terem que se desviar. “O guia faz isso sozinho”, é... faz. Mas não custa nada ajudarmos o irmão espiritual, não é? Fica mais fácil pra ele, para nós e para o consulente, que tem o resultado mais rápido, mais direto.
Entretanto, o grande problema da Umbanda é em um nível muito menos sutil que os citados acima. É uma coisa de base, uma coisa que vem pegando no calcanhar como uma pedra no sapato e que me faz pensar cada vez mais em que tipo de coisa nossos irmãos desencarnados têm que aguentar para prestar a caridade. Diz respeito ao estudo da nossa língua portuguesa, ou seja, ao falar errado.
Muitos dizem e consideram que as Entidades e Guias falam errado porque quando estavam encarnados eram escravos ou índios. Já estudamos que nem todos encarnaram nestas etnias... e mesmo assim, por que agora como espíritos iluminados e de grande sabedoria falariam com português errado e sem conhecimento básico de algumas coisas? Será que é a entidade que não sabe (é ignorante) ou é o médium?
As Entidades e Guias têm, sim, algumas expressões e termos específicos de sua linha, mas isto não significa falar erroneamente, com português de doer os ouvidos... Então, chega-se à conclusão de que os erros advêm dos médiuns!
Os guias quando se apresentam estabelecem uma rede energética que faz fluir os pensamentos de um para o outro. Ele usa o que conhecemos e nós temos acesso a um pouco do que ele conhece, as suas ideias partilham de nossa mente e, portanto, temos conceitos prontos sobre os assuntos, que devemos passar da melhor forma possível. Para isso, um bom vocabulário, uma construção correta da frase é o melhor caminho.
Mas também há o outro pólo desta questão: alguns médiuns que querem demonstrar que são eruditos (e que suas entidades também) e acabam usando a conjugação verbal na segunda pessoa do plural ou usam termos rebuscados com o objetivo de dar uma tonalidade de mensagem superior. Aí ficam enchendo as mensagens de “Vós sois”, “vós ireis”, “vós isto”, “vós aquilo”...!
Deixe o Guia trabalhar, atuar da maneira dele, mas estude, conheça a doutrina, o corpo humano, os chakras, as Leis da Espiritualidade e, sobretudo, estude o português! Quanto maior nosso conhecimento, melhor e mais claro serão nossos pensamentos e melhor a Entidade poderá ajudar o consulente!
Fonte: adaptado de Nino de Nani